Everton busca na raça uma virada maluca contra o Crystal Palace e está salvo do rebaixamento | OneFootball

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·19 de maio de 2022

Everton busca na raça uma virada maluca contra o Crystal Palace e está salvo do rebaixamento

Imagem do artigo:Everton busca na raça uma virada maluca contra o Crystal Palace e está salvo do rebaixamento

O Everton vive um grande drama nesta reta final de Premier League com o risco de rebaixamento rondando o Goodison Park. Nesta quinta-feira, todos os torcedores do time viveram uma montanha russa de emoções, mas que, felizmente para os Toffees, acabou em sorriso. Mesmo depois de sair perdendo por 2 a 0 no primeiro tempo, o Everton arrancou a virada por 3 a 2 no seu estádio e garantiu a permanência na primeira divisão.

O clima antes do jogo era de paixão e festa dos torcedores, apesar da situação tensa. Os torcedores do Everton em volta do estádio Goodison Park fizeram uma grande demonstração de amor pelo clube, com muita fumaça azul, cânticos e gritos de guerra. A torcida queria ajudar o time a conquistar o resultado. Mal sabia ela do teste para cardíaco que viveria.


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O clima de festa antes do jogo do Everton em Goodison Park (Gareth Copley/Getty Images)

Foi um jogo maluco. O Everton mais uma vez ficou devendo futebol, mas a essa altura, com o risco que o time corria em campo, o que menos importava era a qualidade da bola, mas sim o que o time seria capaz de conseguir em termos de resultado. Em meio a uma loucura e mais uma derrota que se desenhava, o Everton conseguiu buscar no seu âmago uma virada que fez a sua torcida vibrar como título e celebrar como se o time estivesse no alto da tabela. Diante de tudo que foi a temporada, é compreensível.

O time poderia ter escapado do rebaixamento na rodada passada, no fim de semana, se tivesse vencido em casa o Brentofrd. A derrota em casa, de virada, foi dramática e deixou os torcedores do Everton absolutamente aterrorizados. Será que o time cairia para a segunda divisão? Em mais um jogo em casa, o time começou sem conseguir fazer muita coisa e sentia o nervosismo em cada passe. Os momentos de silêncio no estádio eram breves, mas demonstravam como os torcedores sentiam o frio na espinha a cada ataque do Crystal Palace.

O drama do Everton aumentou aos 21 minutos. Eberech Eze cobrou falta do lado esquerdo em direção à área e Jean-Philippe Mateta estava livre dentro da área para tocar de cabeça e marcar 1 a 0, dando um golpe nos torcedores presentes no Goodison Park.

A torcida do Everton reclamou muito da arbitragem, porque Jordan Ayew escapou de ser expulso depois de duas entradas duras em que recebeu apenas o cartão amarelo na segunda delas. O drama é tanto que ele teria um papel importante no momento seguinte do jogo – e de um modo cruel com o Everton.

As coisas ainda piorariam mais. Aos 35 minutos, o desespero aumentou entre os Toffees. Um contra-ataque mortal pelo lado esquerdo de Jean-Philippe Mateta, que passou como quis por Seamus Coleman e disparou pela ponta. Ele cruzou para a área, o goleiro Jordan Pickford espalmou para frente, Wilfried Zaha finalizou de primeira e a bola sobrou para Jordan Ayew colocar na rede, no meio da área, empurrando a bola quando dava.

Ao final do primeiro tempo, a torcida do Everton vaiou o próprio time, o que é raro vermos. O árbitro também foi vaiado, especialmente por não ter expulsado Ayew. No intervalo, o técnico Frank Lampard sacou o volante André Gomes e colocou o meia Dele Alli, na tentativa de dar um pouco mais de criatividade à equipe.

Os torcedores do Everton respiraram com um pouco de esperança aos 13 minutos. Cobrança de falta para dentro da área, Mason Holgate ajeitou de cabeça e Michael Keane finalizou bonito, de pé esquerdo, e acertou o canto do goleiro Jack Butland. O placar foi reduzido para 2 a 1. As arquibancadas se acenderam no Goodison Park.

Como era de se esperar, o Everton ficou mais empolgado com o gol. Faltava muita coisa para o time jogar bem, mas ao menos havia uma atmosfera diferente do que se viu no primeiro tempo, com o time despencando emocionalmente.

O Everton tentava, mas se não faltava vontade, faltava um pouco mais de qualidade. Richarlison, que pouco conseguiu fazer no jogo, apareceu pela ponta direita, puxou para o meio e, de pé esquerdo, cruzou na segunda trave na direção de Dominic Calvert-Lewin, mas ele não conseguiu tocar para o gol e a zaga tirou.

Foi assim mesmo que o empate saiu. Aos 30 minutos, Demarai Grey avançou em grande jogada pela direita, abriu para Seamus Coleman, que cruzou na segunda trave. Dele Alli dominou na esquerda, chutou para o meio, a zaga cortou parcialmente e a bola sobrou para Richarlison, que girou e bateu como conseguiu: 2 a 2, na marra, na vontade. Richarlison aumenta o seu papel nesta reta final da Premier League: nos últimos 10 jogos, seis gols e duas assistências.

Na comemoração, Richarlison explodiu em alegria, vibração e fez o estádio vir com ele. Faltavam cerca de 15 minutos e tudo que o Everton precisava era um gol para se livrar do rebaixamento. Os cantos da torcida aumentaram e o time tentava aproveitar isso. Sinalizadores foram acessos e um deles caiu no gramado, o que fez um membro da arbitragem ter que retirá-lo.

Foi assim, na pressão, que o Everton arrancou a virada. Aos 39 minutos, Demarai Grey cobrou falta da intermediária, levantando na área, e Calvert-Lewin mergulhou para tocar de cabeça e marcar o gol da virada: 3 a 2 para os Toffees, para completa loucura para jogadores, torcedores e o estádio todo. A torcida ficou tão empolgada que invadiu o gramado para celebrar o gol, o que foi evidentemente precipitado considerando que ainda havia alguns minutos de jogo. Mas a festas era imensa.

Os torcedores voluntariamente retornaram às arquibancadas e o jogo recomeçou. Foram minutos de um pouco de tensão, mas de muito mais comemoração. Após o apito final, aos 52 minutos, aí sim veio uma sensação tão esperada pelos torcedores: o êxtase. A invasão de campo se concretizou, desta vez permitida. O campo tomado de torcedores e o estádio com a fumaça e os sinalizadores azuis. O drama no Goodison Park termina em festa. O Everton continua na primeira divisão por ao menos mais um ano.

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