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·26 de fevereiro de 2024

Dorval, o ponta-direita do Ataque dos Sonhos

Imagem do artigo:Dorval, o ponta-direita do Ataque dos Sonhos

Guilherme Guarche, do Centro de Memória

Nascido em Porto Alegre (RS), no dia 26 de fevereiro de 1935, uma terça-feira, Dorval Rodrigues começou sua carreira jogando na equipe de seu estado natal, o Força e Luz, como atleta profissional onde permaneceu dos 17 aos 19 anos, depois de jogar nas equipes amadoras do Grêmio.


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No início do ano de 1956, o lépido ponta-direita foi negociado com o Santos. Sua transação com o Peixe foi agilizada pelo empresário Arnaldo Figueiredo, então dirigente do Força e Luz, equipe modesta gaúcha que tinha o apelido de “Onze de Timbaúva”.

A primeira vez em que vestiu a camisa do Alvinegro Praiano foi em um amistoso no dia 20 de maio de 1956, jogado em São José do Rio Preto com a vitória por 3 a 1, com gols de Pagão, Alfredinho e Tite. O time praiano escalado por Luiz Alonso Perez, o Lula, formou com Manga (Osvaldo), Hélvio (Sarno) e Ivan; Ramiro, Formiga (Feijó) e Zito; Alfredinho (Dorval), Jair Rosa Pinto (Pepe), Pagão (Del Vecchio), Vasconcelos e Tite. No início de 1957 foi emprestado ao Juventus da Rua Javari retornando nesse mesmo ano à Vila Belmiro assumindo a titularidade da ponta-direita.

Dorval era um ponta rápido, habilidoso, esguio, com a um estilo próprio gostava de driblar para dentro e bater com a perna esquerda. Ele estava no amistoso contra o Corinthians de Santo André, no dia 7 de setembro de 1956, jogo da estreia do garoto Gasolina que depois ganharia o mundo como Pelé, o ponta titular era Alfredinho e ainda havia Tite.

Uma de suas melhores atuações já como dono da camisa 7 do Peixe foi na vitória de 5 a 1, sobre o Barcelona, no Camp Nou em 1959, na primeira ida do Santos à Europa. Nesse jogo ele marcou dois gols na goleada santista. Também se destacou na vitória de 5 a 2, sobre o São Paulo, no Pacaembu em 1962, vitória essa que deu ao Peixe o tricampeonato paulista e se sobressaiu também na partida em que a imprensa chamou de “O maior jogo do mundo”, no jogo em que decidiu a Taça Brasil, vitória de 5 a 0, sobre o Botafogo no Maracanã no dia 2 de abril de 1963.

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Dorval fez parte do chamado “Ataque dos Sonhos” atuando ao lado de Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe um ataque que é até hoje cantando e prosa e verso pelos torcedores santista. Esse quinteto maravilhoso jogou entre os anos de 1960 e 1966 encantado o futebol mundial.

No correr do ano de 1964, o craque que tinha entre os colegas de equipe o apelido de “Macalé” se desentendeu com o Rei Pelé e a diretoria decidiu negociá-lo junto Batista e Luís Cláudio com o Racing da Argentina. Como o clube argentino não honrou o compromisso da compra do ponta-direita ele retornou ao Santos em 1965 ficando na Vila por mais dois anos. Sua derradeira partida com a camisa do Santos foi em 23 de abril de 1967, no Pacaembu, numa vitória por 3 a 0 sobre o Bangu, pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa. Ele substituiu o ponta-direita Copeu.

Ao todo com a camisa do Alvinegro Praiano, Dorval atuou 610 partidas entre os anos de 1956 e 1967 marcando 194 gols e é o 6º maior artilheiro santista, e conquistou os seguintes títulos: Bicampeão Mundial e Bicampeão da Libertadores em 1962/63, Campeão Brasileiro nos anos de 1961/62/63/64 e 1965, Campeão Paulista nos anos de 1958/60/61/62/64 e 1965. Pela Seleção Brasileira enquanto esteve no Peixe jogou 13 partidas e marcou apenas um gol. Na sequência da carreira Dorval foi negociado com o Palmeiras onde atuou por apenas 20 partidas sem ter marcado nenhum gol foi uma passagem discreta pelo time alviverde. Em 1986 foi jogar no Atlético Paranaense, onde ficou até 1971 e foi campeão paranaense em 1970. No exterior jogou na Venezuela por seis meses defendendo o Valencia, depois jogou no SAAD de São Caetano/SP onde encerrou a carreira atuando até 1972.

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