Gazeta Esportiva.com
·22 de abril de 2022
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“Se não tiver problemas, terá uma grande carreira”, disse o treinador do Monaco, Philippe Clement, que está convencido do talento do lateral brasileiro Vanderson, de 20 anos, que chegou em janeiro ao time do Principado.
O Monaco já tinha Vanderson na mira havia vários meses. Quando a possibilidade de contratá-lo se tornou real, Paul Mitchell, diretor esportivo do clube, fez todo o possível para conseguir que a diretoria firmasse a transferência do então jogador do Grêmio por 12 milhões de euros (cerca de R$ 70 milhões na cotação da época).
“Os times ingleses e italianos o acompanhavam e houve sondagens. Tive que atuar rapidamente. Também tínhamos que antecipar o fim de contrato de Djibril Sidibé e o perfil de Vanderson, menos defensivo que o de Rubén Aguilar, tinha como objetivo dar equilíbrio e complementar o elenco”, explicou Mitchell.
Três meses depois, a adaptação do brasileiro foi um sucesso. Vanderson, capaz de atuar como lateral-direito ou como um ponta, um pouco mais adiantado, já mostrou várias qualidades e ainda tem uma boa margem de evolução. Hoje, seu valor de mercado já é o dobro do que foi gasto na sua contratação.
“Vanderson é jovem, mas conta com mais de 50 jogos como profissional. Ele terá um futuro na Seleção e também terá um impacto na nossa equipe durante a segunda parte da temporada, com certeza”, acrescentou o dirigente.
E assim tem sido. Depois de um período preparação física, “Vandi”, como é chamado pelos companheiros de time, vem de 18 jogos seguidos pelo Monaco, 14 deles pelo Campeonato Francês.
Bom cruzador e excelente no passe, o brasileiro também tem qualidade no domínio orientado e na aceleração, características que agradam seu treinador.
“Vi rapidamente suas qualidades ofensivas. Foi preciso convencê-lo a jogar em uma posição mais à frente no meio-campo. Não foi fácil, mas de maneira regular, desde fevereiro, trabalhamos com ele sobre essa função”, contou Clement.
Outra de suas virtudes é sua rápida capacidade de aprendizado: “Quando damos uma função, ele cumpre. É muito inteligente e entende quando o corrigimos”, elogia o treinador.
Em sua apresentação no Monaco, Vanderson contou que se espelha no volante Fabinho, que antes de chegar ao Liverpool atuou pelo time do Principado e é lateral de origem.
“Fabinho é uma fonte de inspiração e um exemplo por sua evolução e seu jogo atual”, disse o jovem brasileiro.
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