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·23 de setembro de 2018
Feliz aniversário, Fenômeno! O verdadeiro Ronaldo é o maior número 9 da história

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·23 de setembro de 2018
Em dezembro de 1992, o técnico do São Cristóvão, Roberto Gaglianone, disse à imprensa que o atacante de 16 anos tinha acabado de sair do clube para o Cruzeiro e ia ser o próximo camisa 9 do Brasil.
"Ele vai jogar a Copa do Mundo de 1998", declarou. "Eles me perguntaram seu nome e eu disse: 'Ronaldo'". Era um nome que viria aterrorizar todos os defensores. Mesmo os mais experientes seriam enganados pelo brilho do brasileiro.
O grande Alexandre Nesta assistiu repetidamente o vídeo da derrota da final da Uefa, quando a Lazio foi derrotada pela Inter em uma noite lendária de Ronaldo. Ele atormentou Nesta e seus companheiros do início ao fim com as suas habilidades sublimes. E só depois de se aposentar que o ex-zagueiro entendeu o que tinha acontecido naquela fatídica noite no Parc des Princes.
"A pior experiência que eu já tive foi jogar contra o Ronaldo quando perdemos por 3 a 0 em Paris. Mas eu não acho que agora a culpa foi minha. Ronaldo foi simplesmente imparável", disse.
É impossível discordar. Em seu auge, Ronaldo era impossível de enfrentar, uma mistura única de ritmo, força e equilíbrio. Ninguém nunca tinha visto nada parecido antes. Portanto, ninguém sabia contê-lo.
"Eu nunca vi um jogador capaz de mostrar tal controle preciso em uma velocidade tão alta. Vê-lo era como assistir a um personagem em um jogo de videogame", disse o ex-craque do Milan, Marcel Desailly.
Portanto, não surpreende ao saber que Ronaldo era ídolo de um jovem Lionel Messi. "Ele foi o melhor atacante que eu já vi. Ele ea tão rápido que poderia marcar a partir do nada e poderia chutar a bola melhor do que ninguém", admitiu o argentino.
"Joguei com ele durante a sua única temporada no Barcelona . Foi em 1996-97 e, para mim, foi o melhor ano de sua vida", relembrou Laurant Blanc o momento em que o brasileiro marcou 47 vezes em 49 jogos).
"Naquela época, ele poderia vencer uma equipe inteira por conta própria. Lembro-me de um gol, quando ele pegou a bola do meio-campo e venceu os últimos oito jogadores. Foi uma loucura! Eu não podia acreditar no que estava vendo. Foi antes da lesão, embora eu realmente acredite que ele não foi mais o mesmo jogador depois", completou.
Triste, mas verdade. A primeira lesão nos ligamentos do joelho mudou Ronaldo, de forma irrevogável. Ele perdeu uma fração desse ritmo alucinante. O que ele não perdeu, no entanto, foi a sua capacidade de chute fantástica e inteligência futebolística.
Ronaldo não só tem pés rápidos. Como Kaká explica: "Para mim, os melhores jogadores são aqueles que são capazes de pensar em um jogo e executá-lo mais rápido e da melhor maneira possível, e Ronaldo foi o melhor nisso. A velocidade de pensamento que ele tinha - e a velocidade que ele teve de realizar suas ações - eram perfeitos. Foi algo surpreendente".
Na verdade, mesmo depois de sofrer uma segunda grave lesão no joelho, Ronaldo permaneceu uma força da natureza, que era prova de sua grande força de caráter. A Copa do Mundo de 2002, em última análise se tornou seu próprio conto pessoal de redenção.
Ele iluminou o torneio de 1998 na França, com uma série de exibições brilhantes, mas suas esperanças de título foram frustradas por uma convulsão sofrida na véspera da final - um incidente que ainda é um mistério . "Eu não me lembro o que aconteceu, mas eu fui dormir e, como o médico disse, parece que eu fiquei mal por cerca de 30 ou 40 segundos. Perdemos a Copa do Mundo, mas eu ganhei a minha vida".
Quatro anos mais tarde, porém, ele pôs as mãos no prêmio de maior prestígio no futebol, marcando oito vezes - incluindo duas vezes na decisão do torneio - com o Brasil conquistando o pentacampeonato.
Em abril de 2003, ele ainda marcou um hat-trick com a camisa do Real Madrid, em Old Trafford, que levou os torcedores do Manchester United a aplaudir de pé quando foi substituído.
"Ele era visivelmente mais pesado", como o ex-técnico do Barcelona, Sir Bobby Robson havia dito durante a sua época no Camp Nou.
Sua luta com o seu peso acabaria por precipitar o fim de sua carreira de jogador e também ser referido por alguns como "Ronaldo gordo", a fim de distingui-lo de seu xará Cristiano. Não sem antes ainda escrever seu nome também na história de outro grande clube, dessa vez do seu país, o Corinthians, onde fez vários gols e conquistou mais títulos.
O fato da questão é que Ronaldo é um dos jogadores mais importantes na história do futebol. Ele redefiniu o papel e influenciou toda uma geração de talentos com a camisa 9.
"Eu coloquei fotos de Ronaldo no meu quarto", admitiu Ibrahimovic em sua autobiografia. "Ronaldo foi o homem. Não só por causa de seus passes e gols na Copa do Mundo. Ronaldo foi brilhante em todos os níveis. Ele era o que eu queria ser, um cara que fez a diferença ... Ronaldo foi o meu herói e estudei-o on-line".
Foi essa percepção especial que permitiu a Ronaldo continuar marcando livremente, mesmo após as lesões graves no joelho lhe tinham roubado seu ritmo.
E é isso que o fez tão devastador. Ele sempre sabia onde o gol estava; ele só precisava da bola. "Ele cria uma oportunidade de gol onde não existe", disse o ex-Real Madrid Emilio Butragueño.
"Ele não precisa de ninguém para marcar. A maioria dos atacantes precisam dos meias e os seus companheiros de equipe, mas ele não. Você dá a bola e ele marca. Ele é um fenômeno", concluiu.
Não há realmente nenhuma outra palavra para ele. Neste momento pode haver dois Ronaldos. Mas só um foi 'Fenômeno'.
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