
Terra de Zizou
·11 de abril de 2020
Fique em casa! 11 finais de Copa da França para rever na íntegra

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·11 de abril de 2020
Um dos reflexos da pandemia do coronavírus na França foi a suspensão da final da Copa da França. No dia 25 de abril, Paris Saint-Germain e Saint-Étienne decidiriam quem ergueria a taça na temporada 2019/20. Sem sabermos quando a bola vai voltar a rolar – e se vai voltar mesmo -, ficamos na dúvida também para saber quem se consagraria como o grande campeão da principal copa nacional do país.
Para acalentar as mentes desesperadas por um bom jogo de futebol, voltamos a fuçar o Footballia em busca de partidas históricas disponíveis na íntegra para rever. Separamos 11 decisões marcantes da Copa da França para relembrarmos. Confira abaixo a lista completa:
A final da temporada 1969/70 prometia ser uma das melhores e mais equilibradas da história, reunindo as duas potências da época no país. O Saint-Étienne, treinado por Albert Batteux, tinha erguido a taça do Campeonato Francês quatro vezes nos anos 60 e acabaria com o troféu naquele ano, enquanto o Nantes conquistou o troféu mais duas vezes na década anterior. Dentro de campo, porém, o que se viu foi uma das grandes atuações dos Verdes na história, aplicando um inesquecível 5 a 0 diante de quase 33 mil pessoas que foram ao Estádio Olímpico Yves-du-Manoir
Numa época dourada do futebol francês graças a seleção nacional – que faria bonito na Copa da Espanha e ganharia a Eurocopa dois anos depois – poucas vezes uma final de Copa da França reuniu tantos jogadores de qualidade. No lado do PSG, um esquadrão formado pela dupla de Dominique’s (Bathenay e Rocheteau) e Mustapha Dahleb. Já o Saint-Étienne, campeão francês em 1981, tinha Michel Platini como principal expoente.
No tempo normal, empate por 1 a 1. Na prorrogação, o ASSE levava a taça até o minuto final, quando Rocheteau empatou de novo e forçou a disputa por pênaltis. Nos tiros alternados, os parisienses levaram a melhor e ergueram a taça da Copa da França pela primeira vez na história.
Ao defender a taça no ano seguinte, o PSG teve pela frente um forte Nantes, da geração de Patrice Rio, Maxime Bossis, Vahid Halilhodžić e José Touré, que terminaria aquela temporada como campeão francês. Na decisão da Copa, porém, melhor para o Paris, que venceu por 3 a 2, em jogo de duas viradas. Era um bicampeonato em grande estilo.
Nos anos 80, Bordeaux e Olympique de Marseille formavam a mais intensa rivalidade da França, todos alavancados por presidentes ambiciosos que queriam, acima de tudo, reconhecimento internacional. Um dos pontos altos desse duelo foi a final da Copa da França de 1986. O OM chegou a largar em vantagem com Abdoulaye Diallo, de pênalti, mas foram os Girondins que saíram com a taça após jogadores da seleção decidirem. No tempo normal, Jean Tigana empatou e na prorrogação Alain Giresse fez o gol do título. Foi a primeira vez que o Bordeaux conquistou a Copa da França após 45 anos.
A final de 1989 colocou defronte um esboço do Marseille campeão europeu em 1993 com o Monaco de Arsène Wenger. O OM já tinha nomes relevantes como Éric Di Meco, que ergueria a taça continental quatro anos depois, além de Franck Sauzée e Jean-Pierre Papin, que deixariam o clube mais adiante. Os monegascos não ficavam para trás: Jean-Luc Ettori, Patrick Battiston, Emmanuel Petit, Glenn Hoddle e George Weah eram apenas alguns dos bons valores daquele time.
Por fim, a partida cumpriu o que prometeu: Papin fez três, Klaus Allofs mais um e o Marseille abriu 4 a 1. Porém, o Monaco reagiu com dois gols e deu emoção até os instantes derradeiros. No saldo geral, OM com a taça pela décima vez na história – a última na trajetória do clube.
Ok, não eram tempos dourados para Paris Saint-Germain e Olympique de Marseille (PSG em época de ‘vacas magras’ e OM em seca de mais de uma década), mas só o fato de ter sido a primeira vez que os dois rivais históricos se cruzaram numa final de Copa da França vale muito a lembrança. O PSG, de Pauleta e Vikash Dhorasoo, saiu com a taça diante do OM de Franck Ribéry e Samir Nasri.
Uma das histórias mais fascinantes da história recente do torneio. Assim dá para resumir a saga do Guingamp na temporada 2008/09. O time bretão estava na parte intermediária da classificação da 2ª divisão, mas chegou até a decisão e bateu o Rennes, que era franco favorito na ocasião. O herói foi o desconhecido brasileiro Eduardo dos Santos, que marcou os dois gols do inédito título do EAG.
Trata-se de um dos últimos grandes momentos do PSG antes de ser adquirido pela Qatar Sports Investments (QSI). A vitória por 1 a 0 sobre o Monaco veio apenas na prorrogação, com um inesquecível gol de Guillaume Hoarau, que o colocou na história do Paris.
O interessante em rever essa partida é notar as realidades que os dois times viviam e comparar com os dias atuais. No lado monegasco, víamos um jovem Stéphane Ruffier no gol e alguns jogadores mais ‘cascudos’ como Alejandro Alonso e o brasileiro Eduardo Costa. No ataque, as fichas eram depositadas em Nenê e Park Chu-Young. Já no PSG, o goleiro era o excêntrico Apoula Edel, o capitão era o veterano Claude Makélélé e quem vestia a camisa 10 era Stéphane Sessègnon.
Outros tempos…
O Lyon era o gigante da vez, mas todos os olhos estavam em cima do Quevilly. O modesto time da 3ª divisão chegou até a final desbancando Olympique de Marseille e Rennes e tinha elenco formado, em sua maioria, por jogadores com status amador. Chegar ao Stade de France era um cenário totalmente surreal para o time que atraiu muita torcida na final. Ao término dos 90 minutos, porém, deu a lógica e o OL ergueu seu último troféu até os dias de hoje com uma magra vitória por 1 a 0.
Esse jogo entra na lista como registro histórico. Uma das potências do país, o Bordeaux sofreu uma significativa enfraquecida nas últimas temporadas. A final de 2013, diante do emergente Évian, foi o último grande momento dos Girondins, que levaram a taça com um gol no fim de Cheick Diabaté.
A exemplo de 2012, quando o Quevilly foi o azarão contra o Lyon, em 2018 foi a vez de o Les Herbiers, da 3ª divisão, roubar os holofotes do poderoso PSG. A diferença é que o azarão daquela noite chegou na final sem ter derrubado nenhuma equipe da elite. Quando bateu de frente com o Paris, atual tricampeão, foi batido por 2 a 0.