Trivela
·28 de março de 2023
Depois de Retegui, Galoppo, do São Paulo, e mais três argentinos estão no radar da seleção italiana

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·28 de março de 2023
O técnico Roberto Mancini confirmou que a Itália está estudando outros jogadores argentinos de origem italiana que podem ser incluídos em convocações da Azzurra no futuro. O sucesso de Mateo Retegui nos seus dois primeiros jogos, marcando gols, ajudou a convencer os italianos que a fórmula poderá ser repetida. E, desta vez, alguns jogadores bastante jovens já estão no radar e um jogador do futebol brasileiro, o meia Giuliano Galoppo, do São Paulo.
Mateo Retegui foi a principal surpresa na convocação da Itália nesta data Fifa, em meio a uma crise de centroavantes na Azzurra. Com 23 anos, ele teve bom desempenho ao marcar seus primeiros gols contra Inglaterra e Malta. Apesar das desconfianças, o sucesso fez com que a ideia de buscar outros jogadores chamados de oriundi, jogadores com origem italiana, ganhou força.
Esse tipo de situação não é uma novidade. Diversos argentinos de nascimento, com origem italiana, já defenderam a Itália. Em 2006, Mauro Camoranesi foi campeão do mundo pela seleção italiana sendo argentino de nascimento. Um craque dos anos 1950 e 1960, Enrique Omar Sivori, foi revelado pelo River Plate e se tornou ídolo da Juventus. Jogou pela seleção argentina inicialmente, depois atuou pela Itália.
Segundo a Gazzetta dello Sport, a seleção italiana identificou quatro outros jogadores argentinos de origem italiana que poderiam defender a Itália. Um deles é o meia Giuliano Galoppo, do São Paulo, de 23 anos. Formado pelo Banfield, foi contratado pelo São Paulo em 2022 e, depois de um início lento, engrenou em 2023 e vinha sendo o principal jogador do time, até se machucar recentemente, em uma lesão grave que o afastará por cerca de seis meses. Ele rompeu os ligamentos do joelho na partida contra o Água Santa, pelo Campeonato Paulista, no dia 14 de março. O retorno está previsto apenas para setembro, no melhor dos cenários.
Outros jogadores mais jovens também estão no radar. O ponta Gianluca Prestianni, de 17 anos, do Vélez, é outro que pode pintar em convocações. O jogador já é monitorado pelos clubes italianos há algum tempo como potencial transferência e agora a seleção italiana também fica de olho no jogador, que já atuou pela seleção sub-17 da Argentina.
Quem também está na lista é o Nicolas Capaldo, de 24 anos, meio-campista que já atua no futebol europeu, no Red Bull Salzburg. Formado pelo Boca Juniors, foi vendido ao futebol europeu em julho de 2021, quando os austríacos o contrataram por € 4,5 milhões. Meia central de origem, pode atuar eventualmente pela direita, como lateral. Por fim, a lista tem o zagueiro Marco Di Cesare, de 21 anos, que atua no Argentinos Juniors, seu clube de formação. Com 1,86 metro de altura, nunca defendeu nenhuma seleção na base.
Isso sem falar em Bruno Zapelli, de 20 anos, nascido na Argentina, que joga pelo Belgrano e que já foi convocado para a seleção sub-21 da Itália. Esteve em campo justamente nesta data Fifa. Jogou no último dia 24 de março, sexta-feira, contra a Sérvia, e foi titular. No jogo contra a Ucrânia, nesta segunda, o jogador ficou no banco.
Alguns desses nomes podem aparecer na lista da Itália nas próximas convocações. Na entrevista coletiva após o jogo contra Malta, o técnico Roberto Mancini já tinha adiantado que outros oriundi poderiam ser convocados nas próximas datas Fifa.
“Sim, é uma possibilidade. Temos uma porcentagem mínima de italianos que jogam regularmente na Serie A. Se você olhar outros países, todos fazem isso. A Suíça tem 15 dos 20 jogadores que são oriundi. Assim como a Bélgica. França, Alemanha e Inglaterra todos olham para os oriundi”.
“Até alguns anos atrás, tínhamos tantos jogadores fortes e não precisávamos fazer isso. Outros faziam, frequentemente levando jogadores que nós ajudamos a desenvolver e amadurecer, então iremos nos adaptar e fazer o mesmo”, continuou Mancini.
A Itália voltará a campo pela fase final da Liga das Nações, onde enfrentará a Espanha no dia 15 de junho. Os dois times fazem uma das semifinais, enquanto Croácia e Holanda (que sedia o evento) fazem o outro jogo. Os perdedores das semifinais decidem o terceiro lugar no dia 18, mesmo dia que os vencedores fazem a final.