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·30 de maio de 2024

Diniz elogia Marcelo e vê equipe mais experiente: “Um time mais cascudo”

Imagem do artigo:Diniz elogia Marcelo e vê equipe mais experiente: “Um time mais cascudo”

O Fluminense está nas oitavas de final da Copa Libertadores da América. Pelo segundo ano consecutivo, a equipe Tricolor se classifica em primeiro na fase de grupos. A vitória contra o Alianza Lima na noite da última quarta-feira (29), garantiu os 14 pontos e a liderança isolada do Grupo A. Esta foi a segunda melhor campanha do Fluminense na história.

O técnico Fernando Diniz demonstrou sua opinião quando questionado na coletiva de imprensa sobre a pontuação e as atuações do time na fase de grupos. No ano passado, o time terminou em primeiro lugar, com 10 pontos – 4 a menos do que neste ano -, mas pareceu convencer mais. Diniz declarou que equipe terminou melhor a primeira fase da Libertadores em 2024:


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“Eu acho que é um time mais cascudo, mais experiente. Que sabe lidar com a pressão de ser o atual campeão. E na realidade a gente jogou um futebol mais vistoso nas duas primeiras partidas, contra o Sporting Cristal e o 5 a 1 contra o River, mas terminamos a fase de grupo melhor do que a do ano passado. Nos últimos jogos, a gente perdeu para o River Plate, perdeu na altitude e empatou aqui contra o Sporting Cristal. Então a gente começou melhor na fase de grupos do ano passado, mas a gente terminou melhor do que no ano passado na minha opinião.”

Marcelo marcou o décimo gol com a camisa Tricolor. Em entrevista coletiva, Fernando Diniz falou sobre a boa temporada que vive o lateral esquerdo e a técnica do jogador:

“Marcelo está um ano mais velho na idade cronológica, mas na prática parece que ele renovou uns três anos, ele está muito bem e não é só nos jogos, ele tá muito bem nos treinamentos. Ele termina a sessão de treino, continua ainda às vezes no campo brincando com os garotos e é um apaixonado, não sei se ele é um apaixonado pelo futebol, se ele é um apaixonado pela bola. Isso contagia os outros e ele tá acrescentando muita coisa no nosso time e não é uma surpresa pra mim fazer partidas como a de hoje, os gols que ele tá fazendo, ele tem feito coisas assim nos treinamentos e é muito bom ver um cara dessa qualidade ganhando alegria para jogar. Ter ele aqui é muito gratificante não só para o Fluminense mas para o futebol brasileiro porque é um cara extraclasse.”

Em relação a mudança de postura no segundo tempo, que levou até a vitória após a virada em 3 a 2, Diniz declarou:

“Na realidade, a gente deu pra identificar um padrão de marcação, onde podíamos explorar e como. Uma das coisas era mesmo acelerar, colocamos Marquinho bem aberto e Keno do outro lado. O fator decisivo para as coisas acontecerem (no 2T) foi a velocidade na troca de passes. Eles fizeram um gol de bola parada, que treinamos muito ontem. O time deles tem cinco jogadores com mais de 1,80m, então sabíamos que era uma possibilidade. Fizemos tudo para evitar escanteios, e acabamos tomando gol em jogada que tínhamos mapeado. No segundo tempo, essa aceleração do ritmo facilitou para a gente conseguir os gols. Depois, a gente fez o gol, virou o jogo e continuou acelerando de uma forma sem necessidade. Fomos meio que na emoção para fazer o terceiro, quarto, e não precisava ser desse jeito. Depois que fizemos o segundo gol, acabamos nos apressando e tomando o gol de empate.”

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Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC

John Kennedy vem se apresentando bem após a reintegração ao elenco principal. Na última quarta (29), ele entrou novamente como titular e marcou o terceiro gol da equipe Tricolor. O técnico falou sobre a atuação de Kennedy durante a partida:

“Ele foi muito dedicado e acabou sendo muito decisivo. Ele não teve uma partida brilhante tecnicamente, mas lutou o jogo todo. Ele se movimentou, ajudou a marcar e foi premiado com o gol. Ele é um jogador muito letal, ele tem essa capacidade”.

Fernando Diniz falou sobre a relação de confiança, o trabalho feito com Kennedy, e declarou que uma boa parte deste trabalho depende da boa vontade e do esforço do atacante:

“É uma confiança que eu tenho nele, que o time mostrou que tem nele, e ele passa uma confiança de que ele pode mudar. O John Kennedy é um trabalho sem trégua, e sem fim, para que ele consiga amadurecer a ponto de dar conta do imenso talento que ele tem. Não é fácil ser jogador de futebol, sempre falo isso. Principalmente pessoas como o John Kennedy, que têm a história de vida que esses caras têm. E a gente está aqui para ajudar, obviamente, porque a gente tem limitação. A vontade de ajudar pode até ser ilimitada, mas, assim, a nossa capacidade não chega ao infinito. Mas eu acho que ele tá entendendo que ele pode mudar a condição social dele.”

Em relação à volta do Thiago Silva, Diniz demonstrou satisfação por ter esse grande nome a sua disposição para jogar em um futuro próximo:

“O Thiago se transformou em um dos maiores zagueiros de todos os tempos, na minha opinião, marcou uma época, uma geração. Pra mim foi o grande zagueiro da última Copa do Mundo, já com quase 40 anos. E eu sou um admirador do Thiago desde sempre. Então vai ser um enorme prazer poder contar com um jogador desse tamanho aqui com a gente e jogando no nível que ele joga até hoje.”

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