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Um empate com um avanço a avaliar, mas muito a lamentar. A melhor coisa que podemos dizer é que tem um time organizado em campo. A pior coisa, é que esse time é estático. Fica cada um na sua e ninguém se ajuda. A palavra solidariedade precisará entrar no vestiário gremista. Ou os caras começam a correr pra ajudar uns aos outros, ou vai ficar impossível evoluir.
Mano começou com Nathan Pescador no meio. Pra mim, só pode ser uma tentativa de recado. Tentou dar uma luz alta no Cristaldo e Monsalve. Em campo, não deu certo. Nathan saiu vaiado. Talvez, tenha sido a última chance dele com a camisa do Grêmio.
O primeiro tempo é sonolento. Lembra do que eu falei dos caras estáticos? Então, foi isso.
Um ponto que preciso fazer justiça é: ao que tudo indica, Mano tá apostando em não tomar gol, ganhar confiança no jogo e depois ir saindo, de mansinho, para tentar marcar seu gol. Sim, estou tendo boa vontade, pois acredito que é pensada essa segurança no jeito de jogar no primeiro tempo.
Se isso é verdade, também é muito verdade que não há nenhuma jogada combinada aparecendo. Eu sei que não tem tempo de treinamento, mas alguma coisa combinada, poderia aparecer. E perceba que uso combinada, não ensaiada. Já que não tem tempo de treinar, pelo menos idealiza alguma estratégia para ver se acontece algo diferente.
Se pegarmos toda a partida, só tem o gol e a bola na trave do Arezo, em um escanteio. Ponto. Deu. Só isso.
Continuando, no segundo tempo, o time só melhora quando Mano sacou o Nathan e colocou Monsalve. O colombiano entrou bem hoje. E fazia tempo que isso não acontecia. Se tivesse a vitória, diriamos que ele tinha sido o diferencial, que mudou o jogo em favor do Grêmio. É de se pensar que, talvez, a luz alta possa ter funcionado.
Amuzo pela primeira vez mostrou ao que veio. Tava na hora dele mostrar o porquê o buscaram na Europa. Pegou uma bola, carregou e finalizou na entrada da grande área. A primeira jogada dele desde que chegou. Nesse lance, mérito do Monsalve, que fez o lançamento longo.
O pecado foi o gol sofrido, segundos depois. Não deu nem tempo de comemorar. Um gol muito fácil de ser evitado. Afinal, o time estava todo alinhado, todo mundo encaixado na marcação. Aliás, quase todo. O Jemerson saiu da posição, avançou fora da área, e deixou seus companheiros na mão, mais uma vez. Ele avançou e forçou o Serrote a tentar salvá-lo. Resultado? O Pitta ficou livre para marcar, onde deveria estar o Serrote. Um erro individual, que vira coletivo, por conta do Jemerson.
Não dá pra aceitar marcar aos 87 minutos de jogo e tomar o empate aos 89. É caso de estudo isso. Poxa, acabou de fazer gol, na tua casa, o nível de atenção e adrenalina tem que ser o máximo. É só ser inteligente. Isso não é o treinador, isso é do jogador.
Tô começando a ficar dividido com o Kike. O ponto positivo é que ele é o que mais se entrega, o que mais tenta jogadas. O negativo é que precisa começar a dar resultados nestas tentativas. Só tentar e tentar pouco ajuda. Em um time cheio de problemas, ter vontade e disposição é grande coisa. Agora, o resultado final das jogadas precisa ao menos gerar um perigo, uma chance clara de gol. Tá distante disso.
Volpi voltou a ser salvador. Pegou uma cabeçada que foi de cinema. Vai para as maiores defesas da Arena. Ponto importante.
A dupla de volantes com Camilo e Dodi dá o poder de marcação que nitidamente o Mano tá apostando para não levar gol. O problema é que eles colaboram para a falta de criatividade do time também. Eis um ponto a refletir.
Alysson não conseguiu desempenhar. E só registro isso. Não tenho como colocar nada nas costas de um menino que tá começando sua vida no profissional.
Por fim, fecho com o Briathwaite. Por um bom tempo, a bola não chegou. Ele foi prejudicado. Agora, tá começando a chegar mais perto da zona dele. Tá na hora de entregar mais.