Everson revela ‘fechamento’ do grupo após eliminação na Libertadores, fala da adaptação ao estilo de Felipão e lamenta primeiro turno ruim do Atlético | OneFootball

Por Hugo Fralodeo

As chances são remotas, mas o Galo chega à última rodada do Campeonato Brasileiro sonhando com o título. Há poucos meses, isso seria algo impensável.

Depois de amargar um período de sete jogos sem vencer na competição, o time comandado por Felipão jogou a desconfiança e a má fase para o lado, em uma arrancada que o colocou na briga pelas posições mais nobres da tabela de classificação, garantindo, inclusive, a melhor campanha do returno. O desempenho da segunda metade do nacional pode não ser suficiente para assegurar a taça, mas coloca de volta a esperança no horizonte Alvinegro.

Em participação no programa Boleiragem, do SporTV, o paredão Everson ‘passou a limpo’ o ano do Galo, revelou os motivos para a arrancada impressionante do time e comentou sobre a adaptação do elenco ao estilo de jogo de Felipão. O goleiro conta que, após a eliminação nas oitavas de final da Libertadores, o grupo se fechou para ir em busca do objetivo traçado, voltar a disputar a principal competição sul-americana de clubes em 2024:

“Quando fomos eliminados na Libertadores para o Palmeiras, nos fechamos para fazer um trabalho de recuperação no Brasileirão. Vencemos os confrontos diretos, principalmente no segundo turno, quando vencemos quem brigava com a gente lá em cima. Hoje, chegamos à última rodada com chance remota de título, com o trabalho para se manter dentro do G4, que sabemos como importante é para o calendário e fazer um planejamento bom para a Libertadores“.

Nos nove primeiros jogos sob o comando de Scolari, cinco derrotas e dois empates no Brasileirão, além de dois empates na Libertadores, somando a um empate ainda sob o comando de Eduardo Coudet, jejum de dez jogos. Para o líder da melhor defesa do campeonato, os pontos que ficaram pelo caminho durante a adaptação mútua entre treinador e elenco impedem o Atlético de ter maiores chances de roubar a taça do Palmeiras:

“O Felipão sempre nos falou, que teve que se adaptar ao elenco, e nós tivemos que nos adaptar a ele. Temos uma equipe com muita qualidade, que gosta de trabalhar a posse de bola, e o Felipão, historicamente, é muito vertical. Em finalizar rapidamente ao gol adversário. Então tivemos que unir essas duas valências, com a qualidade que temos com a bola e essa característica do treinador, de saber se defender bem e contra-atacar. Tivemos um pouco de problemas para se encaixar, mas depois de alguns jogos conseguimos nos adaptar e fizemos esse segundo turno de qualidade. Somos a melhor equipe no returno, não perdemos esse título. Infelizmente, faltaram alguns pontos no primeiro turno, por conta de alguns resultados negativos e até mesmo dessa adaptação ao trabalho do Felipão”.

A partida derradeira para o Atlético de Everson e Felipão é nesta quarta-feira (6), às 21h30, diante do desesperado Bahia, na Fonte Nova. Para retomar o status de campeão Brasileiro, o Galo precisa, além de vencer bem o Bahia, que luta contra o rebaixamento, torcer por uma derrota do Palmeiras diante do Cruzeiro, no Mineirão, além de tirar uma diferença de oito gols no saldo para os paulistas.

Uma vitória simples, no entanto, garante a segunda posição, junto com uma maior premiação em dinheiro, além de uma vaga direto na fase de grupos da próxima edição da Libertadores.

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