Entenda porque a camisa do Fluminense tinha um patch do Observatório da Discriminação Racial do Futebol contra o Cuiabá | OneFootball

Icon: Saudações Tricolores.com

Saudações Tricolores.com

·08 de agosto de 2022

Entenda porque a camisa do Fluminense tinha um patch do Observatório da Discriminação Racial do Futebol contra o Cuiabá

Imagem do artigo:Entenda porque a camisa do Fluminense tinha um patch do Observatório da Discriminação Racial do Futebol contra o Cuiabá

Durante a vitória por 1 a 0 sobre o Cuiabá, no último domingo (07), no Maracanã, um patch do Observatório da Discriminação Racial no Futebol chamou a atenção na camisa do Fluminense. A iniciativa consolida assim uma parceria entre o clube e o projeto que atua no combate ao racismo dentro do esporte.

(Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC)


Vídeos OneFootball


As camisas de seis jogadores vão para leilão na plataforma Play For a Cause. Metade do valor vai para o projeto. E o restante vai para a “Basquete Cruzada“, ONG carioca que usa o esporte como uma das ferramentas de inclusão.

Segundo o Flu, o Observatório vai prestar consultoria para “adoção de políticas de diversidade dentro do clube”. Como, por exemplo, o apoio em materiais didáticos para funcionários e atletas — profissionais e da base — sobre a temática de inclusão, diversidade e práticas antirracistas.

O projeto monitora — já há alguns anos — casos de racismo no futebol brasileiro. Denunciando e acompanhando. E, desde 2014, lança um relatório anual denunciando a discriminação em parceria com a UFRGS. Além disso, promove diversos tipos de atividades para debater e conscientizar sobre o tema.

Parceria histórica

Assim definiu o presidente Mário Bittencourt. O mandatário ressaltou o trabalho tricolor pelo no combate contra qualquer tipo de preconceito. “A luta contra o racismo no futebol deve ser intensificada para acabar de vez com cenas que, infelizmente, continuamos a assistir em nossos estádios”, completou.

O presidente do Observatório, Marcelo Guimarães, também comemorou. De acordo com o pesquisador, o acordo dá “um recado à sociedade brasileira da importância dos clubes de futebol se manifestarem e usarem sua força não só para combater o racismo como também para dialogar com a sociedade”.

“Não adianta pensarmos somente em punição. É necessário e urgente pensarmos em campanhas educativas e de conscientização dos torcedores do que é o racismo e de como ele interfere na sociedade de um modo geral, e não apenas para pessoas negras. O Fluminense estar ao lado do Observatório neste momento é de suma importância, pois o clube, como uma instituição centenária, entende o seu papel nesta luta e entende o papel que o Observatório cumpre neste processo de dialogar com a sociedade. É a união de duas importantes entidades no combate ao racismo”, afirmou Guimarães.

Observatório já presenteou Marcão com uma camisa

Esta, aliás, não foi a primeira vez que o Observatório e o Fluminense estiveram juntos em um jogo do Campeonato Brasileiro. Em 2019, por exemplo, a entidade presenteou Marcão — então técnico do Flu — e Roger Machado — à época no comando do Bahia — com uma camisa.

Imagem do artigo:Entenda porque a camisa do Fluminense tinha um patch do Observatório da Discriminação Racial do Futebol contra o Cuiabá

Roger e Marcão com a camisa do Observatório no Maracanã. A ação fez parte de uma campanha contra o racismo (Foto: Mailson Santana/Fluminense FC)

Além de ídolos tricolores, Marcão e Roger eram os dois únicos técnicos negros da Série A do Brasileirão. O ex-zagueiro já havia vestido a mesma camisa enquanto comandava o Grêmio. E o Observatório então propôs que a dupla a vestisse no encontro entre as equipes. Iniciativa prontamente aceita pelo Flu.

Iniciativas do Fluminense no combate ao preconceito no esporte

Nos últimos anos, o Flu enfim vem se empanhando na luta contra o preconceito. O clube — que tem ídolos negros como Waldo, Assis e Washington, por exemplo — lançou a série “Herdeiros de Chico Guanabara” em 2021. A produção aborda a questão racial no mundo do futebol.

Negro e capoeirista, Chico Guanabara é considerado pelo clube o primeiro torcedor da história do Flu. Mais do que isso, Chico ajudou a moldar o jeito de torcer em estádios.

Antes, o Tricolor já havia lançado a campanha “Time de Todos”. Uma forma de abraçar a diversidade da torcida tricolor, além de lutar contra a homofobia, o racismo, a misoginia, o antissemitismo e qualquer outro tipo de preconceito não só no futebol.

ST

Saiba mais sobre o veículo