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Vitória que muda o Inter de patamar. Eu sei que já vinha jogando bem, mas gastar a bola desse jeito, em pleno Morumbi, é uma demonstração de força gigantesca. Porque não foi só a vitória, é a vitória com o desempenho. O Inter joga bem, o Inter performa.
Por mais incrível que pareça, o maior elogio que podemos fazer ao time do Roger é que os caras são “pegador”. Eles mordem, marcam em cima, roubam bolas e tem imposição física sob os rivais. Quem diria, né? De todas as coisas que projetei falar, isso era a última.
E é justamente esse jogo de se impor contra o adversário que tá dando a chance de aparecer a qualidade técnica do time. Por favor, nem passe pela tua cabeça achar que tô desmerecendo o Roger. Jamais. É que esse é o fato mais inusitado de tudo.
O Inter não começou bem a partida. Tomou um gol por pura desatenção. Deixaram o Luciano girar na área e tudo mais. Ali, penso que até desfocaram por não entender que o Borré estava impedido no lance anterior. Tudo isso desconcentrou.
Pra piorar, o Mercado teve a lesão no joelho. Lesão grave. Todo mundo indo apoiá-lo. Mostra até a liderança que sempre falamos que o Mercado tem. Parecia um combo de notícias ruins que resultaria numa derrota.
Só que aqui vem outro mérito do Roger. A marcação não estava encaixando. Na metade do primeiro tempo, uma mudança “simples” resolveu tudo.
Sim, Roger trocou Wesley e Gustavo Prado de lado e funcionou. Confesso que fiquei tentando descobrir se teve mais mudanças porque foi encaixar o jeito de jogar que o Inter passou a controlar a partida.
Destaque aqui é para o Thiago Maia. Juro pra vocês que, bem antes do gol dele, já tinha pensado (e anotado) que ele era o grande segredo desse meio-campo. A vitalidade dele tá fazendo toda a diferença.
E é o Thiago Maia quem dá um toquinho na bola e ajeita pro Bruno Gomes finalizar pro gol. Golaço, hein? De canhota. Prêmio pelas exibições do Bruno na lateral.
Vem o segundo tempo e o Inter segue sendo protagonista. A vitória foi um caminho natural. Primeiro com uma patada na canhota do Thiago Maia. Jogada com Wesley e Alan Patrick.
Depois, o próprio Alan Patrick fez o seu gol. E sabe como? Em uma bola roubada pelo Fernando no campo de ataque.
É por isso que eu digo que essa “pegada” do time do Roger chama ainda mais atenção. Não é só futebol. Tem uma maneira de jogar que (pelo menos pra mim) surpreendeu.
O Inter já é o 8º colocado, com dois jogos a menos, podendo encostar no G4 se vencer. E, como o desempenho tá apontando pra cima, é possível sonhar com desempenho pra vaga direta na Libertadores.
Olha, o que o Roger tá fazendo é surpreende pela questão física e anímica, mas esperada pelo ponto de bom futebol, que sempre foi seu destaque. Isso dá a chance de acreditar. E essa vitória no Morumbi é aquela que muda o Inter de patamar.