Trivela
·12 de outubro de 2022
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·12 de outubro de 2022
O Bayer Leverkusen alimenta suas esperanças de uma reação na temporada, após a troca no comando. Xabi Alonso estreou muito bem na Bundesliga e fazia nesta quarta-feira sua primeira partida como técnico na Champions, um torneio que conheceu tão bem como jogador. Todavia, foi daquelas noites em que tudo deu errado para os Aspirinas – e, consequentemente, conspirou a favor do Porto. O Dragão fez uma partida controlada na defesa e aproveitou suas estocadas no ataque para construir o placar de 3 a 0 na Alemanha, que pouco condiz à boa atitude do Leverkusen na BayArena. Dois gols de pênalti e um de contra-ataque auxiliaram bastante os lusitanos, enquanto os alemães desperdiçaram um penal e ainda tiveram um gol anulado que poderia ser o de empate. Méritos ao goleiro Diogo Costa. Herói no primeiro encontro ao pegar um pênalti, ele repetiu o feito dessa vez e acumulou ótimas defesas, além de arranjar até assistência no tento que abriu o placar.
O Bayer Leverkusen tinha as ausências de Robert Andrich e Jérémie Frimpong. Desta vez optando por um 4-2-3-1 em vez do 3-4-3 da estreia na Bundesliga, Xabi Alonso escalou Charles Aránguiz e Kerem Demirbay na cabeça de área, com uma trinca na armação composta por Amine Adli, Moussa Diaby e Callum Hudson-Odoi. Era um time leve no apoio a Patrik Schick. Já o Porto tinha poucas mudanças em relação à vitória do fim de semana sobre o Portimonense. O meio reunia o quarteto formado por Otávio, Mateus Uribe, Stephen Eustáquio e Wenderson Galeno. Pepê e Mehdi Taremi se combinavam na frente.
O Bayer Leverkusen era mais ativo no início da partida. Estava ligado e tentou acionar o seu ataque, principalmente pelas pontas. Entretanto, o primeiro gol do Porto saiu assim que o time encaixou um contra-ataque, aos seis. Foi o goleiro Diogo Costa quem deu a assistência, num lançamento para Galeno na ponta esquerda. O brasileiro pegou a defesa desguarnecida e desmontou a marcação ao fingir o chute dentro da área, com o caminho livre para bater no canto. Era o início dos sonhos para os portistas, que preferiam adotar uma postura mais resguardada.
O Leverkusen teve a chance de mudar a história do jogo aos 16, quando ganhou um pênalti a seu favor. Mitchell Bakker foi derrubado na área, mas o árbitro só viu a falta pelo VAR. O problema era mesmo Diogo Costa. O goleiro se agigantou de novo, ao espalmar a cobrança firme de Kerem Demirbay – como tinha feito contra Schick na ida em Portugal. Os Aspirinas continuaram na pressão, mas com pouca infiltração, diante de um organizado Porto. Depois de muito volume, o Leverkusen conseguiu um pouco mais depois dos 30. Diogo Costa fez outra defesaça com a perna, após batida de Bakker. Já aos 35, o time lamentou um gol anulado de Amine Adli, num chute que desviou no braço colado ao corpo de Patrik Schick. Marcação rigorosa e discutível por causa da regra, mas acertada. Depois do baque, os alemães não ameaçaram tanto pelo empate até o intervalo.
O Porto voltou para o segundo tempo com Evanílson no lugar de João Mário e adicionava presença de área. Entretanto, o Leverkusen ainda era mais intenso e quase empatou aos quatro minutos. Adli chutou e a bola desviou em Fábio Cardoso antes de sair. Levou pouco tempo até que os alemães voltassem a lamentar. Aos oito minutos, os portistas ganharam um pênalti – em marcação inicialmente dada fora da área, mas corrigida pelo VAR. Taremi chutou no meio da meta e venceu Lukasz Hradecky. Para tentar renovar as energias dos Aspirinas, Paulinho entrou no lugar de Adli aos 13.
Ainda assim, a partida ruim ficava pior ao Bayer Leverkusen. O time parava no Porto e cometeu mais um pênalti aos 18, sobre Galeno. Taremi assumiu a cobrança novamente e balançou as redes pela segunda vez, desta vez acertando o cantinho. A vantagem se tornava ainda mais confortável aos lusitanos. Os Aspirinas tentaram sufocar um pouco mais na sequência, mas a virada era complicadíssima diante da solidez portista atrás. Adam Hlozek e Edmond Tapsoba viraram opções na sequência. Uma boa chance ocorreu aos 28, num avanço rápido de Diaby, mas Schick mandou uma pancada ao lado da trave. E quando Diaby buscou o ângulo aos 31, Diogo Costa voou para realizar seu último milagre. Era a pá de cal nas esperanças dos germânicos, sem mais forças para os três gols depois disso.
Com o Club Brugge classificado, a briga no Grupo B se concentra pela segunda vaga. E o Porto tomou a segunda posição, com seis pontos, dois a mais que o Atlético de Madrid. O Bayer Leverkusen permanece com três pontos e uma situação complicadíssima, até pela desvantagem no confronto direto com os portistas. A Liga Europa parece um objetivo mais realista.
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