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·01 de julho de 2024
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O maior nome da história da Euro, Cristiano Ronaldo flertou com uma noite de vilão, não conteve as lágrimas, mas teve a redenção nas mãos (literalmente) de um herói improvável! Foi assim que Portugal, a duras penas, avançou às quartas de final da Eurocopa.
Diante da valente Eslovênia, o time português sofreu para furar a retranca adversária, perdeu um pênalti na prorrogação com seu principal jogador, mas, na disputa por pênaltis, o goleirão Diogo Costa chamou a responsabilidade, defendeu três penalidades e classificou a seleção portuguesa.
Com o resultado, Portugal, do aliviado Cristiano Ronaldo, segue vivo na competição e agora encara a poderosa seleção da França, atual vice-campeã do mundo.
Como era de se esperar, Portugal foi o dono das ações nos primeiros 45 minutos. Dono do meio campo e com mais de 65% de posse, o time português passou a maior parte do tempo no campo de ataque, mas pecou nas escolhas na hora de concluir as jogadas.
Aberto pela esquerda, Rafael Leão foi quem mais tentou algo diferente, mas a Eslovênia cumpriu à risca sua estratégia, estacionou um "ônibus" na entrada da área e impediu que a bola chegasse até Cristiano Ronaldo na referência.
O CR7, inclusive, assustou uma única vez na primeira etapa. Em cobrança de fato da entrada da área, o astro português soltou uma bomba, mas a bola subiu demais. Do outro lado, o time esloveno se arriscou em esporádicas saídas em velocidade pela direita, mas não criou problemas para Diogo Costa.
Depois de muito insistir, Portugal, enfim, tirou o "suspiro" do seu torcedor. Já nos acréscimos, após mais uma boa jogada de Rafa Leão pela esquerda, João Palhinha recebeu na entrada da área e bateu de canhota, carimbando a trave.
Na volta do intervalo, o desenho da partida seguiu exatamente o mesmo. Com a Eslovênia recuada, Portugal montou um acampamento no terreno inimigo e seguiu sofrendo para encontrar espaços para infiltrar.
No primeiro minuto, Bernardo Silva até tentou em sobra de bola na entrada da área, mas mandou por cima. Pouco depois, em mais uma cobrança de falta, Cristiano Ronaldo soltou um foguete, mas Oblak espalmou com firmeza.
Lançado ao ataque, o selecionado luso titubeou uma única vez com a posse na etapa complementar e quase foi surpreendido. Aos 17, Pepe bobeou em dividida no meio, Sesko disparou em direção ao gol, mas, desequilibrado, finalizou fraco pela linha de fundo.
O tempo foi passando e o ataque contra defesa continuou em Frankfurt. Sem encontrar soluções para desarmar o ferrolho esloveno, Portugal cercou, rodeou, pressionou, mas não tirou o zero do placar. O último a tentar foi CR7, que recebeu em boas condições de Diogo Jota, mas lá estava Oblak para fazer a defesa e forçar a prorrogação: 0 a 0.
Desgastada por tudo que precisou fazer para segurar o zero no placar no tempo regulamentar, a seleção da Eslovênia baixou ainda mais suas linhas e viu Portugal jogar suas últimas fichas para vencer o jogo.
Já no fim da primeira metade do tempo extra, veio o lance chave da partida e um dos momentos mais emblemáticos desta Eurocopa. Após boa investida pelo meio, Jota forçou jogada na área e sofreu o pênalti. Na cobrança, CR7, maior artilheiro da história da Euro, teve a chance de marcar seu 15º gol na competição, mas viu Oblak se agigantar e frustrar os planos do Robozão, que foi às lágrimas com o gol perdido.
Na segunda parte, o panorama seguiu o mesmo, mas a história quase mudou de lado. Aos dez, em falha bizarra de Pepe na defesa, Sesko recebeu um lindo presente, avançou completamente livre e chutou no canto, parando em um milagre de Diogo Costa, que salvou com o pé esquerdo e levou o duelo para as penalidades.
O drama de Cristiano Ronaldo começou a ser dissipado já na primeira série de cobranças. Ilicic, ídolo esloveno, também viveu seu momento de vilão e teve sua batida defendida por Diogo Costa. Na sequência, CR7 foi para a bola e colocou Portugal na frente.
O heroísmo foi definido na sequência. Não satisfeito em ter parado um dos maiores ídolos da história da Eslovênia, Diogo Costa quis mais e também parou Balkovec e Verbic, se tornando o primeiro goleiro na história a defender três penalidades em uma disputa de pênaltis na Eurocopa.
Fazendo valer o feito do arqueiro do Porto, Bruno Fernandes e Bernardo Silva converteram suas cobranças e garantiram Portugal nas quartas de final da Euro.
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