EXCLUSIVO | Zagueiro-artilheiro e ‘campeão de tudo’, Iago explica continência nas comemorações e revela sonho | OneFootball

Eu comecei no futsal, em Volta Redonda, na escolinha do Sesi. Fui desenvolvendo e, com o passar dos anos, fui pro futebol de campo numa escolinha que tinha lá em Volta Redonda também. Cheguei ao clube do Volta Redonda e, com 13 pra 14 anos, jogando no Sub-15, eu vim pro Flamengo. Cheguei aqui em 2019, no Sub-14, e estou aqui graças a Deus.

Por eu ter começado muito cedo, acho que isso foi bem importante pra mim. O incentivo dos meus pais também. Isso me qualificou para, hoje em dia, estar bem no futebol de campo também, ter recursos que o futsal proporciona.

Da escolinha de futsal em Volta Redonda tem o Noga, que passou lá, tem o Guilherme Quintino que chegou a jogar aqui no Flamengo. Tem o João Fernando, que foi goleiro aqui do clube também. Tem o Filipinho, que jogou aqui no clube e estava no Avaí até pouco tempo atrás. No Volta Redonda tem bastante jogadores que deslancharam na carreira do futebol.

Foi uma campanha bem difícil. Acho que na maioria dos jogos a gente começava perdendo e durante a partida a gente conseguia equilibrar, empatar e virar o jogo. A gente teve que competir bastante também porque é um campeonato de bastante duelo, de bastante competitividade, e esse ano ter a oportunidade novamente de jogar e defender o título, a gente sabe da importância, e a gente vem trabalhando para estar no melhor nível possível pra buscar o título novamente.

Não é sempre que a gente consegue fazer 2 gols em um jogo, ainda mais em semifinal de Libertadores (contra o Rosario Central-ARG). Consegui fazer 2 gols com ajuda dos meus companheiros e levei o Flamengo para final, isso foi muito importante pra mim. Vai estar sempre marcado na minha vida.

Eu sempre fui bastante agressivo na bola aérea ofensiva. De um tempo pra cá comecei a treinar bastante pênalti e falta. Dali em diante comecei a ter bastante proveito nessa questão.

A partir do momento que a gente ficou sabendo que jogaríamos no Maracanã, foi um momento de muito alegria. Não sempre que se joga no Maracanã, ainda mais numa final de Mundial. A gente sabia que iria lotar o estádio, então tenho certeza que foi um momento muito marcante e importante para a carreira de cada um dos moleques.

Na Libertadores foi assim. A gente sempre foi um grupo bastante resiliente, então a gente começou fazendo um bom jogo e ali, no segundo tempo, a gente tomou um gol e mantemos focados. A partir do momento que tomamos um gol, a torcida inflamou o estádio, tenho certeza que deu uma força a mais pra gente ali. Graças a Deus, no finalzinho do jogo, a gente conseguiu empatar e virar pra sair com o título do Mundial.

Nesse jogo eu consegui levar minha família, foram todos para o Maracanã: meus pais, minha irmã, meu irmão, minha avó, meu avô, a maioria dos meus tios, então consegui encontrar eles ali, pós o jogo, dentro de campo. Quando chega em casa a gente para pra pensar no que foi feito e no que foi conquistado. A gente só pensa na alegria que é e, com o trabalho sendo bem feito, a gente consegue conquistar coisas grandes.

Acho que competir. No futebol, se você não competir, você não consegue um alto nível. Na Libertadores e no Mundial, se a gente não competisse do jeito que a gente competiu, a gente não teria conquistado. Isso eu tenho certeza porque na Libertadores e no Mundial foi assim. Começamos muitos jogos perdendo e depois viramos. No Mundial foi do mesmo jeito. A gente tem que competir e correr bastante pra sair com os títulos.

A gente fez uma preparação muito boa. A gente foi muito confiante pro Sul-Americano. Acabou tendo uma fatalidade no primeiro jogo, que a gente acaba perdendo de 6×0, mas a partir daquele momento a gente teve que ter o processo de superação, a gente teve que ter a mentalidade muito boa. No segundo jogo eu tive a oportunidade de começar de titular, agarrei ela e consegui desempenhar bem durante a competição e no final saí com mais um título, graças a Deus.

