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·24 de julho de 2025

Em coletiva, Pedrinho dispara: ‘Nunca prometi jogador de alto nível’

Imagem do artigo:Em coletiva, Pedrinho dispara: ‘Nunca prometi jogador de alto nível’

Ao lado de seu CEO, Carlos Amodeo, e VP Jurídico, Felipe Carregal, o presidente Pedrinho concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (24/7), na sede da SAF do Vasco, na Barra da Tijuca. Buscando amenizar a crise que ronda São Januário, o mandatário falou sobre assuntos importantes no clube, respondendo a questionamentos da imprensa.

Ele começou falando sobre as contratações do Vasco no mercado. Afinal, desde que assumiu a caneta (retirando a 777 Partners do comando), ele já vive sua terceira janela.


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“Eu vejo com erros e com acertos. Quando você pega um número frio desse jeito, R$ 60 milhões, parece que eu peguei R$ 60 milhões e investi tudo no talo. Você vai falar que eu poderia contratar um jogador X no nível da primeira prateleira. As contratações não são feitas dessa forma, elas têm que caber dentro de um fluxo de caixa que eu consiga pagar. Nos momentos ruins, obviamente os exemplos das contratações, eles vão ser dos atletas que por algum motivo ainda não performaram, mas têm contratações que performaram”, iniciou o presidente.

Ele seguiu na resposta, sendo enfático ao lembrar que jamais prometera contratações de “alto nível”.

“E não encarem como desculpa, encarem como realidade. Eu nunca prometi em nenhuma entrevista trazer jogador de alto nível. Entrando aqui, vendo o cenário que a gente vai diluir durante essa coletiva, a minha promessa sempre foi de honrar os compromissos. Dentro disso, eu trago jogadores que cabem dentro do orçamento, devido à facilidade do pagamento parcelado e um fluxo que a gente tem oxigênio pra honrar”, afirmou.

Sucateamento da base?

Já sobre a base, uma das críticas da torcida é acerca de valores baixos nas negociações. Pedrinho, tomando o meia JP, de 20 anos, como exemplo, explicou porque suas saídas não condizem com os interesses financeiros do clube.

“Pega o exemplo do JP. Você está com um jogador que teve oportunidade, por algum momento inicial teve uma boa resposta, depois caiu de rendimento, nos treinamentos também não teve uma boa resposta e foi para o mercado para dar rodagem. Eu sou oriundo da base, gosto da base, acho que é um grande ativo, mas nós mesmos, vascaínos, às vezes não temos paciência com o próprio jogador da base e aí não tem desempenho. Então, o cenário, às vezes, é que eles saem para que a gente possa dar rodagem e ter algum tipo de receita com eles. Quando eles saem, devido ao momento do Vasco, eles não estão no nível dos outros jogadores em termos financeiros para que a gente possa ter um pedido financeiro mais alto e ter uma receita adequada com o que eu acho que o Vasco merece”, avaliou.

Outras respostas de Pedrinho

Felipe e falas sobre o zagueiro Capasso

Com relação ao Felipe e ao Capasso, tenho até que me segurar porque você sabe muito bem os motivos, e não concordando com a resposta que o Felipe te deu, e falei isso para ele. Mas pra te dar um exemplo de que todas as avaliações e contratações não são definitivas por uma pessoa, mas departamento de scout, análise de desempenho e mercado. A indicação do Nuno foi do Felipe, a do Tchê Tchê foi do Felipe. A do Lucas Freitas, foi do Felipe.

Felipe como interino

Quando o Felipe assume na temporada passada, e de uma forma muito honrosa, com seu irmão morto. Ele deixa o seu irmão morto dentro de casa de madrugada para dar o treinamento e termina a temporada de uma forma indigna, ele foi muito elogiado por vocês. Muitos queriam que ele permanecesse, inclusive os atletas. Mas como eu falei, o Felipe não seria treinador na minha gestão. Uma coisa é ser interino. E depois ele entra em um momento difícil na equipe, e ele foi muito homem de assumir porque dei a oportunidade de ele não aceitar e eu colocar outro. Eu também apanharia por isso. E ele foi escrachado – e esquece que ele é meu amigo – de uma forma desrespeitosa por uma resposta que ele foi infeliz, mas você, no fundo, sabe porque ele te deu essa resposta. Você sabe o comportamento que o Capasso tinha internamente. A opção do Capasso sair ou não é uma escolha do jogador. Quando vocês pedem que precisa diluir a folha, a gente apresenta para eles algumas oportunidades, mas o jogador não é obrigado a ir

