AVANTE MEU TRICOLOR
·18 de setembro de 2024
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·18 de setembro de 2024
Argentino não vem agradando Zubeldía no Tricolor (Miguel Schincariol/Getty Images)
RAFAEL EMILIANO
O São Paulo arrumou uma verdadeira 'casca de banana' às vésperas de iniciar a disputa das quartas de final da Copa Libertadores.
Segundo o portal 'Globo Esporte', o meia Giuliano Galoppo acabou cortado dos relacionados do Tricolor que embarcaram nesta terça-feira (17) para o Rio de Janeiro (RJ) para o duelo de ida com o Botafogo, nesta quarta-feira (18).
Não se sabe, por ora, se o argentino apresentou algum tipo de problema físico ou contusão. Mas segundo o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, foi por opção tática do técnico Luis Zubeldía.
Fato é que Galoppo acusou o golpe.
Na noite desta terça, por meio de suas redes sociais, o camisa 8 do clube do Morumbi resolver postar um textão, meio que desabafando, meio que aceitando a consternação por estar visivelmente fora dos planos do comandante compatriota.
"Quando o desejo acabar. Quando seria preferível jogar a toalha. Quando o desgaste é imenso e a recompensa ausente. É aí que continuamos, porque é aí que nos testamos, crescemos e nos renovamos", diz a mensagem postada pelo meia.
"As coisas boas não vêm facilmente, a prática não é questão de um dia ou de algumas horas. O caminho não é percorrido em um único passo. Vamos valorizar o nosso esforço, vamos suportar o que temos que suportar e continuar. Porque a vida sempre recompensa quem nunca desiste", continua a filosofia.
Profundo. E que escancara a má fase de Galoppo. À boca pequena, fontes confirmam sua insatisfação com a falta de oportunidades.
Após receber na última janela de transferências propostas oficiais de pelo menos dois clubes argentinos (Boca Juniors e Rosário Central), ambas recusadas pelo desejo de seguir na capital paulista, pelo que disse seu pai e empresário à imprensa do país vizinho, o camisa 8 entrou em um verdadeiro barco furado.
Ficou sete partidas fora com dores no dorso do pé direito. E desde que foi liberado pelo departamento médico, dos sete jogos que esteve à disposição, atuou apenas em um, contra o Vitória, no Morumbi, vindo do banco de reservas no segundo tempo.
No restante, Galoppo ficou no banco sem entrar em outras quatro partidas (Nacional, Cruzeiro e as duas com o Atlético-MG pela Copa do Brasil). E em outros dois jogos (Palmeiras e Fluminense) também sequer foi relacionado.
Um contraste incrível, visto que com um treinador do mesmo país e que o via jogar desde quando ainda sequer era profissional. Mas que evidencia a falta de confiança com o rendimento decepcionante, mesmo que tenha colocado Galoppo em algumas figueiras fora de posição, como meia-direito ou segundo volante.
"Se precisássemos que ele jogasse mais minutos, eu iria colocá-lo. Ele não entrou porque fizemos a alteração faltando 20 minutos, e aí eu precisava do Luiz Gustavo. Mas se tivesse acontecido algo no primeiro tempo e precisássemos de um volante que pudesse jogar 60 ou 70 minutos, era o Galoppo que iria entrar. Por isso. Existe uma competição interna, e eu decido por um por outro", tentou explicar Zubeldía no último domingo (15), quando questionado sobre preterir o compatriota.
É mais um capítulo do calvário do camisa 8. Contratado em 2022 por cerca de R$ 32 milhões, o meia não teve vida fácil no Morumbi. Depois de enfrentar certa resistência do então técnico Rogério Ceni, acabou escalado no Campeonato Paulista de 2023 improvisado como centroavante e brilhou: foi o artilheiro tricolor na competição, mas acabou se contundindo gravemente e voltou aos gramados de vez apenas nesta temporada.