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·21 de dezembro de 2024

FC Porto em Moreira de Cónegos: os traumas de um «passado atual»

Imagem do artigo:FC Porto em Moreira de Cónegos: os traumas de um «passado atual»

Desde o regresso do Moreirense ao primeiro escalão do futebol português em 2014/15, o FC Porto tem encontrado dificuldades inesperadas sempre que visita o Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas.

Em 12 jogos disputados em Moreira de Cónegos desde então, contabilizam-se apenas cinco vitórias dos dragões, contrastando com quatro empates e três derrotas - pode ver AQUI.


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Um histórico com equilíbrio surpreendente

O equilíbrio nas deslocações começou logo na temporada de 2015/16 - primeira época de afirmação dos verde e brancos desde o regresso ao principal escalão do futebol português -, quando o Moreirense arrancou um empate a dois, e mostrou que a tarefa em Moreira de Cónegos não ia ser simples para os dragões.

No ano seguinte (2016/17) os portistas saíram derrotados nas duas deslocações ao Minho: 3-1 para o campeonato e 1-0 para a Taça da Liga. O Moreirense assumia então um lugar de destaque no mapa azul e branco por ser uma pedra no sapato para os portistas.

Seis temporadas passaram e os problemas mantiveram-se: três empates e três vitórias suadas para o campeonato no Comendador Joaquim de Almeida Freitas. O contexto de cada temporada varia, mas o padrão é evidente: Moreira de Cónegos é um palco onde o FC Porto raramente se sente completamente à vontade.

Mesmo nas vitórias, como o 2-4 em janeiro de 2020 que, além do 0-2 em 2014/15, é o único resultado favorável onde os dragões não venceram pela margem mínima, foi necessário um esforço considerável para superar a resistência local. Lembrar que a equipa então treinada por Sérgio Conceição só chegou à vitória na segunda metade da partida e depois do Moreirense ter estado na frente do marcador.

Moreira de Cónegos: uma fortaleza

Nesta temporada, o Moreirense mostra uma consistência impressionante em casa, consolidando o seu reduto como um verdadeiro calcanhar de Aquiles não só para os grandes do futebol português, assim como para todos que ali jogam. Esta temporada, sob o comando de César Peixoto, ninguém sabe o que é ganhar na fortaleza dos cónegos.

Em três confrontos contra os “grandes”, os minhotos obtiveram resultados extraordinários: uma vitória por 2-1 frente ao FC Porto na Taça de Portugal, um empate a uma bola com o Benfica e uma vitória por 2-1 sobre o Sporting, ambos para o campeonato.

Estes resultados reforçam a ideia de que o Moreirense versão 24/25 é particularmente eficaz no seu terreno. Sob a orientação do ex-Paços de Ferreira, a equipa apresenta um futebol atrativo, ofensivo, corajoso e com uma capacidade notável de explorar as fragilidades dos adversários.

Para o FC Porto - que tem sentido dificuldades nos jogos fora do Dragão -, a deslocação de hoje representa um teste à capacidade de superar traumas passados. Com o Moreirense a viver uma das suas melhores fases recentes e já tendo derrotado os azuis e brancos nesta temporada, a pressão está claramente sobre os homens de Vítor Bruno.

«A história tende a repetir-se»

Quando a bola rolar esta noite em Moreira de Cónegos, todas as atenções estarão voltadas para a capacidade do FC Porto de quebrar o padrão de dificuldades neste estádio. Historicamente, os dragões têm alternado entre esforçadas vitórias, empates frustrantes e derrotas inesperadas. Por outro lado, o Moreirense parece ter desenvolvido uma receita para equilibrar as forças contra os gigantes nacionais, algo que tem ficado evidente ao longo da presente temporada.

Se o passado recente serve de indicação, o jogo desta noite promete ser tudo menos fácil para o FC Porto. A equipa de Vítor Bruno precisa de uma exibição assertiva para evitar novos tropeços e, quem sabe, travar um Moreirense que parece determinado a continuar a surpreender. Mas, como diz o ditado, “a história tende a repetir-se”. Em Moreira de Cónegos, isso raramente é bom sinal para os dragões.

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