Coluna do Fla
·01 de fevereiro de 2025
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O relógio marcava 25 minutos do segundo tempo quando dois jogadores – Varela e Marreta – bateram cabeça dentro da área do Sampaio Corrêa e caíram no gramado. Do lado do jogador do Flamengo, dez pontos na testa. Já na do adversário, nove. Em processo de recuperação após o susto, o zagueiro do time de Saquarema bateu um papo exclusivo com o Coluna do Fla. Além da partida no Maracanã, o defensor contou bastidores da boa relação com Gerson, amigo desde a infância.
— Eu e o Gerson temos uma relação muito boa, de irmão pra irmão mesmo. Eu conheci o Gerson na base do Fluminense, quando a gente tinha 12, 13 anos. A gente tem uma história muito maneira. A gente se fala praticamente todos os dias. Há uns três anos, eu fique sem jogar bola e comecei a acompanhar ele. Eu falei que não ia mais jogar. Então, eu ajudava ele, dirigia para ele. Parei por dois anos e depois voltei, tem pouco tempo. Nesse período, a gente criou uma afinidade muito forte, com a filha dele, com a família, esposa, toda a família. Me tratam superbem, como se eu fosse da família deles — disse Marreta.
— Então, isso para mim é muito gratificante, porque ele para mim não é o Gerson do Flamengo. Ele é o Gerson meu amigo, meu irmão. Eu chamo ele de rabugento, então a gente tem uma relação muito boa. Quando eu soube que ele não ia jogar, vou te falar, pai, que eu fiquei feliz e triste ao mesmo tempo (risos). Porque eu queria enfrentar ele, aí sim teria a resenha dentro de campo, que é muito bom você estar jogando contra os craques, jogador de seleção. É muito bom, mas eu fiquei feliz e triste de não ele não ter jogado contra a gente — acrescentou o zagueiro de 27 anos.
Já sobre o jogo, após o choque com Varela, chamou a atenção a cena de Marreta tentando voltar ao gramado. Com o olho bastante inchado, o zagueiro tentou continuar na partida a todo custo. No entanto, o departamento médico do Sampaio Corrêa determinou a saída do atleta, de forma preventiva. Na entrevista ao Coluna do Fla, o jogador explicou o motivo do desespero ao sair do campo.
— O lance com Varela ali foi bem feio, hein, mano? Na hora ali, a gente não tem noção que quando a gente vai subir na bola o que vai acontecer. Ali foi um choque muito forte. Eu até cheguei a desmaiar ali no momento, mas eu estava querendo continuar no jogo, porque era um jogo que eu queria muito jogar — iniciou Marreta.
— Mas aí os médicos falaram que eu não teria chance de jogar e tal, por não estar conseguindo enxergar muito bem. Aí foi um momento que eu até chorei ali, de tristeza, porque eu não queria sair daquele jogo. Porque era um jogo muito bom, um jogo com uma visibilidade enorme para gente que joga em time de menor expressão. Então, quando eu saí ali, eu fiquei muito triste, muito triste. E agora eu estou me recuperando para poder voltar mais forte e poder ajudar minha equipe da melhor maneira possível — falou o zagueiro do Sampaio.
Ao ser questionado sobre qual foi a maior dificuldade no jogo de quinta-feira (30), Marreta não titubeou: marcar o recém-contratado Juninho. O zagueiro contou que o atacante se movimenta demais dentro de campo, trazendo muitas dificuldades para o adversário.
— Jogar contra o Flamengo é sempre muito difícil, é muito desafiador, mas também é muito gratificante. O atacante Juninho, o cara é embaçado, pai. Difícil de marcar ele, incomoda bastante os zagueiros, faz muita movimentação de facão, bastante movimentações, isso é incomoda bastante ali. Ele foi um dos caras que foi muito difícil ali para marcar. Muito, muito difícil mesmo — brincou Marreta.
Além da história com Gerson desde a infância, do choque com Varela, o desespero da substituição e o duelo com Juninho, Marreta também falou para o Coluna do Fla sobre a emoção de jogar pela primeira vez no Maracanã. Além disso, o defensor revelou se ocorreu alguma resenha engraçada no gramado e fez um breve resumo da carreira. Confira outros trechos da entrevista exclusiva.
— Foi a primeira vez que joguei no Maraca, só faltava o Maraca para eu jogar aqui no Rio. Mas foi uma sensação maravilhosa. Só tenho que agradecer a Deus mesmo por esse momento. Ao clube Sampaio Corrêa por essa oportunidade. Dizer que estou muito feliz. Infelizmente o final do jogo não foi o que eu esperava. Mas Deus sabe de todas as coisas. Assim, bola pra frente e vamos em busca de mais — colocou Marreta.
— Ali dentro do jogo, não tive muita resenha com alguns jogadores deles porque eu estava muito concentrado, focado no jogo e fazia um bom trabalho, então essa questão da resenha não teve nenhuma, não — pontuou o zagueiro.
— Eu comecei no Fluminense, fui minha base toda no Fluminense, de pré-mirim até primeiro ano de juniores, eu fui minha base no Fluminense, depois fui para Portuguesa. Posteriormente, rodei alguns times aqui do Rio, joguei em Minas, joguei no Maranhão e hoje, graças a Deus, eu estou rodando aí nessa primeira divisão. Ano passado eu joguei pelo Bangu, estou jogando pelo Sampaio Corrêa e espero jogar uma série B de Brasileiro, uma série A de brasileiro ou também fora do país. Esse é o meu objetivo, esse é o meu plano de carreira e é isso que eu penso para mim lá na frente — encerrou Marreta.
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