Resenha sempre tem. Os moleques brincaram depois do jogo que eu fui campeão de tudo no Sub-20 e tal, mas a resenha entre a gente e a comissão sempre teve por a gente ter uma relação muito boa, tipo de pai para filho. Mas isso aí a gente deixa para o momento que pode ter a resenha e no trabalho a gente foca mais.

Acho que o TOP-3 não foge muito, né? Mundial, Libertadores e Sul-Americana. São competições muito difíceis e a gente teve bons momentos para ser marcado na história.

Ah, foi tranquilo. A gente teve contato na base. Ele conseguiu passar bastante coisa que entende de futebol pra gente, bastante instrução também. A partir do momento que ele foi pro profissional, a gente já entendia o processo de trabalho dele. Isso foi tranquilo. As vezes a gente treina com a rapaziada do profissional, então a gente fica mais habituado com o estilo de jogar dele.

A gente sempre procura buscar mais informações possíveis dos zagueiros que estão lá em cima. Eu, principalmente da minha posição, busco bastante o Léo Ortiz e Léo Pereira. Agora o Danilo também. Tive a oportunidade de falar com ele na Seleção, ele passou um vídeo pra gente. Agora, no profissional, treinando lá em cima, consigo ter bastante contato com ele e pegar bastante informação.

Todo jogador sonha em jogar no profissional dos clubes que atuam. Isso a gente deixa pra comissão lá de cima. Tentamos estar sempre preparados para quando surgir a oportunidade, a gente desempenhar bem e agarrar ela.

A partir do momento que eu fiquei sabendo que seria convocado, fiquei muito feliz e animado. Quis muito estar com a Seleção porque é uma oportunidade única. Se essa oportunidade passasse, eu nunca mais jogaria um Sul-Americano Sub-20. Quis muito. A questão de liberar não sei como funciona, mas da minha parte fiquei bastante animado e contente.

Vou procurar sempre estar preparado, tanto pro Sub-20 quanto pro profissional. Sonho sim em jogar pelo profissional do Flamengo, quero bastante, mas isso depende sempre do nosso desempenho dentro de campo. A gente vai sempre trabalhar pra estar preparado para desempenhar bem.

Foi uma experiência muito boa, por mais que eu fosse novo ainda. Acho que tinha 15 ou 16 anos. Foi minha primeira experiência nesse tipo de coisa. O documentário foi bastante interessante que os caras gravaram lá em casa, minha rotina de ir pro clube, foi uma experiência bem legal que eu vou levar pra minha vida.

Sempre quando eu faço gol eu faço a comemoração. Mas por ser xerife, a rapaziada me chama, tanto aqui quando na Seleção, os moleques me apelidaram dessa maneira. Mas não tem nada de mais, não.

Eu sempre via bastante o Thiago Silva. Tentava buscar sempre as maiores informações que ele tinha passando dentro de campo, tentava fazer as mesmas coisas que ele.

Era meu irmãozão. Tenho certeza que a partir do momento que ele foi morar com Deus, eu vou sempre jogar por ele. Isso que eu tô vivendo era um sonho pra ele também. Vou levar ele sempre no meu coração.

A gente vem fazendo uma preparação muito boa com o Cleber e a comissão. De nós, jogadores, podem esperar bastante competitividade como foi na Libertadores passada, a gente vai sempre buscar a vitória. De mim podem esperar bastante competitividade, sou um cara que não gosta de perder. É isso. Que a Nação possa acompanhar a gente e nos dar força para gente voltar com mais um título. Da Libertadores passada mudou pouca gente do time que vai jogar, então espero estar com todos que foram pra gente conquistar esse título.

O futebol de hoje está muito moderno. Tem muitos times que gostam de ficar com a bola. Então, automaticamente, todos os jogadores têm que saber jogar com a bola no pé. Um zagueiro que saia jogando, sai da pressão fácil, se destaca. Se o zagueiro tiver isso, ele vai alcançar o maior nível possível.

Sou um cara bastante competitivo, tenho bastante imposição física e sou um líder também. Tenho a bola aérea muito boa, tenho uma boa visão de jogo e uma boa comunicação. Acho que isso tem me ajudado bastante nesses últimos anos.

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