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OneFootball·19 de abril de 2021
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OneFootball·19 de abril de 2021
O anúncio neste domingo (18) da criação da Superliga da Europa pegou o mundo do futebol de surpresa.
A competição – que surge já cercada de polêmicas e controvérsias – tem como objetivo se opor ao atual modelo da Champions League, além de gerar mais lucros e renda para alguns dos grandes clubes europeus.
Abaixo, o OneFootball explica tudo que você precisa saber sobre esse novo torneio e possíveis implicações para o Velho Continente.
Os 12 clubes que criaram a liga são os seguintes:
Bayern, Borussia Dortmund e PSG foram os outros convidados para fechar o “Top-15 que não é rebaixado” – mas se recusaram a participar.
Em comunicados oficiais divulgados, os clubes dizem querem criar “a melhor competição do mundo”.
Eles afirmam esperar para discutir com a Fifa e a Uefa alternativas para “em parceria entregar o melhor produto aos fãs e torcedores de futebol”.
Outra das razões é financeira: os clubes defendem que a nova competição trará muito mais receita, ultrapassando 10 bilhões de euros no período inicial de compromisso dos clubes.
De largada, os clubes fundadores receberiam cerca de 3,5 bilhões de euros exclusivamente para apoiar os investimentos em infraestrutura e para compensar o impacto da pandemia do coronavírus. O banco americano JP Morgan confirmou ser um dos fiadores do projeto.
Para efeitos de comparação, a Uefa distribuiu 3,2 bilhões de euros em 2018/2019 aos clubes participantes da Champions League, da Europa League e da Supercopa da Europa, referente a direitos televisivos.
A Uefa e diversas Ligas – Premier League (Inglaterra), Bundesliga (Alemanha), Serie A (Itália), La Liga (Espanha) e Ligue 1 (França) – já haviam garantido que fariam de tudo para impedir a realização da Superliga.
A Fifa também endossou a Uefa, desaprovando a nova competição e afirmando que “sempre defendeu a solidariedade e a unidade no futebol”.
A oficialização gerou mais repercussões, inclusive de Boris Johnson, o primeiro-ministro inglês. “Planos de uma Superliga causarão danos ao futebol. Apoiamos as autoridades em tomar medidas”, disse.
Tanto a Uefa quanto a Fifa e as federações nacionais já indicaram que os clubes que disputarem essa nova competição podem ser punidos com exclusão dos atuais torneios. Medidas judiciais também podem entrar em cena.
Além disso, os jogadores que entrarem em campo em partidas válidas pela nova competição podem sofrer sanções, como serem impedidos de disputar a Copa do Mundo, por exemplo.
Foto de destaque: IMAGO / Action Plus