Mercado do Futebol
·16 de agosto de 2022
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O ex-treinador do Atlético Mineiro falou sobre sua passagem no clube alvinegro em entrevista a ESPN na Argentina
Um mês após a sua saída oficial do Atlético Mineiro, o treinador Antonio ‘El Turco’ Mohamed falou sobre o seu período no Galo, onde trabalhou de janeiro à julho desse ano, quando foi demitido após o empate em 1×1 com o Cuiabá pelo Brasileirão 2022.
O treinador deu entrevista para a ESPN Argentina, onde participou de alguns programas da emissora. Lá, Turco comentou sua demissão e o seu trabalho feito.
“Foi tudo muito rápido. Chegamos em 13 de janeiro e em 18 já estávamos jogando. Estávamos indo bem, mas nas últimas três partidas fomos muito mal, por vários motivos. Escolheram o Cuca porque viam que ele poderia se sair melhor contra o Palmeiras, pela grande disputa entre os dois. As vezes as decisões dão certo, mas não neste caso. Depois que fomos eliminados pelo Flamengo, que nos atropelou, o clima ficou hostil.“
“Depois de perder no Maracanã, começou um clima hostil contra a comissão técnica. Jogamos contra o Botafogo, vencemos fora de casa, e jogamos muito mal. Depois empatamos com o Coritiba (Cuiabá). Chegamos na concentração pela madrugada. Me levantei na manhã, estava o presidente com o diretor de futebol. E a decisão estava tomada. Eu vi que estava a possibilidade de voltar Cuca. Elegeram que com ele poderiam jogar melhor e ganhar o que sobrava. Estávamos a poucos pontos do Palmeiras no Brasileiro, e tinha os confrontos na Libertadores. Acho que confiaram nessa decisão. Acho que essa decisão não saiu muito bem.”
O treinador seguiu falando sobre o Brasileirão e achou injusta a sua demissão no comando do clube mineiro.
“Se você está a cinco pontos da liderança, se espera. Na Espanha, se o Real Madrid está a cinco pontos, se diz que falta um montão. Aqui está a cinco pontos e é como se fosse um fiasco. Então, toda essa pressão cai em cima do treinador. Toda semana trocam dois treinadores. Toda semana! Esta semana caiu o do Ceará. E fez uma boa série contra o São Paulo na Copa Sul-Americana.”
“Brasil, não! Nunca digo que não, mas é um furacão. É demais! É demais. Muito! Já aprendi, gostei, mas devo agradecer publicamente a todos os funcionários que trabalham no clube. São incríveis, incríveis. Espetacular a gente que trabalha no clube. Todos os cozinheiros, Éder, Lucas, o professor Cristiano. Quando fomos assinar contrato, uma das condições é que ele ficasse. É um fenômeno o cara. Enfim, (agradecer) todo mundo que trabalha no clube”.
Foto de Pedro Souza/Atlético