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Alexandre Fernandes·04 de outubro de 2024
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Alexandre Fernandes·04 de outubro de 2024
Depois de Julio Casares, presidente do São Paulo, ironizar o retorno do Fluminense à Série A em 2000, após ter disputado a Série C no ano anterior, Mário Bittencourt, mandatário do Tricolor Carioca, deu o "troco".
Em um post em seu perfil em uma rede social, Mário lembrou o "Caso Sandro Hiroshi", do São Paulo, em 1999, que resultou na criação da Copa João Havelange no ano seguinte, que incluiu o Tricolor Carioca entre os clubes convidados.
Na ocasião, o atacante Sandro Hiroshi adulterou a sua data de nascimento e acabou punido por 180 dias pelo STJD, além de responder um processo na Justiça Comum por crime de falsidade ideológica.
Em campo, o São Paulo perdeu os três pontos da goleada por 6 x 1 sobre o Botafogo, com o Glorioso herdando os pontos, que foram suficientes para evitar o seu rebaixamento para a Série B. O Gama, que acabou caindo no lugar do clube carioca, recorreu à Justiça Comum e ganhou o direito de seguir na primeira divisão.
Com a CBF impedida de organizar o Campeonato Brasileiro do ano 2000, o Clube dos 13 organizou a Copa João Havelange, que teve a participação de Botafogo e Gama, além de Fluminense, América-MG e Bahia, que estavam se preparando para a disputa da Série B daquela temporada.
"Lamento a entrevista do Presidente do São Paulo. Demonstra desconhecimento sobre o STJD, sobre o Fluminense e o São Paulo. Em entrevista recente, fui perguntado sobre o tema e falei que, do ponto de visto jurídico, achava absurdo o pedido de tentar anular a partida por ALEGADO erro de arbitragem. Alegado porque, no lance, a falta foi a favor do Fluminense que não se beneficiou. Todos os princípios desportivos foram cumpridos sem interferência no resultado. Esses são os fatos. Já a memória do Presidente Júlio, por quem tenho o maior respeito, vou refrescar um pouco. Em 96, um escândalo de arbitragem envolvendo outros clubes gerou o não rebaixamento de Fluminense e Bragantino. Por isso jogamos a série A em 97.
Em 99, novo problema envolveu justamente o clube do Presidente. Quem não se lembra do São Paulo ter escalado jogador com identidade adulterada (Sandro Hiroshi) para ganhar do Botafogo e depois ver os pontos revertidos ao clube do Rio? A ação na Justiça comum foi do Gama para que o Botafogo fosse rebaixado, o que gerou a Copa João Havelange. Como os pontos foram dados ao Botafogo, o clube de Brasília foi à justiça e impediu a realização do campeonato do ano 2000.
Viu, Presidente? Por uma irregularidade do São Paulo, não houve rebaixamento em 99 e o beneficiado direto não foi o Fluminense. Por fim, em 2013, dois clubes escalaram jogadores irregulares na última rodada e foram denunciados pelo STJD. O Fluminense foi terceiro interessado e exigiu apenas o cumprimento da regra, que previa a retirada de pontos dos clubes infratores. Em nenhum dos casos o Fluminense infringiu a regra. Exatamente como agora onde venceu por 2 x 0, sem nenhum erro que o beneficiasse.
Imagine, Presidente Júlio, se a "moda pega" e a cada rodada os clubes adotem medidas como a sua? Terminaremos o campeonato quando? Assim que vamos falar em Liga? Ao longo de 2023 o Fluminense foi prejudicado diversas vezes, mas não buscou anular partidas no STJD. Presidente Júlio, vamos usar menos a mídia e as redes sociais e trabalhar pelo futebol brasileiro. Você é muito importante para o futuro da Liga!".
O São Paulo está buscando a anulação do jogo com o Fluminense, válido pela 25ª rodada do Brasileirão 2024, que terminou com vitória carioca por 2 x 1.
A briga está no STJD, que teve julgamento adiado, no último dia 26 de setembro, porque uma das auditoras pediu vistas do processo.
O árbitro Paulo Cesar Zanovelli, que apitou Fluminense 2 x 1 São Paulo, foi suspenso por 15 dias, na última quinta-feira (3), após julgamento da 5ª Comissão Disciplinar do STJD.
No jogo, no Maracanã, Zanovelli viu falta de Calleri, atacante do São Paulo, em Thiago Santos, do Fluminense, mas deu a vantagem porque Thiago Silva ficou com a bola. Porém, o "Monstro" colocou a mão na bola para recolocá-la em jogo, já que tinha entendido que a falta tinha sido marcada.
Na sequência da jogada, Kauã Elias abriu o placar para o Tricolor Carioca. Paulo Cesar Zanovelli foi chamado ao VAR e confirmou que deu a vantagem no lance. Por isso, o Tricolor do Morumbi pede a anulação da partida por entender que houve um erro de direito.
Foto de destaque: MARIE HIPPENMEYER/AFP via Getty Images
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