Fifa usará sistema semiautomático para impedimento na Copa do Mundo do Catar para acelerar decisões | OneFootball

Fifa usará sistema semiautomático para impedimento na Copa do Mundo do Catar para acelerar decisões | OneFootball

Icon: Trivela

Trivela

·01 de julho de 2022

Fifa usará sistema semiautomático para impedimento na Copa do Mundo do Catar para acelerar decisões

Imagem do artigo:Fifa usará sistema semiautomático para impedimento na Copa do Mundo do Catar para acelerar decisões

A Fifa confirmou que usará um sistema semiautomático na Copa do Mundo 2022, no Catar, para determinar impedimentos, de forma a acelerar as decisões. Este é um dos pontos de crítica do sistema de vídeo no futebol, o VAR (Video Assistant Referee).

O sistema promete acelerar as decisões de impedimento com um sensor no meio da bola, que manda dados 500 vezes por segundo para determinar o momento exato do chute, 12 câmeras com múltiplos ângulos que estão sincronizadas e serão montadas no teto de cada um dos estádios. O sistema rastreia a bola e 29 pontos em cada jogador, enviando dados 50 vezes por segundo para calcular a posição exata em campo.


Vídeos OneFootball


Um jogador em posição de impedimento irá disparar o alerta na cabine do VAR, que avisará o árbitro em campo. O sistema foi testado na Copa Árabe, realizada em novembro e dezembro de 2021, no Catar, e no Mundial de Clubes. Os dados dos testes mostram, segundo a Fifa, uma redução do tempo de decisão de 70 segundos para 25 segundos. “Estamos muito otimistas. Está pronto”, afirmou o chefe de arbitragem da Fifa, Pierluigi Collina.

Uma das críticas que se faz ao VAR é que ele tem deixado os árbitros com menos poder de decisão, algo que a Fifa discorda. Collina, eleito o melhor árbitro por seis temporadas consecutivas de 1998 a 2003 e que foi o árbitro da final da Copa de 2002, nega que esse seja o caso. “Eu li sobre árbitros robôs. Eu entendo que é muito bom para as manchetes, mas não é o caso”, afirmou o italiano, chefe de arbitragem da Fifa.

“Os árbitros continuam envolvidos no processo de tomada de decisão. A tecnologia semiautomática apenas dá uma resposta quando um jogador está em uma posição de impedimento quando joga. A avaliação da interferência com um adversário e ver se um toque de mão ou falta cometido permanece está na responsabilidade do árbitro”, continuou Collina.

“Nosso objetivo é fazer os árbitros tomarem decisões corretamente em campo. Se algo errado acontecer, o árbitro tem aproveitar a vantagem da tecnologia para ter uma visão melhor do que aconteceu, mas ainda haverá muito espaço para discussão”, declarou.

Um dos pontos de debate sobre a tecnologia é que há críticas sobre os impedimentos por milímetros. Para Collina, a regra do impedimento é impedido ou não impedido, não dá para dizer que está muito ou pouco impedido. Ele comparou com a tecnologia na linha do gol, que falhou em um jogo entre Aston Villa e Sheffield United, em junho de 2020. O goleiro do Villa, Orjan Nyland, entrou com bola e tudo e a tecnologia não avisou que foi gol – algo que as câmeras de TV mostraram. Foi uma falha da tecnologia.

“A tecnologia funciona na maior parte do tempo. Esse foi uma decisão errada entre milhares de outras corretas. A tecnologia na linha do gol oferece uma precisão muito alta. Se a bola cruzar ou não cruzar a linha por poucos milímetros, todo mundo está feliz. É o mesmo com a tecnologia semiautomática. Se o jogador está impedido ou não, a tecnologia deve ser elogiada”.

“Não podemos reduzir para quatro ou cinco segundos para uma decisão. Essa seria a expectativa errada. Mas reduzimos de 70 segundos para 20 ou 25. Isso é importante. Este sistema será mais rápido e preciso”, disse ainda Collina.

Saiba mais sobre o veículo