Jogada10
·13 de dezembro de 2024
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Mikheil Kavelashvili, ex-jogador do Manchester City, provavelmente será o novo presidente da Geórgia. Contudo, a votação é considerada fraudulenta pelo seu concorrente, o atual mandatário e defensor da entrada do país na União Europeia. O ex-atacante integra o partido governista Sonho Georgiano, da extrema direita, e é conhecido por declarações parlamentares contra membros da comunidade LGBTQIAPN+. Assim como por respostas grosseiras a críticos do governo e uso excessivo de palavrões.
A tendência é de que ele seja escolhido por um eleitorado que tem o domínio do Sonho Georgiano. O grupo partidário deixou de adotar o uso de votos populares para a escolha do presidente, através de modificações constitucionais questionáveis e aceitas em 2017. A ascensão de Kavelashvili para a função ocorre simultaneamente em um cenário trágico. Isso porque milhares de protestantes foram às ruas da capital Tbilisi durante algumas semanas. O intuito foi demonstrar o descontentamento pelo arquivamento das tratativas de afiliação à União Europeia por parte do Sonho Georgiano.
Os protestantes caracterizaram Kavelashvili como uma “marionete” do multimilionário Bidzina Ivanishvili, fundador do Sonho Georgiano. Já o magnata descreveu o candidato a presidência como “a personificação de um homem georgiano”. Assim, o político foi alvo de revolta por seus discursos preconceituosos contra a comunidade LGBTQIAPN+. Afinal, o Sonho Georgiano aderiu leis semelhantes ao Kremelin, na Rússia, com a restrição de direitos.
Kavelashvili é natural de uma pequena cidade, Bolnisi, localizada no sudoeste da Geórgia. Ele deu início à carreira como jogador profissional nos anos 1980. Seus primeiros passos foram no futebol local e depois se transferiu para a Rússia. Posteriormente, tornou-se jogador da seleção georgiana. Em 1995, passou a defender o Manchester City, onde atuou por dois anos. Logo em sua estreia, o ex-atacante marcou no confronto com o maior rival, o Manchester United.
Em seguida, ele se aventurou no futebol suíço. Mais especificamente atuou por Aarau, Basel, Grasshoppers, Luzern, Sion e Zurique. Kavelashvili tentou disputar também a presidência da Federação Georgiana de Futebol em 2015. Entretanto, ele foi desqualificado por não ter completado o ensino superior, uma exigência para o cargo.