Escutas revelam ameaças em escândalo de apostas no Brasileirão Série B | OneFootball

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·19 de março de 2023

Escutas revelam ameaças em escândalo de apostas no Brasileirão Série B

Imagem do artigo:Escutas revelam ameaças em escândalo de apostas no Brasileirão Série B

As investigações envolvendo manipulação de resultados e lances por apostas no Brasileirão Série B de 2022 seguem ocorrendo. Neste domingo (19), o programa “Esporte Espetacular” revelou que os atletas envolvidos no caso estavam recebendo ameaças por parte de um aliciador e, desta forma, se mostravam desesperados para evitar a perda de dinheiro do mandante.

De acordo com o revelado no programa, que afirma ter tido acesso as gravações obtidas pela investigação do Ministério Público de Goiás, o suposto aliciador, Bruno Lopez Moura, fez duras ameaças ao atleta Romário, do Vila Nova. Nela, ele afirma ser parte de uma organização criminosa que iria atrás do jogador caso não fosse cometido um pênalti na última rodada do Brasileirão Série B, que resultaria em altos lucros em casa de apostas.


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– Ninguém é de apavorar ninguém. Só que o cara é do Primeiro Comando, o cara é o certo pelo certo. A partir do momento que ele perder 50 centavos, ele já vai atrás com dois pés na porta. Agora, imagina R$ 500 mil – este foi o áudio que recebeu um dos atletas envolvido no esquema de apostas.

O que nem Romário, nem os aliciadores não contavam, era com a ausência do jogador entre os relacionados para o jogo em que as apostas seriam depositadas. Desta forma, o jogador ainda foi pressionado a tentar convencer outro atleta a assumir sua função, de cometer um pênalti no primeiro tempo da última rodada do Brasileirão Série B.

– Então, é muito mais fácil, irmão, você pegar e arrumar um jogador para fazer a parada amanhã. Amanhã é a última rodada, ninguém tem nada a perder, certo? Arruma um cara para fazer. Até mesmo você se fortalece. “Cê” ganha uma comissão – pressionou o aliciador Bruno Moura para não perder dinheiro na casa de apostas.

Desesperado, Romário falou com companheiros e chegou a oferecer um valor de até R$ 200 mil para que as apostas fossem cumpridas. No entanto, nenhum companheiro cometeu pênalti e o grupo ficou no prejuízo. Assustado com o problema, o atleta procurou o presidente do Vila Nova, que entrou na justiça e deu início as investigações contra 8 jogadores no total.

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Além do caso envolvendo Romário, outro defensor envolvido nos esquemas de apostas teve escutas reveladas. Diferente do jogador do Vila Nova, Joseph, do Tombense, entrou em campo e cometeu pênalti na última rodada do Brasileirão Série B. Desta forma, viu o aliciador Bruno Souza celebrar: “Vamos Joseph! Cachorro do Mangue!” comemorou em grupo. Apesar disso, o atleta nunca recebeu o valor prometido.

Em resposta a reportagem do “Esporte Espetacular”, os advogados do suposto aliciador, no caso de apostas indevidas, negou qualquer participação de Bruno Souza. O profissional ainda reafirmou que nunca foram feitas ameaças à Romário.

O Bruno absolutamente nega a existência de uma organização. Não existe de fato núcleos autônomos, que seriam responsáveis por determinadas funções, como é mencionado pelo Ministério público. O Bruno não aponta em momento nenhum, pelo contrário, nega a existência de sócios, pessoas efetivamente ligadas a ele para qualquer atitude ilícita, como também ele. Ele afirma veementemente a inexistência de uma chefia por sua parte“.

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