Éder Militão salva o Real Madrid de uma derrota inédita para o Elche no Santiago Bernabéu | OneFootball

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Trivela

·23 de janeiro de 2022

Éder Militão salva o Real Madrid de uma derrota inédita para o Elche no Santiago Bernabéu

Imagem do artigo:Éder Militão salva o Real Madrid de uma derrota inédita para o Elche no Santiago Bernabéu

Camisa pesa? Pesa, mas nem sempre como se imagina. O Real Madrid recebeu o Elche no Santiago Bernabéu, neste domingo (23), e mesmo jogando melhor, com amplo domínio, teve vida dura contra os visitantes, por La Liga. O empate de 2 a 2 foi arrancado nos acréscimos, depois do Elche abrir dois gols no placar.

A tarde foi de homenagens no Bernabéu. Durante a semana, o clube mandante teve uma dura perda com a morte de Paco Gento, ícone do período estelar que o Real viveu nos anos 1950 e 60. O momento de silêncio celebrado a Gento, junto a imagens de faixas com agradecimentos foi de emocionar qualquer um.


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Quando chove, não garoa

O Real amassou na primeira etapa, impondo toda a sua vantagem técnica. E fez o que lhe cabia, que era trabalhar bem a bola para colocar o Elche contra a parede. Aos 33 minutos, um pênalti marcado em Vinícius Júnior, que vinha rabiscando na área, representou a grande chance dos merengues em abrir o caminho para a vitória. E aí aconteceu o improvável: Karim Benzema bateu mal e desperdiçou. Não havia motivo para desespero, já que o Real estava melhor em campo e se movimentando bem para criar outras oportunidades.

O que Carlo Ancelotti não contava era a punição pelo desperdício de Benzema. Pouco antes do intervalo, o Real acabou punido com um gol de Lucas Boyé, na única grande chance que o Elche teve nos 45 minutos iniciais. O choque foi imenso, e a vibração na arquibancada mudou de tom para a apreensão.

Na etapa final, a proposta madridista foi semelhante: muita posse, infiltração, tabelinhas e paciência, sem afobar a criação ofensiva. Eis que surge mais um pênalti: Eden Hazard, demonstrando vontade em recuperar sua forma, entrou na área e foi derrubado. No entanto, Ricardo de Burgos Bengoetxea, que estava convicto pela marcação, reviu no VAR e cancelou o pênalti.

A falta de sorte também foi digna de nota: Casemiro quase marcou um gol contra enquanto os mandantes buscavam o empate. E aos 12, Benzema saiu machucado para dar lugar a Luka Jovic. Ancelotti também tirou Toni Kroos para colocar Rodrygo, indo para o tudo ou nada.

Retraído e trabalhado em estacionar o ônibus à frente da área, o Elche tentou brecar como podia um ataque tão poderoso quanto o do Real. E nessa loucura de jogar por outra bola fatal, encontrou seu segundo gol na partida. Boyé, que havia feito o seu nos 45 minutos iniciais, desta vez serviu Pere Milla, livre na direita para entrar na área e mirar no cantinho da meta de Thibaut Courtois. Aí a torcida do Real acusou o golpe de vez.

Postura e frieza de um campeão

Chegando aos 10 minutos finais, o Madrid ativou o modo desespero. Ancelotti mexeu no time e botou Isco na vaga de Hazard, além de sacar Lucas Vázquez para promover a entrada de Federico Valverde. Mais vertical, a equipe da casa pressionou e forçou bolas na área pelo alto. Numa delas, a bola bateu na mão de Milla, autor do segundo gol do Elche. O árbitro Bengoetxea precisou ir ao monitor do VAR, e desta vez, a decisão foi favorável ao Real: Luka Modric, incansável, foi para a bola e marcou.

O Elche, ainda em vantagem, passou a tentar segurar mais a bola quando tinha a posse, gastando tempo e irritando o Real, que veio em peso para a sua área em busca do abafa para o segundo gol. Rodrygo, de cara para a meta de Edgar Badia, chutou bem, mas viu o arremate desviado para o escanteio, raspando na trave. Um sinal de que, mesmo com um bom volume ofensivo, o Real não conseguia quebrar a parede dos visitantes.

Já nos acréscimos, depois de muita insistência, Vini deu a bola que a torcida vinha esperando: na linha de fundo, o atacante achou um passe pelo alto para Éder Militão subir no terceiro andar e testar firme para a rede, aos 46′. O que se viu depois disso foi uma torcida inflamada pelo ódio empurrando o Real para a virada, sedenta por um clímax fantástico como o rival Atlético conseguiu na noite de sábado no Wanda Metropolitano. Entretanto, não deu: o empate valeu para trazer à tona a emoção nas arquibancadas, e a reação ficou só nisso.

O Real segue liderando La Liga, com três pontos de vantagem para o Sevilla, que também tropeçou na rodada. E o melhor de tudo: com um jogo a menos do que o concorrente. Este 2 a 2 não é exatamente um desastre para as ambições madridistas, uma vez que a atuação foi boa o bastante. Faltou foi sorte, e isso qualquer equipe campeã pode enfrentar ao longo de sua campanha. Nada de novo sob o sol na Espanha.

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