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·24 de setembro de 2019

Depois de beliscar o céu, Tottenham flerta com inferno após eliminação vergonhosa

Imagem do artigo:Depois de beliscar o céu, Tottenham flerta com inferno após eliminação vergonhosa

Se meses atrás o Tottenham escreveu um dos maiores momentos de sua história, ao bater o Ajax de virada para chegar à final da Liga dos Campeões da Europa, os Spurs começam a atual temporada com grandes motivos para se preocupar. Os sinais já vinham sendo dados, com desempenho irregular tanto na Premier League quanto na edição 2019-20 do certame europeu, mas a crise deve estourar de vez após a surpreendente eliminação na Copa da Liga Inglesa, nesta terça-feira (24), após derrota nos pênaltis para o modesto Colchester United, da terceira divisão.

Embora não tenha escalado um time titular com o que considera o seu “onze inicial” mais forte, o técnico Mauricio Pochettino garantiu na véspera da partida, realizada no JobServe Stadium, que o Tottenham levaria o duelo tão a sério como se fosse de Premier League ou Champions. E deveria mesmo: o tradicionalíssimo clube londrino, que nos anos mais recentes conseguiu recuperar o status de equipe de ponta no país, não conquista um título há 11 temporadas. A última taça foi justamente uma Copa da Liga Inglesa, que tem o seu valor apesar de ser a última competição na lista de preferência dos times mais poderosos.


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A eliminação vexatória para o Colchester tira dos Spurs, logo no início de temporada, uma chance de sair da fila de títulos que aflige a torcida e que, desde as últimas campanhas, passou a ser motivo de perguntas para Pochettino. Nesta terça-feira (24), o argentino mandou a campo apenas um jogador que foi titular na derrota para o Liverpool, na decisão europeia (o meia-atacante Dele Alli, que não conseguiu acertar uma finalização a gol e talvez seja o grande símbolo desta queda técnica que vive o Tottenham), mas deu espaço a nomes experientes, como o brasileiro Lucas Moura. Herói na semifinal épica contra o Ajax, o brasileiro disse na última semana que sonhava em voltar a uma final de Champions, mas a realidade da vez foi ter desperdiçado a última cobrança de sua equipe.

O outro jogador do Tottenham que perdeu sua cobrança foi o dinamarquês Christian Eriksen, maestro do meio-campo na última temporada e que não escondeu a decepção por não ter deixado o Norte de Londres rumo a outro clube. Eriksen entrou no segundo tempo, no lugar do jovem Troy Parrot, mas não conseguiu mudar o empate sem gols que persistiu até o fim do tempo regulamentar. Heung-min Son, sul-coreano que também foi um dos grandes protagonistas da temporada passada, foi outro que entrou em campo sem conseguir levar os Spurs adiante. Décimo colocado na terceira divisão, 69 posições abaixo dos Spurs nas cadeias do futebol inglês, o Colchester celebrou um momento único em sua história. Euforia suficiente para levar torcedores a invadirem o campo após a vitória por 4 a 3 nos penais.

A vibração entre torcedores e jogadores do Colchester (Foto: Getty Images)

Na atual temporada, o Tottenham já acumula mais insucessos do que motivos para celebrar. Na Premier League, apesar da tabela complicada nas primeiras rodadas, perdeu em casa para um Newcastle em crise, e na Champions estreou com um empate que teve gosto de derrota diante do Olympiacos, após ter aberto 2 a 0 no placar. Finalizado o duelo em 2 a 2, Harry Kane, estrela do time, e poupado nesta terça, lamentou a insistência de velhos erros, que são cometidos desde a chegada de Pochettino, em 2014.

“Eu consigo entender por que o treinador está frustrado, porque ele está aqui há seis anos e ainda cometemos erros similares àqueles vistos no seu primeiro ano”, disse o artilheiro inglês

(Foto: Getty Images)

Com apenas duas vitórias em oito partidas nesta atual temporada 2019-20, sendo que dentre os quatro empates obtidos o desta terça, contra o Colchester, na verdade é uma derrota, o Tottenham vive extremos dentro da expectativa que criou para si: meses atrás, chegou a beliscar o céu com o vice-campeonato europeu, e agora flerta com o inferno ao ser eliminado do que, na teoria, era a competição mais fácil que tinha para disputar.