Gazeta Esportiva.com
·17 de junho de 2022
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O Corinthians e o centroavante Jô foram condenados pela Fifa a pagar 2,6 milhões de dólares (cerca de R$ 13,3 milhões na cotação atual) ao clube japonês Nagoya Grampus por rescisão de contrato em 2020. A informação foi publicada pelo TNT Sports e confirmada pela Gazeta Esportiva.
Segundo apurado pela Gazeta Esportiva, a decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS) confirmou que o Nagoya teve justa causa para rescindir o contrato, mas reduziu em aproximadamente 1 milhão de dólares (de 3,4 milhões para 2,6 milhões de dólares) o valor da compensação financeira que a Fifa havia arbitrado.
Em nota enviada à reportagem, o clube se posicionou da seguinte maneira: “O Corinthians recebeu por meio do Departamento Jurídico a decisão do CAS no caso Jô e Nagoya Grampus. Citado como parte solidária na condenação, o clube agora analisa os próximos passos para chegar a uma resolução”.
Diante disso, a situação é a seguinte: Jô foi condenado ao pagamento, enquanto o Corinthians, como parte solidária, uma espécie de “fiador”, terá de pagar o valor caso o jogador não o faça.
O Corinthians só se livraria da responsabilidade se o contrato com Jô tivesse alguma cláusula sobre o tema, o que não foi o caso.
O prazo para o pagamento é de 45 dias. Durante esse período, a intenção do Corinthians é procurar por Jô e Nagoya em busca de um acordo, que pode envolver desde parcelamento do valor, até inclusão de jogadores para abatimento da dívida.
O grande problema para o clube nessa situação é de que, se nada for resolvido em 45 dias, a Fifa pode aplicar um “transfer ban”, ou seja, uma punição que impede o clube de registrar novos atletas nas competições que disputa.
O valor da condenação não estava no orçamento previsto para o Corinthians em 2022. Por outro lado, a rescisão recente com Jô vai livrar o clube do pagamento de salários do jogador, antes previsto no mesmo documento. A economia com os salários será de aproximadamente R$ 10 milhões até o final de 2023.
O centroavante rescindiu seu contrato com o Alvinegro no último dia 9 de junho, depois de ter sido visto em uma roda de samba durante uma derrota do time para o Cuiabá. Ele abriu mão de salários futuros, mas não de dívidas do passado, que giram em torno de R$ 3,7 milhões.
O vínculo de Jô com o Nagoya iria até janeiro de 2021 e foi quebrado em junho de 2020. À época, o clube asiático confirmou a rescisão em nota oficial.
“O Nagoya Grampus Eight anuncia que o contrato de Jô (João Alves de Assis Silva) foi cancelado por justa causa. No momento, estamos introduzindo este caso na Câmara de Resolução de Disputas da Fifa”.
Os japoneses se irritaram pelo fato de Jô não ter ido aos treinos a partir de janeiro de 2020, mas o estafe do jogador também se manifestou em nota, na ocasião.
“O Nagoya Grampus rescindiu o contrato do atacante Jô. O clube japonês entende que é por justa causa, porém o departamento jurídico que cuida da carreira do brasileiro não entende dessa forma, pois em meio desta pandemia ocorreram diversas situações. Atualmente, o caso será julgado pelo DRC da Fifa e quando for notificado, o atacante e seu staff farão sua defesa”.
Após tudo isso, Corinthians e Jô firmaram contrato com validade até dezembro de 2023.
Em dezembro de 2017, os japoneses tiraram o centroavante do Corinthians por 11 milhões euros (R$ 43 milhões, na época).
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