Gazeta Esportiva.com
·01 de janeiro de 2024
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A temporada do futebol brasileiro, como de costume, foi decepcionante para os torcedores de alguns clubes, e em 2023 não foi diferente. Por isso, De flamenguistas a santistas, passando pelos mais críticos da Seleção Brasileira, a Gazeta Esportiva relembrou cinco decepções que aconteceram no Brasil neste ano.
No último ano da gestão de Andrés Rueda, o Santos flertou mais uma vez com o rebaixamento no Campeonato Paulista. Apesar de assegurar a permanência, o Peixe não se classificou à fase seguinte — o que posteriormente seria relevante na ausência do clube na Copa do Brasil de 2024.
Além disso, o Alvinegro Praiano caiu precocemente na fase de grupos da Copa Sul-Americana e nas oitavas da Copa do Brasil. Porém, a principal decepção veio com a queda no Campeonato Brasileiro. Brigando contra o descenso desde as rodadas iniciais, o Santos teve rebaixamento à Série B decretado na última rodada, após perder para o Fortaleza, em plena Vila Belmiro.
No ano seguinte à morte do Rei Pelé, o Peixe amargou o torcedor santista caindo pela primeira vez em sua história. Na próxima temporada, o clube vai disputar apenas a Segunda Divisão e o Paulistão.
Maior folha salarial do futebol nacional, o Flamengo iniciou a temporada como atual campeão da Libertadores e da Copa do Brasil. Porém, preferiu trocar o técnico Dorival Jr. por Vítor Pereira e não conseguiu manter os bons resultados. Logo de cara, perdeu a Supercopa do Brasil, a Recopa Sul-Americana e caiu na semifinal do Mundial de Clubes.
Na sequência, ainda com o treinador português no banco de reservas, o Rubro-Negro foi derrotado na final do Campeonato Carioca para o rival Fluminense, sofrendo uma goleada de 4 a 1 no jogo decisivo. O desempenho ruim resultou em mais uma mudança no comando do time: Jorge Sampaoli foi contratado.
Com o argentino, o Flamengo voltou a decepcionar, caindo nas oitavas de final da Libertadores. A equipe até chegou à final da Copa do Brasil, mas ficou com o vice-campeonato, o que resultou na queda de Sampaoli. Assim, Tite assumiu e até almejou o título brasileiro, mas a derrota para o Atlético-MG na 36ª rodada acabou com as esperanças. A equipe carioca terminou o Nacional na quarta colocação.
Na temporada, portanto, foram sete competições disputadas nenhuma conquista.
Outra equipe do Rio de Janeiro que terminou o ano decepcionando seu torcedor foi o Botafogo. Após um início surpreendente e histórico no Campeonato Brasileiro, que resultou no melhor primeiro turno da era dos pontos corridos, o Glorioso desmoronou na metade final do torneio.
Já sob o comando de Bruno Lage, o Alvinegro Carioca iniciou as 19 últimas rodadas do Nacional treze pontos à frente do segundo colocado. No entanto, acumulou resultados ruins e viu os adversários chegarem e o ultrapassarem na tabela de classificação.
Com returno de rebaixado — à frente apenas de América-MG, Goiás e Coritiba —, o Botafogo terminou o Brasileirão fora até do G4. Ao todo, foram apenas 17 pontos, com três vitórias, oito empates e oito derrotas, em um aproveitamento de 29,82%. O time não venceu nos últimos 11 embates na competição.
Mais uma diretoria que passou longe de agradar seu torcedor em 2023 foi a do Corinthians. Ainda em 2022, o Timão anunciou que Fernando Lázaro seria o treinador da equipe para a temporada. No entanto, após a queda nas quartas do Paulista, demitiu o profissional e contratou, de maneira polêmica, Cuca como substituto.
O comandante durou apenas duas partidas no cargo e, devido à pressão pública, pediu para deixar o cargo. Na sequência, o Alvinegro trouxe Vanderlei Luxemburgo, que não conseguiu fazer o time desempenhar bem e foi demitido em setembro, quando chegou Mano Menezes.
Neste ano, o Timão caiu na fase de grupos da Libertadores e nas semifinais da Copa Sul-Americana e Copa do Brasil. Além disso, lutou boa parte do Brasileirão contra o rebaixamento e terminou o Nacional na 13ª colocação.
Em relação às contratações, a diretoria corintiana se desfez de nomes importantes para o elenco, como Murillo e Róger Guedes, além de trazer jogadores que ficaram aquém das expectativas, como Rojas, Bidu, Chrystian Barletta. Outro reforço do clube, Romero foi importante na reta final da temporada, mas demorou a engrenar.
O ano de Fernando Diniz no Fluminense lhe rendeu a oportunidade de treinar a Seleção Brasileira de maneira interina. No entanto, anunciado em julho, o treinador teve início de trabalho à frente do Brasil foi decepcionante.
Com estilo de jogo único no cenário nacional, o comandante tricolor teve dificuldades de implementar suas principais características e ainda precisou dividir o foco com o Fluminense, que conquistou a Copa Libertadores. Assim, a Amarelinha acumulou recordes negativos.
Sob o comando de Diniz, a Seleção teve seu pior início de Eliminatórias da Copa do Mundo na história: apenas duas vitórias, contra os últimos colocados Bolívia (5 a 1) e Peru (1 a 0), em seis jogos. O Brasil empatou em casa com a Venezuela (1 a 1) e perdeu consecutivamente para Uruguai (2 a 0), Colômbia (2 a 1) e Argentina (1 a 0).
O revés em pleno Maracanã diante do arquirrival deixou um registro histórico nas Eliminatórias: o fim da invencibilidade em casa e uma inédita sequência de três derrotas seguidas. O Brasil encerra 2023 com o pior desempenho (37%) deste século, na sexta colocação nas Eliminatórias, oito pontos atrás da líder Argentina.