Flamengo cancela venda de cativas para estádio e prepara revisão do projeto | OneFootball

Flamengo cancela venda de cativas para estádio e prepara revisão do projeto | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: MundoBola Flamengo

MundoBola Flamengo

·10 de janeiro de 2025

Flamengo cancela venda de cativas para estádio e prepara revisão do projeto

Imagem do artigo:Flamengo cancela venda de cativas para estádio e prepara revisão do projeto

O planejamento de venda de cadeiras cativas para o estádio do Flamengo, que será construído na área do Gasômetro, vai ser revisto pela gestão de Luiz Eduardo Baptista, o Bap. De acordo com o jornalista Rodrigo Mattos, a nova diretoria não concorda com as previsões feitas pela gestão Rodolfo Landim, que indicava a entrada de cerca de R$ 150 milhões com as vendas.

No planejamento de Landim, o preço inicial para venda das 1.000 cadeiras cativas estava orçado em R$ 150 mil cada, mas em um sistema de leilão que poderia fazer o valor aumentar. Com isso, a previsão do orçamento da antiga gestão era de receber pelo menos R$ 147 milhões ao fim do processo.


Vídeos OneFootball


O valor seria suficiente para cobrir o gasto feito na compra do terreno, na ordem de R$ 138 milhões, conforme disse Rodrigo Mattos ao explicar a ideia de Landim.

"Vou dar a versão das duas correntes: atual gestão e gestão anterior. Esse era um projeto do Landim, e ele tinha a intenção de arrecadar R$ 150 milhões para recompor o caixa do clube, porque gastou aquele dinheiro na compra do terreno. Ele queria separar as contas do terreno, do futebol e do clube em geral: 'Vamos repor para o clube esse dinheiro com a venda das cativas'", explicou Mattos.

O jornalista explicou, inclusive, como seria o formato do leilão, acordado entre o Flamengo e um banco de São Paulo. A ideia de Landim era receber o dinheiro ainda no início de 2025, o que fez com que o valor entrasse no orçamento. No entanto, a gestão Bap freou os planos logo que ganhou a eleição para o triênio 2025-2027.

"Ele [Landim] tinha contratado um banco em São Paulo que fez um esquema de book building, uma espécie de leilão. Você vai colocando suas propostas, que eles tinham calculado mais ou menos em R$ 150 mil, mas achavam que ia ser mais", disse.

"Porque o sistema era o seguinte: você botava a sua proposta e, quando tivessem, sei lá, 2 mil propostas, as mil piores não valiam. Era essa a proposta, para entrar esse dinheiro em janeiro de 2025. Então, isso estava previsto no orçamento enviado pelo Landim. A atual direção, assim que ganhou a eleição, avisou ao banco que não faria esse projeto", destacou.

Visão de Bap

Segundo Mattos, a gestão de Bap entende que o planejamento "não foi bem traçado" e, devido ao longo tempo até a construção, não tem a precificação correta neste momento. Com isso, decidiu cancelar os planos com o banco, o que gerou a discrepância entre o dinheiro em caixa previsto por Landim para o início de 2025.

"O entendimento da atual direção é que o projeto não é bom, que não foi bem traçado, que não fazia sentido do ponto de vista econômico, que o estádio ainda não está nem construído, que não tinha uma precificação correta", afirmou.

"A tese da direção anterior era: 'Vamos colocar de volta o dinheiro que a gente gastou no terreno. A gente fez um cálculo aqui, temos muitos interessados, temos certeza que vamos ter essa arrecadação'. Foi bloqueado, então, você tem aí uma questão de R$ 150 milhões que estavam previstos no início do ano", completou Mattos.

Saiba mais sobre o veículo