Reforma na estrutura do futebol

Ninguém falou que está tudo bem, e as contratações que vocês falam que não dá certo você só citam as que vocês querem. A gente identifica e deixa muito claro que sabe onde a gente errou e agente tenta melhorar e trabalhar para isso. Só que todos os exemplos que vocês dão de contratações ruins são de jogadores que não são utilizados e vocês não citam os que são utilizados. É muito difícil porque a avaliação passa por um crivo muito detalhado, mas daí em diante, o jogador performar ou não, é muito relativo. Eu particularmente acreditava muito, e não vou dar nome para expor, que um jogador ia desempenhar e esse jogador não está desempenhando ainda. E o que eu menos esperava está desempenhando bem. Quando o Admar fala de jogadores prontos, acho que ele não quis dizer da questão física, mas da questão da segurança se ele vai desempenhar ou não. O brasileiro já conhece o Thiago Mendes e sabe a realidade, então a adaptação que ele quis dizer, para mim, foi nesse sentido. Não foi de tempo de disponibilidade para jog

Vendas de mando

A realidade é que nós vendemos para pegar esses R$ 4 milhões para pagar salário. E todos os meses de 24 foram assim. Até que a gente entrou com a medida cautelar antecedente por 90 dias, agradeço muito ao Amodeo e a todo departamento da SAF, que conseguiram criar mecanismos, arrumaram outros patrocínios, a gente consegue passar na Copa do Brasil, eu olho para trás e falo: “Caraca, a gente fechou o ano com salário em dia sem adiantar receita de 25”. Toda receita de 24 estava adiantada. Só que se eu fico passando isso, eu sou criticado por vocês porque vocês vão falar que eu estou afastando as pessoas do Vasco. Aí eu prefiro tomar porrada porque eu vendi o jogo e isso fica se espalhando como se eu quisesse R$ 4 milhões para comprar lustre para o Vasco. E não era, era para pagar conta.

Declarações de Edmundo e pedido de impeachment

Com relação ao Edmundo, você citou que “quem cala consente”. Tem muitas frases que foram criadas e eu não concordo muito. Uma é essa. Sou um cara muito educado, muito respeitoso. O Pedrinho, na física, tem muita coisa para falar sobre o que o Edmundo está falando, mas qualquer coisa que eu fale hoje, ela se torna institucional porque ele levou um problema com ele mesmo a público. E se eu respondo trago mais uma problema para dentro do Vasco, mas eu ia responder como Pedrinho, não como presidente. Então eu não posso nem responder publicamente e isso não quer dizer que eu estou consentindo com o que ele está falando. As coisas que ele fala, fala muito mais sobre ele do que sobre mim. O momento certo do Pedrinho falar vai chegar, mas quem quiser acreditar nas coisas que ele fala, acredita. Eu não vou dar resposta para ele, estando presidente, só quando eu sair daqui. Ele trouxe um problema pessoal a público e me entristece muito.

Diferente de gestões anteriores?

Com relação à gestão, o que eu poderia dar como maior prova senão entrar numa recuperação judicial e colocar todos os meus bens (como garantia)? Eu não era obrigado a entrar numa recuperação judicial. Porque as pessoas normalizam certos comportamentos quando querem levar para um viés político, então elas normalizam quando uma coisa dessa é feita. As pessoas acham que eu cheguei em casa e falo “coloquei meus bens lá, tá?”. Não é possível que em algum momento as pessoas não entendam o que está sendo feito de reestruturação. Quando a gente vai para uma recuperação judicial com os meus bens ali, é a maior prova de respeito pelo processo que está sendo realizado. Por quê? Não sei qual receita vamos ter, não sei em qual posição vamos terminar no campeonato. Eu sei as receitas ordinárias, as extraordinárias eu não sei. Eu tenho um compromisso para cumprir. Se eu descumprir qualquer situação da RJ, todo meu patrimônio adquirido vai embora. Não é uma gestão diferente? Todos os anos se passaram aqui falaram de reestru

Gato no calabouço e IPTU atrasado

Vou te dar alguns exemplos que eu preciso registrar. Um grupo de oposição que bate que a gente aumentou o custo de água e luz do Calabouço. Você sabe por quê? Porque tinha gato. Aí vão ficar chateados que eu vou falar? Mas eu tenho que falar, pô. Aí eu vou lá, reconheço a dívida, falo que quero pagar e eu sou o errado? R$ 150 mil de água e luz, realmente aumentou. Porque eu quero pagar, isso não existe. Eu precisava fazer isso? Precisava, pô. Vocês sabiam que há 20 anos o Vasco não pagava IPTU? Eu precisava reconhecer a dívida. Precisava, pô. Porque o certo é pagar. R$ 2 milhões.

Processo e avaliação do time

O processo é duro, muito duro. Se os resultados de campo estivessem acontecendo, a gente passaria mais tranquilo. Não está acontecendo. E a torcida pode ter certeza que eu sofro tanto quanto ela. A gente fica medindo quem é mais vascaíno e não tem que medir, vascaíno é vascaíno. Eu sofro muito com as derrotas, mas eu também vejo muito trabalho. Os caras passam 2h, 3h treinando desde a chegada do Diniz. Eu vejo evolução no jogo. Fazer qualquer tipo de avaliação depois de uma derrota tem uma visão e depois de uma vitória tem outra. Por isso temos que fazer uma avaliação neutra. São pontos só para te provar que a gestão boa ou ruim não pode ser avaliada pela bola entrar ou não. A gestão é muito diferente, é muito diferente.

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