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·25 de novembro de 2021

Formiga: O legado de uma das maiores jogadoras de todos os tempos

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No dia 7 de junho de 1995, em uma disputa entre Brasil e Japão válida pela Copa do Mundo deste mesmo ano, a jovem Miraildes Maciel Mota, de apenas 17 anos, vestia pela primeira vez a camisa da Seleção Brasileira de Futebol Feminino em uma partida oficial. Há 26 anos, o mundo via a estreia da Formiga “da Seleção”, o primeiro passo de um dos maiores legados já construídos na modalidade.

Pela Seleção foram 233 jogos, dos quais venceu em 151 oportunidades e perdeu somente 47 partidas, em um incrível aproveitamento de quase 70%. Tendo competido em sete Jogos Olímpicos e sete Copas do Mundo, os recordes foram conquistados em grandes quantidades por Formiga: atleta com mais participações em Copas do Mundo, jogadora que mais participou das Olimpíadas, o maior número de jogos disputados pela Seleção Brasileira entre homens e mulheres, além de ser a atleta mais velha a disputar e marcar gols em uma Copa do Mundo e na Champions League femininas.


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Fora da equipe nacional, Formiga também possui uma carreira extensa e com passagens de destaque em equipes nacionais e internacionais. Tendo iniciado a sua trajetória no São Paulo, em 1993, a jogadora ainda passou por outras equipes paulistas, como a Portuguesa e o Santos antes de ir jogar na Suécia e, posteriormente, nos Estados Unidos. Entre idas e vindas, a meia voltou a atuar no Brasil e fez parte do vitorioso elenco do São José, tricampeão da Libertadores e campeão Mundial. Antes de retornar ao São Paulo, time que a revelou para o mundo, Formiga ainda teve uma passagem pelo Paris Saint-Germain.

E para uma atleta com um currículo tão vasto, as premiações também aparecem aos montes na carreira de Formiga. Pela Seleção, foram duas pratas nos Jogos Olímpicos, uma prata e um bronze na Copa do Mundo e três ouros e uma prata nos Jogos Pan-Americanos. Pelos clubes em que atuou, foram três títulos da Libertadores, três títulos da Copa do Brasil, cinco títulos do Campeonato Paulista, um título do Mundial de Clubes e ainda uma Copa da França e um Campeonato Francês.

Além de títulos e premiações, Formiga representa uma geração pioneira no futebol feminino nacional, e a sua despedida da Seleção demonstra de maneira clara a tão falada renovação do elenco. Foram 26 anos de uma batalha sustentada pela paixão à modalidade, protagonizada por mulheres que mesmo sem incentivos ou materiais básicos para a execução do trabalho conseguiram conquistar o seu espaço e o respeito de um público que se descobriu apaixonado por uma prática até então proibida por lei.

Na noite desta quinta-feira (25), às 22h (horário de Brasília), Formiga entra em cena para o seu último ato enquanto jogadora da Seleção Brasileira de Futebol Feminino. Jogando contra a Índia, a atleta que conquistou a alcunha de eterna camisa oito do selecionado nacional se despede de uma vida dedicada não somente a uma modalidade esportiva, mas a uma causa muito maior, de dar às mulheres a possibilidade de ocuparem os espaços que desejam.

Pela última vez, Formiga entrará em campo usando a camisa que por tanto tempo vestiu, e desta vez ao lado de atletas que possuem a mesma idade que a sua no início de tudo, simbolizando toda a luta que viveu até este momento. E agora, com a sensação de dever cumprido, a lenda pode se retirar da cena com a certeza de que as que chegam agora não terão de superar tantos obstáculos quanto um dia ela superou, uma vez que elas não terão pela frente o vazio desconhecido, mas sim o caminho trilhado por quem carregou, com a força que carrega no nome, um amor imenso pelo esporte.

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