EXCLUSIVO | Artilheiro do Bolívar revela objetivo contra o Flamengo e rebate ironias sobre altitude: “Fizemos 4 pontos fora” | OneFootball

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·14 de maio de 2024

EXCLUSIVO | Artilheiro do Bolívar revela objetivo contra o Flamengo e rebate ironias sobre altitude: “Fizemos 4 pontos fora”

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Autor de gol contra o Flamengo no jogo em La Paz, Chico da Costa espera sair do Maracanã classificado na Libertadores


Por: Mônica Alves e Pedro Paulo Catonho

O Bolívar (BOL) vai ao Maracanã com um objetivo na cabeça: sair classificado para as oitavas da Libertadores. Para isso, um empate já resolve a vida do time boliviano contra o Flamengo, na quarta-feira (15), a partir das 21h30 (horário de Brasília). Autor do gol que abriu o placar no duelo de La Paz, o brasileiro Chico da Costa conversou com a reportagem do Coluna do Fla, revelou qual será a estratégia dos visitantes e destacou a campanha da equipe fora de casa na competição para rebater ironias sobre a altitude.

Nosso time tem uma identidade, e a gente busca manter a mesma identidade em qualquer campo. Isso não impede que, caso a gente tenha que se defender para levar o empate para casa, para somar (ponto) de visitante no Maracanã, a gente faça. Mas a ideia é manter o nosso estilo de jogo, que a gente faz em casa. Nosso estilo é assim. É de posse de bola, é de jogar com a bola. Vai ser mais difícil no Maracanã. Mas a gente sempre, não só no Maracanã, vai tentar nunca mudar o nosso estilo — disse Chico da Costa, para o Coluna do Fla.


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No Brasil, alguns torcedores e jornalistas costumam dizer que o Bolívar “só tem a altitude” dos mais de 3.600 metros de La Paz. Para rebater as ironias, Chico da Costa destacou a invencibilidade do time fora de casa. Na Libertadores, o clube boliviano goleou o Palestino (CHI) no Chile, por 4 a 0, e empatou com o Millonarios (COL) na Colômbia, em 1 a 1.

— O Bolívar não é um time que “só tem altitude”, eu entendo que a altitude é um fator que ajuda, mas o clube foge muito do contexto do país, eu sei que a Liga Boliviana não tem. Era um fator muito determinante (a altitude), agora não mais. Vocês estão vendo aí, a gente tem quatro pontos já fora de casa na Libertadores e a gente demonstra que não é um time só de altitude — acrescentou Chico.

ARTILHEIRO DO TIME NA LIBERTADORES

Com quatro gols na competição, sendo um contra o Flamengo, na vitória do Bolívar por 2 a 1, em La Paz, Chico bateu longo papo com o Coluna do Fla. O atacante revelou que terá amigos e familiares no Maracanã, contou sobre o contato com torcedores rubro-negros nas redes sociais, se a altitude serve de desculpa para o Rubro-Negro após a derrota no primeiro encontro, entre outros.

Chico está no Bolívar desde 2022. No Brasil, o atacante surgiu no Athletico-PR, na mesma época de Léo Pereira, passou por times de menor expressão do Sul do país até se transferir para o México. Por lá, vestiu as camisas do Venados (MEX), Atlante (MEX) e Querétaro (MEX). Posteriormente, voltou à América do Sul, onde jogou no Paraguai (Sol de América) e Colômbia (Atlético Nacional). Pelo clube boliviano são, 49 gols e 20 assistências em 78 partidas. Confira, abaixo, outros pontos da entrevista.

VEJA OUTRAS RESPOSTAS DE CHICO DA COSTA

POSTURA NO MARACANÃ

“Sei que todo mundo pensa que tem que ter uma postura no jogo, se defender, atacar mais, buscar o jogo. Mas, nosso time tem uma identidade, e a gente busca manter a mesma identidade em qualquer campo. Isso não impede que, caso a gente tenha que se defender para levar o empate para casa, para somar (ponto) de visitante no Maracanã, a gente faça. Mas a ideia é manter o nosso estilo de jogo, que a gente faz em casa. Nosso estilo é assim. É de posse de bola, é de jogar com a bola. Vai ser mais difícil no Maracanã. Mas a gente sempre, não só no Maracanã, vai tentar nunca mudar o nosso estilo”.

TEM RECEBIDO MENSAGENS DE RUBRO-NEGROS?

