🏆 E lá fomos nós! Brasil bateu Alemanha e se tornou o 1º penta em 2002 | OneFootball

Há exatos 20 anos, o Brasil acordou cedo para viver uma final de Copa do Mundo pela terceira vez seguida.

A bola começou a rolar em Yokohama, no Japão, às 8h no horário de Brasília e cerca de duas horas depois o país já celebrava o quinto título mundial da sua história.

Assim como os outros jogos da Seleção Brasileira no mata-mata, o resultado não foi definido com facilidade.

Ronaldo brilhou novamente, o melhor jogador da Copa falhou feio, e teve até troca de camisa atraindo holofotes durante a partida.

O OneFootball relembra aqui os principais fatos da decisão contra a Alemanha.

No fim do texto, você também pode rever todos os gols brasileiros na campanha 👇

Único penta

Até o dia 30 de junho de 2002, só o Brasil havia conquistado quatro Copas do Mundo.

A Alemanha teve a chance de se igualar, mas foi a Seleção Brasileira quem se isolou como única pentacampeã mundial.

A “folga” conquistada nesse ranking de títulos se reflete até hoje.

A própria Alemanha (2014) e a Itália (2006) já conquistaram o quarto título das suas histórias.

Mas a prateleira do penta segue ocupada por apenas um país.

Melhor da Copa?

É inegável que Oliver Kahn foi fundamental para a Alemanha alcançar a decisão da Copa do Mundo.

Mas nomear ele como melhor jogador da competição antes da final acabou sendo precipitado.

O resultado do jogo em Yokohoma passou (ou melhor, escapou) pelas mãos do goleiro.

Aos 21 minutos do segundo tempo, o placar seguia zerado.

Então Rivaldo finalizou de fora da área, Kahn se agachou para fazer a defesa e acabou rebatendo a bola pra frente, logo nos pés de Ronaldo.

O Fenômeno não perdoou e abriu o caminho para o penta, fazendo Galvão Bueno soltar um: “Que Oliver Kahn que nada!”

O alemão segue como único goleiro na história a ser eleito o melhor jogador de uma Copa do Mundo, mas ele certamente trocaria esse prêmio por não ter falhado logo na decisão.

PATRICK HERTZOG/AFP via Getty Images

Brigando com a camisa

Pouco antes do placar ser aberto, Edmilson protagonizou um dos momentos mais inusitados daquele jogo.

O zagueiro teve a camisa rasgada e sofreu para colocar uma nova.

A camisa usada pela Seleção Brasileira tinha uma espécie de “camada dupla” que deu um ENORME trabalho para Edmílson.

O jogo chegou a ficar paralisado enquanto ele quebrava a cabeça para vestir a camisa.

Dizem que nem o artilheiro Miroslav Klose fez o zagueiro suar tanto naquele dia.

Fenômeno e artilheiro

Ronaldo chegou à final com um gol de vantagem sobre Klose na disputa pela artilharia da Copa do Mundo.

O alemão foi substituído e deixou o campo com o placar já marcando 1 x 0.

Portanto, já era certo que o goleador do mundial seria o brasileiro.

Aos 33 minutos da segunda etapa, foi a vez de assegurar a taça para o Brasil.

Um corta-luz magistral de Rivaldo deixou Ronaldo na boa pra finalizar da entrada da área e superar Kahn pela segunda vez.

O Fenômeno terminou a Copa do Mundo com oito gols marcados, tornando-se o quinto (e último) brasileiro a ser o artilheiro de uma edição do mundial.

Leônidas da Silva (1938), Ademir de Menezes (1950), Garrincha (1962) e Vavá (1962) também alcançaram esse feito.

“Regina, eu te amo!”

Kaká, então com apenas 20 anos de idade, terminou a Copa do Mundo na beira do gramado, esperando a bola sair de campo para ele entrar no jogo.

A chance não apareceu e ele acabou como o único jogador de linha daquela delegação que não disputou nenhum minuto do torneio.

Mas naquele momento não havia motivos para se lamentar.

A festa brasileira começou com o apito final do árbitro Pierluigi Collina e teve um de seus momentos mais marcantes na entrega do troféu, é claro.

Lembrando das suas raízes, o capitão Cafu escreveu “100% Jardim Irene” na camisa.

Pouco antes de erguer a taça, ele gritou pro mundo inteiro: “Regina, eu te amo!”

Existe jeito melhor de fazer uma declaração de amor?

Tim De Waele/Getty Images

Foto destaque: Tim De Waele/Getty Images