Trivela
·26 de janeiro de 2022
Trivela
·26 de janeiro de 2022
A Fifa confirmou que a exceção para a sua nova regra de empréstimos só valerá para jogadores que cumpram os dois requisitos: sejam sub-21 e sejam formados pelo clube. Havia dúvida se eram regras separadas, porque o comunicado da entidade não deixava claro, mas o esclarecimento é que os jogadores só serão exceção se cumprirem os dois requisitos.
A nova regra valerá a partir da próxima temporada, 2022/23, e restringe o número de jogadores emprestados para o exterior em oito. As restrições inicialmente foram entidades como regras diferentes, ou seja, que jogadores de até 21 anos ou formados pelo clube estariam fora da conta. A Fifa esclareceu que na verdade o jogador só será exceção se cumprir os dois requisitos.
Ou seja, se o jogador for sub-21, mas não for formado na base do clube (o que significa ter passado 36 meses no clube entre 15 e 21 anos), ele não estará qualificado como exceção, o que melhora um pouco a regra. Ainda será possível contratar talentos jovens, mas só será possível se o clube contratar o jogador com 18 anos e mantê-lo no clube até os 21, consecutivamente.
O esclarecimento da Fifa mostra também que jogadores formados pelo clube, mas que estejam acima de 21 anos, não serão mais considerados exceções e entrarão na conta para o limite de empréstimos. Isso também é algo significativo, porque inibe que jogadores do clube continuem sendo emprestados de forma contínua, por vezes sem conseguir desenvolver e quase como um cultivo de jovens, que geram dinheiro pelo valor dos empréstimos.
A ideia da Fifa em restringir empréstimos é evitar o empilhamento de jogadores, algo que se tornou muito comum em grandes clubes, especialmente na Itália e Inglaterra. Clubes como Chelsea, Manchester City, Inter, Juventus, Atalanta, entre outros, costumam colocar muitos jogadores sob contrato em empréstimos contínuos. Isso, na visão da Fifa, atrapalha o desenvolvimento desses jogadores jovens, além de ser uma forma de desequilíbrio esportivo com o acúmulo de bons jogadores que acabam não sendo aproveitados.
Vale lembrar que a regra vale apenas para transferências internacionais, já que é onde a Fifa tem jurisdição esportiva. Contudo, a entidade recomendou às associações nacionais que criem uma regra similar internamente.