“Não recebi tanta mensagem. Recebi algumas mensagens quando o Flamengo perdeu para o Palestino, perguntando se a gente ia com um time titular contra os Millonarios. Mas também não tenho muitos familiares flamenguistas, tenho alguns amigos. Com certeza vai ter bastante gente do Maracanã que eu conheço, aproveitar a oportunidade pra rever amigos e família. Mas não recebi tanta mensagem”.

BOLÍVAR NÃO É UM TIME SÓ “DA ALTITUDE”

“O Bolívar não é um time que “só tem altitude”, eu entendo que a altitude é um fator que ajuda, mas o clube foge muito do contexto do país, eu sei que a Liga Boliviana não tem. A condição é muito boa, nem uma expressão muito forte na América do Sul, mas o Bolívar foge do contexto devido ao investimento que faz o Claure, o Marcelo Claure que é o presidente. O time está construindo um estádio novo, ano que vem é centenário, já construiu um centro de treinamento novo. Investe. Hoje a gente tem a melhor base boliviana. Não as categorias de base, mas os jogadores são a base da Seleção. A maioria está aqui com a gente. Era um fator muito determinante (a altitude), agora não mais. Vocês estão vendo aí, a gente tem 4 pontos já fora de casa na Libertadores e a gente demonstra que não é um time só de altitude”.

ALTITUDE FOI DESCULPA DO FLAMENGO?

“E falando da altitude, não tem nenhuma hipocrisia aqui, não posso falar que não influencia, que não atrapalha quem está no nível do mar, atrapalha, é difícil, o fator climático existe em muitos lados, no Brasil tem o calor, a umidade, na Europa tem o frio, neve, enfim. A altitude também é um fator climático, mas é sim o que mais interfere, que interfere diretamente na oxigenação. Então é mais difícil, atrapalha quem vem do nível do mar, mas não é o fator mais determinante, senão o Bolívar já tinha conquistado alguma Libertadores e não é assim, acho que se estruturar como o clube, como o Bolívar tem feito, é realmente o fator mais determinante para as conquistas que a gente vem tendo nos últimos anos”.

MAIOR PONTUAÇÃO POSSÍVEL

“Seria muito interessante, realmente, demonstraria para nós, para todos, sabe, a campanha que a gente fez, esse arranque na Libertadores, a gente conseguir chegar no Maracanã classificado, mas obviamente é muito distinto classificar em segundo e primeiro na Libertadores, a gente acaba evitando, na minha opinião, os melhores times classificando em primeiro. E eu acho que o fator de decidir o segundo jogo como local, como mandante, principalmente o Bolívar, que é muito forte em La Paz, é sim uma motivação extra e a gente tem também a possibilidade de conquistar isso no Maracanã, então, sim, está todo mundo com essa ilusão”. BOLÍVAR POUPOU NO FIM DE SEMANA. ESTARÁ MELHOR FISICAMENTE? Eu não acho que tem desvantagem física, acho que se tivesse alguma desvantagem física seria a nossa, devido que a gente viajou para Colômbia, voltou, já teve que viajar de novo, e a logística da viagem nunca é fácil, desde La Paz. Então, a gente vem com muita viagem em cima, pouco treino, né? Os Flamengo já… mais descanso em casa. Também não vai ser uma desculpa para nós. Acho que os dois irão chegar igual, não tem nenhuma diferença.

Nota de redação: com time alternativo, o Bolívar venceu o Independiente Petrolero (BOL), por 1 a 0, no domingo (12), pelo Campeonato Boliviano.

SONHA EM DEFENDER A SELEÇÃO BOLIVIANA?

“Não sonho em defender a Bolívia, mas pelo prestígio que eu tenho com o (Antônio Carlos) Zago (técnico da Seleção Boliviana), que trabalhou comigo em 2022 no Bolívar, a gente acabou sendo boliviano, eu tenho um carinho muito grande por ele e gosto e confio no trabalho dele. Hoje eu jogaria com ele, onde quer que seja, mas aproveitando a situação de estar na Bolívia e ele trabalhando na Seleção, seria interessante, algo que não vai acontecer, ou não se sabe, mas hoje não vai acontecer, porque para representar a Seleção eu teria que ter cinco anos mínimo vivendo no país, eu não tenho, não estou nem perto de ter, nada. É só um pequeno pensamento que realmente eu gostaria de ajudar o Zago nesse trabalho dele com a Seleção, mas muito mais por isso, do que realmente um desejo representar o país, representar a Bolívia, esse desejo não é forte, não é o que eu almejo, mas seria interessante sim, trabalhar com o Antônio seja aonde for”.

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