Zerozero
·17 de junho de 2025
Eco de Buenos Aires

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·17 de junho de 2025
Nascido em Buenos Aires, no meio de, sensivelmente, 40 mil adeptos do Boca Juniors, Nicolás Otamendi tratou de garantir um empate precioso para o Benfica na jornada inaugural do Mundial de Clubes.
O som que ecoou não veio das bancadas da Bombonera, mas sim da cabeça de Otamendi que selou o empate, quando a derrota parecia o desfecho natural.
Exibição, ainda assim, insatisfatória das águias que, curiosamente, jogaram melhor com 10 do que com 11.
Em relação ao jogo, Bruno Lage surpreendeu. Renato Sanches, Bruma e Dahl (aposta falhada na lateral direita) foram titulares, enquanto do lado argentino, Russo não apresentou nenhuma surpresa de última hora.
Dois contrastes em campo. Embora anárquicos e nem sempre muito bem organizados - principalmente do ponto de vista defensivo - o conjunto do Boca, embalado pelo apoio das dezenas de milhares de argentinos, entrou com uma atitude irrepreensível.
Agressivos, ambiciosos, altruístas e intensos. Os homens orientados por Miguel Ángel Russo, até nem entraram da melhor forma - Renato Sanches e Bruma estiveram pertíssimo do golo -, mas aproveitaram a primeira grande oportunidade para fazer a diferença.
Lautaro Blanco «partiu tudo» no lance do golo. Fez uma maldade a Florentino (muito macio na abordagem) e cruzou com precisão para Merentiel que surgiu no sítio certo para inaugurar o marcador. Resultado injusto, mas, mais tarde, ratificado pela resposta impotente das águias.
A equipa comandada por Bruno Lage ficou (ainda mais) ansiosa, com dificuldades em conseguir instalar-se no meio campo do Boca, e os argentinos aproveitaram. De canto, após um cabeceamento de Ayrton Costa, Battaglia (lembra-se dele?) finalizou sem problemas na cara de Trubin.
Antes do intervalo, valeu um penálti.
Otamendi foi derrubado dentro de área por Palacios e Di María, com classe, acendeu a esperança encarnada.
No segundo tempo, já sem Dahl e com Aursnes a lateral direito (Belotti juntou-se a Pavlidis num 4-4-2), o Benfica - mesmo em desvantagem - não entrou com a vontade/ambição prenunciada por Luís Nascimento (adjunto de Lage), em declarações aos microfones da DAZN, antes do segundo tempo.
O adjunto prometeu «carregar para cima do Boca e virar o jogo», mas os primeiros 30 minutos não evidenciaram isso. Inclusive, entremeio, Belotti - a grande aposta de Lage ao intervalo - foi expulso antes de conseguir assustar Marchesín.
A expulsão, curiosamente, mudou o rumo do jogo. E não foi a favor do Boca. Mesmo com mais um elemento dentro de campo, os argentino continuaram com uma postura defensiva e o Benfica aproveitou.
Com os níveis de intensidade mais elevados - Boca Juniors, nesse sentido, perdeu muito gás -, as águias conseguiram aproximações perigosas e, de canto, aplicaram o mesmo veneno ao adversário. Otamendi (mais um argentino) surgiu ao primeiro poste de rompante e igualou as contas.
Com o 2-2, os homens da Argentina ficaram ainda mais impacientes com o término do jogo e Figal, com uma entrada muito dura sobre Florentino, viu vermelho direto.
Com 10x10 a toada do jogo não sofreu grandes mudanças e o empate persistiu.