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Vitor Geron·20 de março de 2019
E se houvesse um Cinturão como o do MMA no futebol brasileiro? Existe!

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Vitor Geron·20 de março de 2019
Imagine que no primeiro jogo oficial do futebol brasileiro um cinturão, como no boxe ou MMA, fosse colocado em disputa. A partir daí, sempre que uma equipe derrotasse o campeão, passaria a ser a detentora do cinturão.
Foi isso que o o historiador Michael Serra fez ao voltar a 3 de maio de 1902, quando a Associação Atlética Mackenzie College venceu o Sport Club Germânia por 2 a 1, em São Paulo. Quase 4 mil jogos depois, ele chegou à conclusão que o atual detentor do cinturão é o Vila Nova-GO.
Mas o cinturão já teve 211 donos diferentes. O Palmeiras/Palestra Itália foi o time que mais venceu (60 vezes). Na sequência aparecem Corinthians (59), Santos (56), São Paulo (50) e Flamengo (29).
Somando também as defesas do cinturão, o maior vitorioso é o Corinthians, com 325. O Palmeiras tem 323, o Santos, 248, o São Paulo, 197, e o Flamengo, 138.
Todos os dados estão organizados em um site www.cinturaobrasileiro.com
E no meio de tanta pesquisa e tantos jogos, há curiosidades que qualquer amante do futebol descobre facilmente ao fuçar as informações no site de Serra.
Uma delas, por exemplo, são as ocasiões nas quais o cinturão ficou “adormecido”. É que quando ele está com equipes menores, que ficam longos meses sem disputar competições oficiais, naturalmente não é colocado em jogo.
Em março de 2017, por exemplo, o Goiás estava com o cinturão quando foi derrotado pelo modesto Iporá, no Campeonato Goiano. No jogo seguinte, o Iporá venceu o CRAC e manteve o cinturão. Mas a equipe goiana só voltou a jogar uma partida oficial quase 10 meses mais tarde, na edição seguinte do estadual. Após mais três jogos ostentando o cinturão, o Iporá caiu para a Aparecidense.
O historiador não esconde que amigos próximos já o fizeram pensar em ideias como tornar o Cinturão algo oficial, com participação da CBF ou patrocinado por alguma empresa. O foco, no entanto, não é esse. E a repercussão ainda o surpreende:
“Conheço amigos, gente próxima, que curte esse tipo de coisa, e logo que viram a publicação eles ajudaram a espalhar, mas ainda assim a gente pensa: é nosso nicho né, nada demais. Agora quando a coisa começa a espalhar pra outra turma, até assusta. Acordei esses dias com minha esposa falando que uma amiga dela tinha mandado uma matéria de Minas Gerais sobre o Cinturão e eu meio que fiquei num misto de espanto e empolgação. Inesperado, mas bem legal”
Os próximos passos são agregar mais informações aos quase quatro mil jogos envolvidos nas disputas do cinturão. Serra pensa em juntar as fichas técnicas das partidas para cruzar informações e registrar, por exemplo, quais disputas valeram também títulos oficiais, locais que mais receberam o evento, artilheiros, fotos, etc.
Para ganhar o cinturão basta ser um time brasileiro e derrotar o atual campeão em uma partida oficial, no tempo normal, prorrogação ou pênaltis.
Com um empate, o campeão mantém o cinturão. E se o placar for modificado na Justiça, o novo resultado também se aplica ao cinturão.
Se o time campeão for extinto, o vencedor anterior recupera o cinturão. Se a licença for temporária, mas superior a um ano, o cinturão também voltará ao antigo campeão.
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