MundoBola Flamengo
·19 de dezembro de 2024
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Cria das categorias de base do Flamengo e atualmente comentarista, Zinho criticou o "ambiente constrangedor" na passagem de bastão da presidência rubro-negra. Na última quarta-feira (18), Rodolfo Landim participou do evento de posse de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, que vai comandar a agremiação entre 2025 e 2027.
Zinho destacou a entrega da camisa 10 a Arrascaeta às vésperas da cerimônia de posse e disse ter achado a atitude "estranha". Segundo ele, o movimento pegou de surpresa até o próprio uruguaio, que está de férias na Itália. Por fim, o ex-jogador criticou o ambiente entre Landim e Bap.
"Foi meio estranho o fato de dar a camisa 10 para o Arrascaeta e não perguntar ao próximo presidente. Pegou de surpresa todo mundo. Até o Arrascaeta, que estava de férias. Como ele vai falar que não? Você vê um ambiente bem constrangedor entre os dois nessa passagem de bastão", disse Zinho.
Mandatário supremo do Flamengo desde 2019, Landim apoiava Rodrigo Dunshee no pleito presidencial, mas a vitória ficou mesmo com Bap. O outro candidato era Maurício Gomes de Mattos, o MGM.
Zinho cobrou, ainda, por mais respeito na política rubro-negra. O comentarista ressaltou o tamanho da torcida do Flamengo, que voltou a liderar a média de público do Campeonato Brasileiro de 2024, e disse que "ética é o mínimo".
"Acho que o mínimo que precisa existir é o respeito, porque ambos representam um dos maiores clubes do país e do mundo, com a maior torcida do Brasil. A existência de ética é o mínimo. Se tornou uma guerra declarada", completou.
Revelado pelo Flamengo em 1986, Zinho vestiu a camisa rubro-negra até 1992, quando iniciou a primeira de suas três passagens pelo Palmeiras. Depois, também defendeu Yokohama Flügels (JAP), Grêmio e Cruzeiro antes de retornar ao Rubro-Negro, em 2004.
No ano seguinte, porém, se mudou para o Nova Iguaçu. Por fim, em 2006, fechou com o Fort Lauderdale Strikers (EUA), onde encerrou de vez a carreira.
De trajetória vencedora, Zinho foi campeão da Copa do Mundo de 1994 pela seleção brasileira. Ergueu também os troféus de Libertadores (1999), Copa Mercosul (1998), Brasileiro (1987, 1992, 1993, 1994 e 2003), Copa do Brasil (1990, 1998 e 2001), Carioca (1986, 1991 e 2004), Paulista (1993 e 1994), Mineiro (2003), Gaúcho (2001), Rio-São Paulo (1993), Supertaça Asiática (1995) e Série B (2003), entre outros.