Mercado do Futebol
·09 de abril de 2020
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Bruno Tiago da Costa Araújo nasceu em 28 de março de 1989 na cidade de São Luís-MA. Fostes revelado pelo Americano-MA e tens passagens por Botafogo, Joinville e Cafetaleros de Chiapas (México). Atualmente está no Club Celaya. Conhecido e reconhecido pela disposição em campo e pela movimentação tática nos jogos
1- Passastes quatro temporadas no Cafetaleros, como analisas a sua passagem, além da torcida e estrutura? Por qual motivo o time trocou de nome (Tapachula, cidade para Chiapas, estado)? Como foi conquistar dois títulos com a equipe?
R: Primeiro, obrigado pela oportunidade de estar falando com vocês. Foram quatro anos, onde conseguimos o objetivo de sermos campeões, contudo por causa da federação que buscava um requerimento, não subimos de divisão. O Cafetaleros tinha uma das torcidas mais comprometidas com o clube, nossa média era de 23 mil pessoas por jogo, projeto novo de 2015, onde a cidade não tinha time de futebol e mudou 100% em várias situações. Gerou mais emprego e economia para cidade de Tapachula, então foi algo muito bom com ajuda do presidente e governador, foram quatro temporadas em que sou grato de ter feito parte de uma história muito linda e positiva
R: Essa mudança aconteceu, de Tapachula para Chiapas, pois os Jaguares da primeira divisão se dissolveram em 2017 e tinha todos os requerimentos pedidos pela Federação Mexicana. Nós já estávamos acostumado com a cidade, a decisão foi ruim para o presidente, vice-presidente e diretores, pois tiveram que explicar a situação. Acabou que se perdeu o brilho, pois na sexta ou sábado às 7 h da noite víamos o estádio cheio, automaticamente numa cidade maior como Chiapas é totalmente diferente, pois não move tanto o futebol quanto no interior. Outro tipo de cultura, a prioridade geralmente é o shopping ou uma viagem. Foi ruim, mas a decisão foi da Federação, então não poderíamos fazer nada.
2- Como foi disputar o confronto contra o seu antigo clube? Acreditas que a sua consolidação de carreira foi no México? Terias alguma vontade de retornar ao Brasil? Como é dividir a responsabilidade no meio-campo com Elsinho (o outro brasileiro)?
R: Primeiro fico feliz, pois é um amigo de concentração. A gente se conhece, quando tive conhecimento da proposta do Celaya, também sabia que ele iria para lá e assim facilitou a negociação. Fui pelo elenco, a estrutura e chegando fiquei muito surpreso, com um grupo muito consciente do que estamos fazendo. Treinávamos forte, não víamos ninguém reclamando dos treinamentos, temos uma rapaziada muito bom.
R: Lógico que o pensamento é fazer uma boa temporada nos clubes onde passei, vontade e desejo sempre demonstrei. Durante o contrato com o Cafataleros surgiu propostas e sondagens, mas o clube não quis me liberar. Até pelo histórico, por ser um dos ídolos, porém apareceu o empréstimo pelo Celaya e tomamos uma decisão mais cabível para ambos os lados. Sobre voltar ao Brasil, sempre deixei claro com contrato fica mais difícil, contudo tenho um mês de vínculo e já adiantamos algumas conversas, talvez somente termine a temporada e fico livre no mercado.
3- Atualmente no Club Celaya, por quais motivos a equipe ainda não engrenar no campeonato? Como avalias a sua adaptação e evolução dentre o novo elenco? Quais são as suas expectativas? É possível conseguir subir de divisão?
R: A minha chegada no Celaya foi positiva, o elenco é recheado de bons jogadores. Lógico que no início foi ruim, pois montamos o time durante o campeonato. Foram atletas emprestados, ninguém conhecia os outros. Então armamos um bom plantel ao decorrer dos jogos, acredito que sejamos um dos mais privilegiados, mas sabemos que às vezes o nome não corresponde, são 11 contra 11. A maneira que o adversário te respeite, é ser agressivo e alguns times ganharam da gente por agredir mais, pela posse de bola, e pelas dificuldades oferecidas. Agora crescemos com três vitórias e estamos na briga. Vamos ver como vai ser reorganizado, todavia é um time favorito para ser campeão, logo essa parada foi ruim para todos, porém para nós foi pior, pois estávamos conhecendo onde cada estava posicionado. Além de termos um treinador que gosta de posse de bola e movimentação constante.
R: A questão do meu primeiro gol estava conversando com meu treinador, foi indicação dele e estava na hora de mudar meu foco. Estava há quatro anos no Cafetaleros, eu era um dos ídolos do clube e estava precisando de um novo desafio, após chegar aqui ele conversou comigo para chegar mais na área e finalizar. Ele afirmou gosto de você como primeiro volante, mas queria trabalhar como segundo volante, pois já joguei na posição. Nos últimos jogos chegando mais na área, acabei concedendo o passe para gol, me sinto a vontade no meio, seja onde for, então estou apto sempre para ajudar.
4- Teve certa experiência também como volante, preferes atuar mais perto do ataque ou na defesa? Você tem algum anseio de fazer seu primeiro gol pela equipe? Como está a preparação dos atletas estrangeiros e mexicanos em meio a pandemia do coronavírus?
R: Devido a epidemia estamos mantendo uma rotina de treinos em casa, o preparador físico é brasileiro e passa os trabalhos para não ficar parado. Então a melhor coisa que devemos fazer é respeitar as instruções para manter nossa saúde, além de firmar o compromisso com o clube. Buscando soluções para não afetar tanto na parte física, pois atuamos em alto nível. Essa epidemia acontece no México e no mundo todo. Então fazemos funcional e tudo que estiver na programação da preparação física.