💥 Exclusivo: o Red Bull Bragantino teme ser 'odiado' no Brasil? | OneFootball

O Red Bull Bragantino tem o dinheiro, mas também tem a ideia. Apoiada em um modelo de sucesso provado em seus clubes na Áustria e na Alemanha, a filial brasileira também precisa tomar as decisões certas.

Para isso, uma palavra: gestão. Com a possibilidade de investir no desenvolvimento do clube, seus gestores são diretamente responsabilizados pelos impactos destas aplicações e precisam entregar – o clube precisa crescer e as contas fecharem.

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Com um time que conta com os insights de Ralf Rangnick, mentor do RB Leipzig, e um coordenador técnico com passagens pelo Arsenal e Manchester United, o CEO Thiago Scuro tem o apoio que precisa.

Mas será que o projeto vai funcionar? Os rivais vão começar a malquerer o RB Bragantino, assim como o RB Leipzig? Em entrevista exclusiva ao OneFootball, Thiago Scuro respondeu tudo. 👇

OneFootball: O que diferencia o Red Bull Bragantino dos demais clubes do Brasil que, em sua maioria, acumulam dívidas e mesmo assim seguem movimentando dinheiro?

Thiago Scuro: Os processos de governança corporativa. Temos processos de governança mais elaborados e claros no sentido de não permitir o endividamento de forma desorganizada.

Acredito que o ambiente político do Red Bull Bragantino é um facilitador para o funcionamento desse processo, mas há um plano técnico, há uma visão de longo prazo e regras para que nossos objetivos sejam atingidos.Thiago Scuro, CEO do Red Bull Bragantino

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Nesse sentido, somos mais cobrados pela eficiência das nossas decisões do que propriamente pelo resultado esportivo. Atletas e treinadores vencem campeonatos, gestores criam as condições e precisam se responsabilizar pelo equilíbrio financeiro e gerencial.

OneFootball: De alguma forma, o Ralf Rangnick influenciou nas decisões do Red Bull Bragantino?

TS: O Ralf é um grande aliado do nosso trabalho. Sim, ele teve e tem grande participação em muitas das nossas decisões.

Estamos falando de um profissional que rompeu algumas ideias e inovou na forma de liderar projeto esportivo no futebol Europeu e somos privilegiados de poder utilizar esse conhecimento e ideias a nossa favor.

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O Ralf foi um dos grandes responsáveis pelo meu retorno a Red Bull em 2017 e mantemos contatos frequentes.

OneFootball: Qual a função do Sandro Orlandelli e como ele pode impactar o desenvolvimento do clube?

TS: O Sandro é nosso coordenador técnico. Na verdade ele já tem influenciado muito o trabalho e processos no clube. Conheço o Sandro há muito anos e venho acompanhando a trajetória e desenvolvimento profissional dele.

Temos poucos profissionais no Brasil com tanto conhecimento de futebol, especialmente com uma visão moderna do jogo, com uma carreira construída em clubes Europeus do mais alto nível.

Ficamos muito felizes quando ele aceitou o desafio de caminhar conosco e a contribuição tem sido imensa nos processos de treinamento, recrutamento de atletas, apoio ao treinador e staff técnico, entre outras atividades que conduzimos no dia a dia.

OneFootball: A comunidade local parece ter aceito bem a transição do clube de Bragantino para Red Bull Bragantino. Quais são os próximos desenvolvimentos logísticos do projeto na região?

TS: Temos planos para a construção de um CT na região e melhorar significativamente as condições do estádio para os próximos anos.

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Acredito que haverá algum impacto no cronograma em função da parada inesperada, mas entendemos que a melhoria da infraestrutura é um pilar importante para nosso sucesso no futuro.

OneFootball: Você teme que eventualmente o clube seja visto no Brasil como é visto na Alemanha – em relação ao sentimento de repulsa das torcidas rivais?

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TS: Espero que não. Vamos seguir fazendo nosso trabalho da forma que acreditamos, com a grande ambição de vencer jogos que temos demonstrado e esperando levar boas energias para todos os nossos torcedores e fãs do futebol.

Foto de destaque: Divulgação/Red Bull Bragantino