Jogada10
·25 de julho de 2025
Em recurso, defesa teme pela ‘integridade física’ de Leila Pereira em caso de stalker

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·25 de julho de 2025
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, acionou novamente a Justiça para tentar barrar os atos de um ‘stalker’ que a persegue de maneira obsessiva desde fevereiro de 2024. Morador de Guarulhos, o acusado, de 40 anos, tem histórico de esquizofrenia e já descumpriu nove medidas protetivas determinadas anteriormente pelo Judiciário. Os advogados da empresária solicitaram, então, a internação compulsória do indivíduo.
Documentos do processo indicam que o homem iniciou os contatos por telefone e e-mails ainda em 2024, sempre abordando-a com insistência. Vale pontuar que o acusado nunca teve qualquer vínculo pessoal com a dirigente alviverde. Após o boletim de ocorrência na 78ª Delegacia de Polícia de São Paulo, em fevereiro, a Justiça aplicou restrições cautelares — todas ignoradas.
O homem prosseguiu e ainda continua enviando mensagens à presidente, além de e-mails. Diante do cenário, a defesa da empresária afirma que trata-se de um comportamento que representa “um risco concreto à integridade física e psicológica” da vítima.
Prints de ligações no celular da presidente do Palmeiras – Foto: Reprodução/X
As investigações revelaram que o conteúdo das mensagens trocadas ao longo dos últimos meses ultrapassou limites da coerência. Isso porque o homem chegou a responsabilizar Leila pela morte de seu pai, insistindo que a empresária teria contraído empréstimos em seu nome.
Além disso, ele descreveu conflitos familiares, episódios de instabilidade mental e justificou seus atos com base em delírios persecutórios. Segundo laudos divulgados pelo ‘O Globo’, ele sofre de esquizofrenia de difícil controle, fobia social e crises recorrentes de paranoia. Tais diagnósticos agravam o quadro de risco envolvido.
A defesa alega que as nove medidas protetivas já concedidas foram sistematicamente violadas. Mesmo sem aproximação física, o réu manteve contato digital frequente. “Comportamento fixado, obsessivo e persecutório. Além de intimidatório dirigido à vítima, que aflige com violência psicológica e alto potencial de afetar sua integridade física”, destacou um trecho do novo recurso.
O perseguidor se tornou réu por crime de stalking no dia 01 de julho, após o juiz Márcio Lúcio Falavigna Sauandag acatar a denúncia do Ministério Público de São Paulo. O magistrado, porém, recusou tanto o pedido de prisão preventiva quanto o de internação provisória. Segundo o documento, a decisão se baseia no cumprimento da ordem judicial quanto à aproximação física.
Já o pedido mais recente da defesa, feito nesta semana, segue sob análise do Judiciário. Até o momento, a equipe jurídica da presidente alviverde optou por não comentar publicamente os desdobramentos do processo. Os documentos entregues à Justiça, no entanto, alertam que a postergação de medidas mais eficazes pode colocar a vida da empresária em risco.
“Postergar a adoção de medidas de maior eficácia para a defesa da segurança física e mental da vítima, nesse momento, é flertar com o risco mais do que iminente de uma ação distinta da mera ameaça”, dizia um trecho.