Em entrevista à Betway, Paquetá lembra do Milan e compara experiência com outras ligas | OneFootball

A experiência de Lucas Paquetá no futebol italiano não durou muito tempo, e foi um verdadeiro fracasso. Contratado por cerca de 38 milhões de euros pelo Milan, o meia amargou o banco de reserva e acabou sendo vendido com apenas um gol em mais de 40 partidas. Na entrevista dada ao blog da Betway, o jogador relembrou essa passagem e comparou com as experiências no futebol francês e inglês. Além disso, ele aproveitou para citar o que mudou na carreira para se recuperar da fase ruim que viveu na cidade de Milão entre 2018 e 2020.

Convocado para a Copa do Mundo de 2022 por Tite, Paquetá era um nome quase descartado em 2018. O momento ruim no Milan tirava qualquer possibilidade na Seleção Brasileira, mesmo com o apoio do treinador. No entanto, quatro anos depois, a realidade é completamente diferente. O meia é titular com a camisa amarela, e foi uma das transferências mais caras da Inglaterra no início da temporada. Uma recuperação que somente ele consegue explicar.

“Eu vi o que precisava mudar para tentar jogar melhor. Eu mudei a minha preparação, a minha alimentação e entendi o que precisava fazer para jogar mais. Parei de atuar sem efetividade, e comecei a me preocupar em render em campo”, explica o meia de 25 anos, em entrevista exclusiva para a equipe da Betway, site de apostas na Copa do Mundo 2022. Foi essa mudança de mentalidade que mudou a vida do atleta.

Paquetá deixou o Milan em 2020, em transferência para o Lyon, onde viveu o melhor momento da carreira até aqui. Foram mais de 80 jogos e 21 gols marcados, se transformando em uma das estrelas do clube francês. Ele compara os dois estilos, reconhecendo a força que existe no futebol da Itália. Um dos motivos que fez ele sofrer durante a adaptação.

Estrela na Premier League

Em 2022, a vida de Lucas Paquetá mudou novamente, e o jogador trocou o Lyon pelo West Ham. A mudança para o futebol inglês custou mais de 40 milhões de euros, sendo um recorde para a equipe londrina. Porém, nos primeiros meses, vieram as dificuldades que ele havia encontrado no Milan. Em 12 partidas até o final do ano, o jogador não conseguiu marcar gols e deu apenas duas assistências. Além disso, sofreu com a força física dos adversários.

Na conversa divulgada pelo time do Betway Insider, site palpites e prognósticos na Copa do Mundo, o brasileiro fala sobre esse começo complicado, sem deixar de lembrar o passado. “A intensidade é algo diferente, pelo menos da liga italiana em que eu joguei e da liga francesa. O ritmo do jogo é muito intenso, e isso pesou um pouco na minha chegada, mesmo nos treinos, bem pesados. Mas acredito que estou me adaptando e a cada jogo sinto uma evolução”.

A opinião é de que a Premier League tem uma intensidade maior, apesar de o futebol italiano ser conhecido pela força defensiva. O atleta terá que superar isso para não repetir o fracasso no Milan, e mostrar que pode ser uma estrela nos gramados ingleses. Não falta capacidade para conseguir isso, mas será necessário ter muita atenção para não repetir os mesmos erros da primeira experiência no futebol europeu.

Nova posição

Lucas Paquetá começou a carreira como um atacante, jogando muitas vezes no Flamengo como um falso nove. Porém, desde que chegou na Europa, mudou completamente o estilo de jogo. Ele recuou no campo, e começou a atuar muitas vezes como um meia. Na Seleção Brasileira, o treinador Tite arrisca até mesmo colocá-lo como um segundo volante. Uma mudança necessária para quem sofreu no futebol italiano.

Enquanto o futebol brasileiro existe muita liberdade para os jogadores ofensivos, as equipes da Itália costumam dificultar quem joga na frente. Paquetá não conseguiu lidar com isso, e acabou sofrendo com desempenhos ruins. A mudança de posicionamento foi forçada por isso, e acabou rendendo bem.

A comparação do jogador entre os diferentes estilos de jogo, com a Itália e a Inglaterra, mostram que ele não esqueceu o desempenho ruim. Essa conversa com a Betway é interessante para entender como é difícil jogar pelo Milan, sobretudo com a equipe em momento ruim, como era em 2020. Um aprendizado que ajudou Paquetá na Seleção Brasileira.