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·11 de março de 2025

Filho de Maradona cobra justiça em julgamento de médicos acusados pela morte do pai: ‘eles o assassinaram’

Imagem do artigo:Filho de Maradona cobra justiça em julgamento de médicos acusados pela morte do pai: ‘eles o assassinaram’

“Esperamos por este dia há quase quatro anos e meio”: assim a família de Diego Armando Maradona se refere ao início do julgamento dos sete médicos acusados de negligências que conduziram à morte do ídolo. A primeira audiência ocorre nesta terça-feira (11), no Tribunal de San Isidro, próximo a Buenos Aires, sob muita comoção nacional e avidez por justiça. Especialmente da parte de Diego Maradona Jr., filho do astro.

Diego Jr. abordou publicamente sobre o tema às vésperas do início do julgamento durante o programa argentino ‘Y Ahora Sonsoles’, nessa segunda-feira (10). Sua versão descrê da morte natural e lista interesses por traz do óbito do ícone argentino, então refere-se aos réus “como assassinos”.


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“Esperamos por este dia já quase quatro anos e meio. Tem que começar mesmo porque há muitas coisas que precisam de esclarecimento. Houve muito interesse em sua morte”, iniciou Diego.

“Se os médicos tivessem feito as coisas direito, talvez eu não estivesse aqui agora. Eu estava sempre atualizado de tudo, pois tínhamos um grupo de WhatsApp com todos meus cinco irmãos, além de membros da equipe médica do meu pai”, continuou. “Vivi os 25 dias mais feios da minha vida porque eu estava à beira da morte”.

O que se espera do julgamento?

Questionado sobre, Diego frisou que seu pai foi “assassinado”. O apresentador Sonsoles, então, questionou: “o que você espera do julgamento?”.

“Que as pessoas que causaram sua morte paguem (disse com veemência). Confio na justiça e acredito que cedo ou tarde vão arcar com o que fizeram. Deram-lhe medicamentos sabendo que ele ia morrer. Queremos justiça pelo nosso pai”, concluiu.

Julgamento na Argentina

Os médicos sentados no banco dos réus responderão por “homicídio simples com dolo eventual”. Ou seja, quando há consciência de que sua negligência pode resultar na morte do outro. Os promotores públicos veem provas de displicência suficientes para levá-los a julgamento, e se condenados, as penas variam de oito a 25 anos de prisão.

Com audiências até julho, o julgamento envolverá um total de 120 testemunhas entre parentes, médicos, peritos, amigos e jornalistas. Estarão no banco dos réus o neurocirurgião Leopoldo Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov, o psicólogo Carlos Diaz, a coordenadora médica Nancy Forlini, o coordenador de enfermagem Mariano Perroni, o médico Pedro Pablo Di Spagna e, por fim, o enfermeiro Ricardo Almiro.

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Julgamento ocorre sob comoção na Argentina – Foto: Rodrigo Valle/Getty Images

A morte de Diego Armando Maradona

Maior nome da história do futebol argentino, Diego Maradona morreu em Tigre, na zona metropolitana de Buenos Aires. Diego Armando sofreu uma parada cardiorrespiratória na manhã do dia 25, em meio ao processo de recuperação da cirurgia, e não resistiu.

Os promotores acusam os profissionais de negligenciarem o tratamento domiciliar exigido nas condições do astro. Diego Armando passou seus últimos dias em uma casa alugada especificamente para sua recuperação de uma cirurgia na cabeça em decorrência de um acidente doméstico. A acusação alega que o ídolo poderia ter sobrevivido ao processo caso tivesse recebido o tratamento ideal previsto para seu caso.

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