Calciopédia
·15 de setembro de 2021
Calciopédia
·15 de setembro de 2021
Nesta terça-feira (14), a largada da Champions League foi dada. No primeiro dia da fase de grupos da competição, Juventus e Atalanta representaram a Itália no torneio e cumpriram bom papel. Enquanto a Velha Senhora venceu o Malmö e afastou, ao menos parcialmente, o fantasma da má fase, a Dea alcançou um ótimo resultado na Espanha, contra o Villarreal, atual campeão da Europa League. Os placares foram boas respostas para as dúvidas criadas perante às duas equipes dentro de suas perspectivas na competição.
No Grupo H, ao lado de Chelsea, Zenit e Malmö, a Juventus de Allegri fez o que se esperava dela na estreia contra os suecos. Porém, existia uma grande desconfiança em relação ao desempenho da equipe, já que as duas derrotas recentes para Empoli e Napoli, além da terrível 16ª posição na Serie A, assombravam os bianconeri.
Com a volta de Dybala e Cuadrado ao onze inicial, a Velha Senhora se mostrou mais leve dentro das quatro linhas e oferecia alternativas a mais no setor ofensivo. Este aspecto foi notado logo no início, quando, aos 9 minutos, Morata aproveitou a ótima infiltração do argentino no meio da defesa sueca e o deixou na cara do goleiro – no entanto, a execução foi atrapalhada pelo escorregão do camisa 10 já dentro da área. Àquela altura, a Juve dominava o meio-campo, com uma combinação interessante entre Locatelli, Bentancur e Rabiot, que conseguiam fazer o jogo rodar. Justamente em uma ocasião assim, o placar foi aberto na metade da primeira etapa.
A bola saiu da canhota com o francês, passou pelo uruguaio e chegou rapidamente para Cuadrado, na direita. Em sua especialidade, o colombiano cruzou para Alex Sandro aparecer na segunda trave e abrir a contagem. A comemoração foi bastante efusiva, como se um grande peso tivesse sido removido dos ombros dos jogadores. Assim, as jogadas se tornaram mais naturais e intuitivas, como aconteceu poucos minutos após o gol, em lançamento de Bonucci para mais uma escapada do lateral brasileiro.
A Velha Senhora aproveitava a linha alta da lenta defesa do Malmö e insistia nos lançamentos em profundidade. À exemplo das chances de Dybala e Alex Sandro, Morata recebeu uma dessas de Danilo e sofreu falta dentro da área. Pênalti para a Juve. Na cobrança, aos 45 do primeiro tempo, La Joya voltou a escorregar na área dos donos da casa, mas a batida, dessa vez, entrou. Ainda dava tempo pra mais e era a hora do número 9. Após passe de Rabiot e confusão da zaga, Morata ficou cara a cara com o goleiro e escorou para as redes no último lance da primeira etapa.
Na segunda metade da partida, o ritmo caiu um pouco e os comandados de Allegri administraram a elástica vantagem de três gols. O entendimento do trio de frente, contudo, seguia intacto. Em linda combinação entre Cuadrado e Dybala no minuto 62, o argentino achou um toque de letra para Morata, que finalizou e parou na boa defesa de Diawara. Essa foi a última ação concreta do espanhol, que deixou o campo para a entrada de Kean. Porém, mesmo com a conhecida intensidade do jovem atacante, a Juve seguiu cadenciando o jogo, sem tanta agressividade.
A primeira chegada concreta dos suecos ocorreu apenas restando sete minutos para o apito final, em cruzamento certeiro do lateral-esquerdo Olsson para Colak, que assustou Szczesny. O fim do jogo animou o Malmö, que chegou de forma aguda com chute cruzado do ala escandinavo, com boa intervenção do goleiro polonês. No final das contas, a vitória da Juventus foi confirmada e deu alívio para Allegri e companhia. No outro jogo da chave, o Chelsea venceu o Zenit por 1 a 0.
Gosens anotou o gol que sacramentou o empate entre Villarreal e Atalanta, na Espanha (imago)
No Estadio de La Cerámica, a expectativa era por um duelo bastante interessante que poderia nortear a briga por vaga nas oitavas, admitindo o favoritismo do Manchester United – mesmo com a estreia negativa do time de Cristiano Ronaldo, que levou 2 a 1 do Young Boys. Além disso, os perfis ofensivos dos dois times ditaram a tônica do jogo, que se mostrou recheado de oportunidades e reviravoltas.
Logo de cara, um excelente início da Atalanta, que usufruiu de uma das grandes armas de seu ataque: o pivô de Zapata. Com o colombiano escorando, Freuler apareceu na área e soltou uma bomba para abrir o placar com apenas 5 minutos de bola rolando. A vantagem no marcador, que já era excelente, quase foi ampliada minutos depois, em contra-ataque fulminante construído individualmente por Pessina. O camisa 32 correu praticamente todo o campo com a bola nos pés em 12 segundos, mas, na hora de finalizar, mandou longe.
Apesar da pressão, ainda que desorganizada, dos donos da casa, a Dea era quem conseguia ser mais efetiva nas chegadas ao ataque e, assim, construiu mais uma grande oportunidade no meio da primeira etapa. Malinovskyi buscou lançamento de muito longe e contou com a sorte de um desvio no meio do caminho para habilitar Zapata, que teve tempo para dominar e arrematar, mas a bola passou raspando a trave de Rulli – um impedimento acabou sendo assinalado no lance.
Depois de muitas tentativas, o Submarino Amarelo enfim chegou ao empate, com Trigueros aproveitando cruzamento de Pedraza na pequena área, aos 39 minutos. Com o empate dos anfitriões, a atmosfera mudava completamente no antigo El Madrigal. No minuto seguinte, Parejo cobrou falta na área e Musso fez seu primeiro milagre no jogo, em cabeçada à queima-roupa de Gerard Moreno. O intervalo era o melhor remédio para os comandados de Gasperini respirarem.
Os 15 minutos no vestiário fizeram muito bem para a Atalanta, que voltou mais enérgica e incisiva na parte ofensiva. No primeiro lance da segunda etapa, Malinovskyi emendou um lindo chute na gaveta e obrigou Rulli a voar para salvar o Villarreal. No minuto 53, mais uma espetada dos nerazzurri: o ucraniano cobrou escanteio da esquerda e Zapata apareceu na primeira trave para cabecear no travessão. O segundo gol se aproximava cada vez mais. Porém, o tiro saiu pela culatra. Em erro na saída de bola italiana, Danjuma recebeu de Moreno e, cara a cara com Musso, bateu forte para virar o placar aos 73.
Com pouco mais de 10 minutos para buscar ao menos um empate, Gasperini recorreu ao banco e colocou Miranchuk em campo. O camisa 59 substituiu Pessina e, em uma de suas primeiras aparições na partida, ajeitou – sem querer – para Gosens. O ala alemão, exercendo a sua característica de pisar na área para finalizar, igualou o marcador, chutando na saída de Rulli. Ainda houve tempo para Coquelin ser expulso, depois de passar alguns minutos “implorando” pelo segundo cartão amarelo, e para mais um milagre de Musso: nos acréscimos, o argentino defendeu, com muito poder de reação, uma cabeçada de Gerard e garantiu empate positivo para a Dea na briga direta com o Villarreal.