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·30 de novembro de 2022

Dupla do River, Fernández e Álvarez foram promovidos a titular e entraram na Argentina para ficar

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O River Plate contava com dois jogadores que decidiram boa parte da classificação da Argentina às oitavas de final da Copa do Mundo até o meio deste ano. Contratação confirmada com antecedência, Julián Álvarez apresentou-se ao Manchester City. Enzo Fernández foi comprado pelo Benfica. Eles começaram o Mundial no banco de reservas, mas em meio a uma montanha-russa de emoções da campeã sul-americana, conseguiram fazer o bastante para convencer Lionel Scaloni a promovê-los ao time titular. E agora será difícil retirá-los no mata-mata.

Enzo Fernández pedia passagem desde a sua entrada aos 14 minutos do primeiro tempo contra a Arábia Saudita na estreia. Em fase melhor do que Leandro Paredes e Rodrigo de Paul, deu outro dinamismo ao meio-campo. Um garoto de ascensão meteórica formado pelo River Plate, que brilhou em um título de Copa Sul-Americana pelo Defensa y Justicia, ajudou na conquista do Campeonato Argentino pelo time de Marcelo Gallardo e rapidamente cavou seu espaço no Benfica. Não espanta que, tendo estreado em setembro pela Argentina, também subiu rápido nas preferências de Scaloni.


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A ascensão de Álvarez talvez surpreenda um pouco mais. Embora seja um garoto prodígio que acumulou muitos gols pelo River Plate, a sua situação no clube é menos estável. Foi contratado pelo Manchester City para o futuro. Era até possível que fosse emprestado em um primeiro momento, como o campeão inglês faz com muitos dos talentos sul-americanos que assegura. Mas chegou em um momento de transição, após as saídas de Ferrán Torres, Gabriel Jesus e Raheem Sterling, além da aposentadoria de Sergio Agüero (que não havia sido substituído até a chegada de Erling Haaland).

Ficou no elenco, mas como um reserva de luxo. Não conseguirá tirar tempo de jogo de Haaland, que começou com tudo a sua carreira na Inglaterra. Versátil, consegue ganhar espaço ao lado do norueguês ou pelos lados. Fez 20 jogos na temporada, mas apenas três como titular na Premier League. Na Champions League, começou quatro vezes – nas últimas quatro rodadas, quando Guardiola começou a rodar mais o seu elenco. Marcou sete vezes. Não começou mal na Inglaterra. Também não explodiu.

O principal problema para entrar na seleção argentina, porém, era outro. Podemos concordar que Lionel Messi não será barrado. Ángel Di María é seu principal escudeiro e está fazendo uma boa Copa do Mundo. Até poderia ter lugar em um quarteto ofensivo, mas, com três, a última vaga no ataque é de Lautaro Martínez, hoje em dia um dos melhores centroavantes da Europa, líder da Internazionale. Mas nem chegou em um grande momento e fez jogos fracos contra Arábia Saudita e México. No segundo, foi substituído por Álvarez na metade do segundo tempo.

O garoto do City oferece outras coisas. Lautaro sabe trabalhar fora da área, mas sua principal característica é finalizar e arrancar no limite do impedimento. Álvarez fica mais confortável abrindo pelos lados, o que permite que Messi atue mais centralizado, como falso 9, como aconteceu contra a Polônia. Além disso, está em um momento de mais confiança, sem medo de chutar e poderia ter marcado mais vezes. O seu gol foi de qualidade: recebeu o passe de Fernández dentro da área, abriu e chutou alto, sabendo apenas um bom chute venceria o momento iluminado de Szczesny.

Scaloni conseguiu conduzir a recuperação da Argentina dentro do grupo depois daquela derrota. Teve uma postura sóbria fora de campo, sem deixar que o tropeço para a Arábia Saudita o deixasse desesperado – pelo menos no discurso. Havia dito que não mudaria o estilo de jogo, mas que pensaria em alternativas individuais. O mérito maior do treinador foi identificar jogadores que não estavam em boa fase e outros que produziam mais saindo do banco de reservas, com coragem para barrar nomes fortes, como Leandro Paredes e Lautaro Martínez. Será que fará o mesmo no mata-mata? Fernández e Álvarez certamente merecem continuar.

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