Trivela
·14 de fevereiro de 2022
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·14 de fevereiro de 2022
Quando Romelu Lukaku trocou a Internazionale pelo Chelsea, era a história de um retorno triunfal. Sem ter recebido uma chance de verdade em sua primeira passagem, voltava como um dos melhores atacantes do mundo após liderar seu antigo clube à conquista do scudetto e movimentar milhões de euros em transferências. Poderia, enfim, seguir os passos do seu ídolo Didier Drogba, mas seus primeiros meses foram conturbados, e o próprio Drogba acredita que o gol marcado pelo belga na final do Mundial de Clubes pode ser um divisor de águas.
Depois de um começo positivo, Lukaku se machucou em novembro e contraiu Covid-19 em dezembro, mesmo período de uma entrevista à Sky Sports em que se dizia insatisfeito com a situação no Chelsea, criticava as táticas de Thomas Tuchel e prometia retornar para a Internazionale um dia. Contratado para ser o artilheiro do campeão europeu, marcou 10 gols em 27 jogos, apenas cinco pela Premier League.
Mas no estádio Mohammed Bin Zayed, diante de Drogba, cabeceou com firmeza o cruzamento de Callum Hudson-Odoi para dar ao Chelsea a vantagem parcial durante a vitória por 2 a 1 na prorrogação sobre o Palmeiras. “Eu amo aquele gol. Amo aquele gol”, afirmou o marfinense ao The Athletic. “Romelu abriu o placar, a chance de nos colocar em vantagem, ganhar mais confiança. Não era um time fácil de se jogar contra. Seu histórico de gols é incrível. Ele pode acreditar mais em si mesmo? Sim. Eu acho que esse gol o ajudará muito. É um divisor de águas? Sim, eu espero. Todos acreditamos nisso porque é importante para o clube”.
Desde o Boxing Day, o único time no qual o Chelsea conseguiu marcar mais do que duas vezes foi o Chesterfield, da quinta divisão. O seu ataque é o terceiro melhor do Campeonato Inglês, mas com 13 gols a menos do que o dos líderes Manchester City e Liverpool. Um dos fatores que contribui para estar a sete pontos do segundo colocado e a 16 do primeiro (com um jogo a menos). Lukaku foi contratado para dar mais poder de fogo a Tuchel.
“Eu acho que ele é o tipo de atacante que nós estávamos precisando. Ele é uma adição ao Timo (Werner), que gosta de atacar o espaço. Agora temos Romelu, que também é um jogador-alvo. É isso que precisamos. Pela maneira que o técnico quer jogar, ele sabe por que queria levar Romelu com ele. Ele sabe melhor que eu”, disse Drogba.
Embora não conversem todos os dias, Drogba está aberto a passar conselhos a Lukaku, mas deixa claro que no fim do dia a responsabilidade de encontrar sua melhor forma é toda do belga. “Ele decidiu voltar ao Chelsea, se colocar sob um pouco de pressão. Mas ele está lá e está entregando. Você precisa ser paciente. Como um grande jogador, tem que aceitar todas as críticas. Precisa ir para casa e pensar em como melhorar seu jogo e como levar algo diferente ao time. É o que ele está fazendo. É o que eu fazia quando jogava. Não quero me comparar demais com ele porque ele é um grande jogador. Ele está fazendo o que precisa ser feito para ganhar jogos, como vimos hoje (contra o Palmeiras) e estou muito feliz por isso”, acrescentou.
Após Lukaku abrir o placar, Raphael Veiga empatou cobrando pênalti para o Palmeiras. No fim da prorrogação, Kai Havertez converteu a cobrança que transformou o Chelsea em campeão mundial.