Mundo Rubro Negro
·31 de outubro de 2024
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Na semifinal da Copa do Brasil, Erick Pulgar levou o terceiro cartão amarelo na competição na partida de volta, contra o Corinthians. Por isso, perde a ida da decisão. Além disso, De La Cruz também é desfalque, reduzindo as opções de Filipe Luís para montar sua dupla de volantes no Maracanã. O MRN conversou com os analistas Raphael Rabello, do canal Falando de Tática, e Douglas Fortunato, para entender a melhor opção.
A disputa é pela segunda vaga no meio-campo. É consenso que Evertton Araújo deve ser um dos volantes titulares no certame. Resta sabe com qual das opções: Allan, Léo Ortiz ou Charly Alcaraz. Douglas e Raphael analisam minuciosamente as opções de Filipe Luís para a partida.
Com Tite, Léo Ortiz se acostumou a jogar improvisado como volante e até se saiu muito bem, agradando os torcedores. Filipe Luís chegou a usar o atleta na função, mas é consenso entre os analistas que essa não é a melhor opção. Douglas Fortunato explica que o time perde na saída de bola feita na zaga.
“A primeira opção foi a mais utilizada por um período com Tite. Léo Ortiz como volante junto ao Evertton Araújo. Qualifica a saída, o Evertton vem fazendo bons jogos, mas você perde a saída na zaga. Você ganha em construção no meio, mas perde um pouco na saída com relação a outras opções”, avisa Allan.
Raphael segue caminho parecido, lembrando ainda que Fabrício Bruno não vive seu melhor momento para iniciar como titular em uma final de Copa do Brasil.
“O Ortiz como volante foi um improviso que o Tite teve que fazer e conseguiu render bem porque é bom jogador, mas ele é zagueiro. O impacto que ele gera como zagueiro no jogo é gigantesco, sou contra colocá-lo como volante. Até porque isso implicaria colocar o Fabrício Bruno, que não está bem. Assim como não está bem o Allan”, explica, introduzindo a segunda opção.
Raphael Rabello segue sua linha de raciocínio citando a péssima fase vivida por Allan no Flamengo. Além disso, teme que a rejeição da torcida, como vaias durante a partida, possam dificultar mais ainda a realização de uma partida positiva do atleta.
“A dupla Evertton Araújo e Allan até seria mais seguro, mas o Allan está numa fase técnica muito ruim. Difícil colocar em uma final, jogo que a pressão é grande. Ainda mais no Maracanã. Terceiro erro dele, a torcida vai começar a vaiar”, alerta.
Douglas Fortunato avisa que a saída de bola do Flamengo poderia melhorar com Allan no meio para manter Ortiz na zaga. No entanto, cita o mesmo questionamento de Raphael, alertando sobre a fase vivida pelo jogador.
“Evertton Araújo com Allan, que seria um jogador mais da posição. Tem mais mobilidade para gerar coberturas. O Allan vinha fazendo bons jogos, mas contra o Fluminense fez um segundo tempo muito ruim. Não está tão bem assim e entra esse questionamento”, diz Douglas.
Para Raphael, a escolha certa é Alcaraz ao lado de Evertton Araújo. O analista não mostra dúvidas e é a favor da ideia de uma equipe mais ofensiva contra o Atlético-MG, principalmente jogando no Maracanã.
“A melhor opção claramente é Evertton Araújo com Alcaraz. Para mim, não há nenhuma dúvida de que a melhor dupla é Evertton Araújo e Alcaraz. Muita gente fala que o Alcaraz não pode jogar como segundo homem, eu acho que ele pode, sim. Flamengo jogando em casa faz sentido ir com uma escalação mais ofensiva para machucar o Atlético-MG”, opina.
Raphael também cita fragilidades do Atlético-MG para corroborar com sua escolha pessoal.
“Ainda tem outro detalhe: o Atlético-MG é um time que oferece um pouco profundidade, oferece as costas da defesa para o adversário. Já tomou vários gols assim. O Alcaraz é um cara que tem esse passe que encontra o companheiro fazendo facão, rompendo as costas da última linha. Tem até o encaixe tático para o Alcaraz estar em campo. Faz todo sentido tê-lo, é a melhor opção disparada”, finaliza.
Douglas Fortunato não expressou sua preferência, e chegou a avisar que a opção de contar com Alcaraz ao lado de Evertton Araújo é mais arriscada, ao contrário de Raphael, que enxergou como uma possibilidade mais ofensiva.
“Tem a questão do uso do Evertton Araújo com o Alcaraz. O Alcaraz já foi utilizado como esse segundo volante, um cara de mais chegada na área. É uma opção mais arriscada no sentido do balanço defensivo. Ele tem um balanço pior com relação ao Léo Ortiz, ao próprio Allan”, comenta.
O Coringa pode ser colocado em diferentes funções do campo, e Douglas cita essa possibilidade. No entanto, lembra que a chance é remota. Para que isso acontecesse, seria preciso mexer no ataque, colocando Matheus Gonçalves ou Gonzalo Plata na ponta, mexendo numa estrutura maior do time.
“Outra opção, mais improvável, seria utilizar o Gerson ao lado do Evertton Araújo. Isso faria com que se utilizasse Plata ou Matheus Gonçalves abertos. O Gerson já atuou centralizado com o Filipe Luís. Ontem ele jogou assim para a utilização do Matheus Gonçalves. É uma possibilidade também”, explica.
Por fim, Douglas diz que a decisão de Filipe Luís passa pela forma como ele imagina o time em campo e a proposta adotada diante dos mineiros.
“A avaliação da melhor dupla tem muito a ver com quanto o Filipe Luís planeja ter a bola para gerar volume ofensivo e a necessidade de coberturas no meio-campo. O Atlético-MG ataca muito pelos lados, não utiliza tanto o meio. A avaliação vai de como o Filipe vai enxergar isso”, conclui.
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