Diego Carioca, que escapou da guerra na Ucrânia: ‘Sou um sobrevivente’ | OneFootball

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·02 de março de 2022

Diego Carioca, que escapou da guerra na Ucrânia: ‘Sou um sobrevivente’

Imagem do artigo:Diego Carioca, que escapou da guerra na Ucrânia: ‘Sou um sobrevivente’

Os primeiros brasileiros que fugiram da guerra na Ucrânia começaram a chegar ao Brasil nesta terça-feira (1).  Muitos são jogadores com suas famílias. Eles formam boa parte dos cerca de 500 brasileiros que residiam na Ucrânia. Pela manhã, desembarcaram em São Paulo Maycon, Pedrinho e Dodô. No Rio, Marlon e Bruno. No fim da tarde, quem chegou ao Rio foi Diego Carioca.

Diego é um atacante de 24 anos que nasceu em Niterói, jogou no Grêmio-RS e defende desde 2021 o Kolos Kovalika. Ao chegar, estava emocionado.


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Diego Carioca desembarcou no fim da tarde desta terça-feira, no Rio – Reprodução / TV Globo

“Só quero descansar porque sobrevivi, sou sobrevivente, minha esposa é sobrevivente como muitas outras pessoas estão sendo sobreviventes saindo daquele país em guerra”,  disse.

O atacante deixou a Ucrânia pela fronteira com a  Romênia. Ele contou o drama que começou a viver depois que o clube avisou da invasão russa e liberou todos os jogadores a voltarem para casa.

“No início, ainda era uma situação controlada porque era no Norte do país. Mas depois de dois dias, a gente teve que ir para um bunker com filhos, mães e avós. Todos confinados, ouvindo aviões, tanques de guerra, a gente temeu a todo momento. Não conseguíamos dormir, conversar.”

Enfim, surgiu a possibilidade de sair pela Romênia, mas não sem lamentar pelos ucranianos que ficaram.

“Saímos com o coração na mão porque a gente sente que tem de estar ao lado de nossa família, mas outras pessoas estão lá. E a gente continua orando, pedindo que essa guerra acabe porque a gente só quer paz. Os ucranianos querem paz, os brasileiros querem paz, a humanidade pede paz.”

Ele disse que se emocionou com a solidariedade do povo romeno: “As pessoas queriam ajudar fora da zona de perigo. Tinha muitas pessoas nos ajudando com água, comida, na Romênia”, disse Diego, que teve apoio da Prefeitura de Niterói para o regresso.

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