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·15 de maio de 2024

Em noite inspirada de Dusan Vlahovic, a Juventus bateu a Atalanta e faturou a Coppa Italia

Imagem do artigo:Em noite inspirada de Dusan Vlahovic, a Juventus bateu a Atalanta e faturou a Coppa Italia

Título da Juventus na Coppa Italia? Virou rotina. Ao longo dos últimos 10 anos, a Velha Senhora foi oito vezes finalista na competição e levantou a taça em seis delas – sequência que levou a equipe a se isolar na lista de campeãs e a disparar na ponta, com 15. Contra a Atalanta, nesta quarta, não houve discussão: os bianconeri foram melhores durante toda a decisão e, apesar da magra vitória por 1 a 0, garantiram o troféu de forma merecida.

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Na primeira de suas duas finais em uma semana, a Atalanta teve de lidar com um desfalque importante. Para tentar fazer a equipe eliminar o jejum de mais de 60 anos sem um título do mais alto escalão e coroar o seu ótimo trabalho com uma inédita taça, o técnico Gian Piero Gasperini não contaria com o suspenso Scamacca, que vem muito bem na temporada. A ausência do atacante se revelaria decisiva, já que De Ketelaere não se deu bem como falso nove.


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Do outro lado, Massimiliano Allegri surpreendeu ao optar por Nicolussi Caviglia como substituto do também suspenso Locatelli, já que Miretti estava à disposição. O técnico também preferiu começar com Cambiaso e Iling-Junior nas alas, deixando Weah e Kostic no banco.

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Melhor em campo, o bianconero Vlahovic se livrou de Hien e marcou o primeiro gol da final logo no início (AFP/Getty)

Logo aos 4 minutos, um dos escolhidos por Allegri apareceu bem. Cambiaso lançou Vlahovic recebeu em profundidade e o sérvio não hesitou: deixado em condição regular por Djimsiti, colocou na frente, ganhou de Hien no mano a mano e bateu na saída de Carnesecchi, abrindo o placar. Era apenas o início do show do centroavante da Juventus.

Logo em seguida, aos 9 minutos, após cobrança de escanteio, Gatti – meio no susto – acabou cabeceando por cima da baliza da Atalanta. Seria a última grande chance de um primeiro tempo corrido e disputado, mas sem muitas situações claras de gol. A Juventus era melhor, se defendia bem e incomodava em contragolpes. Era competitiva, como se imaginou no início da temporada que poderia sê-lo de forma constante, e não apenas em raras ocasiões.

A Atalanta voltou para o segundo tempo sem De Ketelaere, atolado em dificuldades durante a etapa inicial. Para ter uma presença ofensiva comparável à do suspenso Scamacca, Gasperini lançou o centroavante Touré a campo. Com o malinês no comando do ataque e Lookman mais móvel, a Dea até melhorou e criou mais, embora não tenha conseguido penetrar na grande área da Juventus – por vezes, oito atletas de linha dos bianconeri ocupavam este espaço.

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Jogando como falso nove, De Ketelaere não conseguiu repetir as boas atuações da temporada e foi substituído no intervalo (Getty)

Aos 51 minutos, a Atalanta teve uma boa chance quando Lookman aproveitou lançamento longo, algo raro na construção nerazzurra, e levou perigo com um chute desviado – que passou perto da trave e saiu em escanteio. Em seguida, na casa dos 54, Hien voltou a ficar em dificuldades ante a Vlahovic e empurrou o sérvio na área. O pênalti parecia evidente, mas o árbitro Fabio Maresca mandou seguir. Pouco depois, Gasperini sacou o zagueiro sueco e deu lugar a Scalvini.

A Atalanta voltou a ter uma boa chance aos 57 minutos, quando Djimsiti efetuou cruzamento na área e Koopmeiners completou com uma cabeçada perigosa. A Juventus reagiu aos 64, num contragolpe perigosíssimo: De Roon bloqueou Vlahovic duas vezes e evitou o gol, se machucando no lance e dando lugar a Rafael Toloi. Tão cedo, Gasperini já queimara todas as substituições – quando pôs Scalvini na final, também acionara Hateboer e Miranchuk.

Com Miranchuk, Lookman, Éderson e Koopmeiners tentando coordenar o jogo na entrada da área, a Atalanta tentava crescer, mas abusava dos cruzamentos – algo pouco recomendado se a sua equipe não conta com tantos jogadores altos para competir com Bremer e Gatti. Quando crescia na partida, a Dea tomou um susto: aos 72, Vlahovic contou com a falta de ritmo de Rafael Toloi, resvalou na bola alçada à área por Cambiaso e balançou as redes, mas em impedimento milimétrico. Devastador, o sérvio terminaria eleito, pouco depois, como craque da decisão.

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Com sua quinta taça, Allegri se isolou como técnico recordista de títulos da Coppa Italia (Getty)

Após a anulação do lance, cada time carimbou o poste uma vez: na casa dos 80 minutos, Lookman conseguiu raro espaço, cortou para o meio e acertou a trave da Juventus; já aos 84, Miretti entrou na área e, assim como contra a Salernitana, pela 36ª rodada da Serie A, soltou um foguete que explodiu no travessão.

A última chance do jogo saiu na casa dos 94, e foi nerazzurra. Dentro da área, Éderson pegou a sobra de um cruzamento e arrematou para a primeira defesa do goleiro Perin na partida. Allegri reclamou acintosamente, a ponto de começar a arrancar seu paletó, e foi expulso – no fim das contas, o lance foi invalidado justamente por conta da falta pedida pelo treinador.

Pouco depois do chilique, Allegri pode festejar. Afinal, chegou a seu quinto título de Coppa Italia e se isolou como treinador recordista de troféus da competição, deixando Sven-Göran Eriksson e Roberto Mancini, donos de quatro, para trás. Em contrapartida, Gasperini perdeu a quarta final que fez como técnico – foram três decisões da taça nacional pela Atalanta e uma da Supercopa Italiana, pela Inter. A Juventus, por sua vez, comemorou o 15º caneco do torneio. Antes da sequência de conquistas que citamos no início do texto, estava empatada na liderança do ranking com a Roma, com nove.

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