Mercado do Futebol
·12 de maio de 2020
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Rafael Silva Guanaes nasceu no dia 27 de março de 1981 na cidade de São Paulo. Fostes revelado como treinador na Joseense-SP e tens passagens por Monte Azul e Votuporanguense. Atualmente está na base do Athletico Paranaense. Conhecido e reconhecido pelas boas práticas e aplicação junto aos atletas
Um hobby: Assistir filmes e ler livros.
Filme favorito: Gladiador.
Jogo mais marcante da carreira: Athletico Paranaense x Coritiba, com o estádio lotado.
Uma qualidade sua: Conseguir motivar e implantar meu trabalho junto aos meus atletas.
Um defeito seu: Perfeccionismo.
Um orgulho: Deixar um legado em cada local, onde passei.
Um lugar que deseja conhecer: Barcelona.
1- Seu início de carreira foi no Joseense e União São João de Araras. Você passou cerca de cinco temporadas no clube de São José dos Campos. Trabalhou no início de carreira do volante Gregore, que atualmente está em grande fase do Bahia e tens chamado atenção de grandes clubes brasileiros, ao estar em seu elenco já via nele um grande talento? Como é a rivalidade com o São José? O time atualmente está na segunda divisão paulista, para você como será o cenário desta competição pós-pandemia? Esteve nos últimos anos do time de Araras que até pouco tempo disputava uma Série B do Brasileiro, o que ocorreu para que a equipe chegasse ao seu fim?
R: Sobre o Joseense, deixei uma boa história e amigos na cidade, atualmente não tenho contato com alguém da diretoria, por isso não posso opinar perante o assunto da competição. Trabalhei com o Gregore, através de uma indicação de um dos atletas da equipe e desde então vi a qualidade dele em termos de marcação e força. Certamente terá um grande futuro.
R: No União São João de Araras, foi um clube onde passei pouco tempo, somente um mês e além disso numa época muito turbulenta. É um time que teve muita tradição, chegando até ao cenário principal no país, mas tem seu fim por causa de problemas extra-campo.
2- Passou por São Carlos, Monte Azul e Votuporanguense. No primeiro e no terceiro da lista, tens um bom aproveitamento na equipe. Por quais motivos você teve tamanho êxito nesses trabalhos? O Monte Azul é um formato mais próximo a compra e venda de atletas, a Votuporanguense nos últimos anos vem crescendo e tentando o acesso, como analisas essas diferença no modo de trabalhar de cada time? Fostes campeão da segunda divisão paulista e da Copa Paulista, como avalias essas conquistas?
R: Apesar das diferenças no modo de trabalho de cada time, posso dizer que encontrei uma semelhança em ambos. Por causa que as equipes estavam passando por um momento de reformulação, o São Carlos buscou um acesso, depois de ser rebaixado, já a Votuporanguense almejava uma mudança de mentalidade em termos de trabalho.
R: O Monte Azul também consegui fazer um bom trabalho, em termos de média nessas equipes tive um aproveitamento maior que 60%, sendo assim consegui a oportunidade no clube paranaense. Os títulos da segunda divisão no estado em 2015 e da Copa Paulista foram importante no meu crescimento como profissional.
R: Com o time de Votuporanga, tive um dos jogos mais marcantes da minha carreira ao vencer a Ferroviária na final da Copa Paulista. O clube de Araraquara tinha um investimento maior que o nosso, porém conseguimos fora de casa, nos superar nas penalidades e assim garantir uma vaga na Copa do Brasil em 2019.
3- Atualmente estais no Athletico Paranaense, como foi chegar logo e assumir o time interinamente, tendo logo sucesso após Tiago Nunes. Como está sendo essa transição entre sub-23, sub-19 e sub-20? O seu pensamento é de retornar ao profissional do clube no futuro? Como avalias o trabalho atual de Dorival Júnior e a mudança de elenco? Como foi ser campeão paranaense no ano passado? O que você considera mais difícil: comandar a equipe de transição do Athletico ou o Furacão na Copa São Paulo? Quais as peculiaridades da Copinha?
R: Cheguei faz um ano e logo assumi o time de aspirantes do Athletico Paranaense no estadual 2019, onde vencemos o Coritiba na final. Depois disso, estava na disputa de dois campeonatos ao mesmo tempo (sub-20 e sub-23), quando o Tiago Nunes saiu e tive a incumbência de substitui-lo no final do ano.
R: Após cumprir minha situação, retornei a base e estou tentando auxiliar o trabalho de Dorival Júnior que passa por uma reformulação de elenco. A equipe vem trabalhando com os jovens e sendo uma das equipes com menor experiência dentre os campeonatos (torneio sub-23 com o elenco sub-20), assim oferecendo a eles uma oportunidade de evolução.
4- Dizem que o Athletico é um dos poucos times brasileiros com ideias de jogo formadas em todos os níveis. A que você acha que deve essa característica? Se considera preparado para uma possível hipótese de levar esse conhecimento para um novo clube? Quais suas referências técnicas e táticas no futebol atual? Como treinador de categoria de base, você está bem por dentro do cenário nacional. Quais nomes que você apostaria para vingar na carreira e até chegar na seleção?
R: Acredito que estamos muito bem servidos de treinadores na categoria de base, desde André Jardine, entre outros técnicos da seleção brasileira, o treinador campeão da Copinha desse ano pelo Internacional, os treinadores que conquistaram títulos pelo Palmeiras e também os colegas de Athletico Paranaense.
R: Sobre referência entre os treinadores, gosto do estilo de trabalhar do Guardiola, pois ele consegue implementar em diferentes países e culturas, o seu estilo de jogo (Barcelona, Bayern de Munique e Manchester City). Apesar de saber que meu futuro pode ser em outro lugar, mas no momento não penso em outra situação, além do meu trabalho no Athletico Paranaense.
5- Uma mensagem para os colunistas e leitores do site mercadodofutebol.net.br?
R: A mensagem que eu almejo passar no momento é de esperança, apesar da situação atual que tudo vai melhorar. Desejo que você consiga em sua jornada deixar um legado por onde passar, sempre praticando boas obras para todos. Sucesso, no lugar que estiver no futuro.