AVANTE MEU TRICOLOR
·17 de novembro de 2024
In partnership with
Yahoo sportsAVANTE MEU TRICOLOR
·17 de novembro de 2024
Dribles em velocidade: característica que Lucas carrega desde criança (Foto: Divulgação/SPFC)
MARCIO MONTEIRO
Lucas Moura sempre teve estilo driblador e irreverente nos gramados. Características adquiridas para se livrar de dificuldades, pedras, buracos, carro passando, cachorro latindo e tudo mais que as ruas e campos de bairros mais humildes podem oferecer como dificuldades.
Assim como este jornalista que vos escreve, o ídolo do São Paulo também saiu em defesa das peladas nas ruas e becos, bem longe das escolinhas com gramados sintéticos, que parecem que hoje em dia só formam também jogadores sintéticos.
Está faltando cada vez mais o improviso e capacidade de decidir jogos aos jovens atletas que sobem da base. A insistência em garotos mais fortes e rápidos, preterindo aqueles com habilidade muito superior, está acabando com a formação de talentos no Brasil.
“Eu acredito que isso ajudou muito na minha carreira e acho que ajudou muitos atletas da minha idade, da minha geração e mais velhos também. Não tem estudo que comprove isso, mas o cara jogar na rua desde cedo, jogar com pessoas mais velhas, acho que isso ajuda muito a desenvolver”, opinou com propriedade Lucas, em entrevista aoCharla Podcast.
Uma das grandes críticas ao futebol atual, especialmente o brasileiro, mas também em outras partes do mundo, é a ausência de dribles e personalidade de encarar defensores mais velhos ainda jovens.
“Acho que estimula muito o cara a driblar, não ter medo de ter personalidade, ir para cima, então acho que me ajudou bastante, com certeza”, destacou o camisa 7 do Tricolor.
É claro que não se pode ser radical e criticar as evoluções necessárias ao mundo, sempre visando a melhoria da capacidade dos atletas. Mas é quase que unanime. E se você, leitor, também é um pouco mais antigo, ou ainda tem a sorte de jogar futebol em ruas e campos esburacados, sabe o quanto isso realmente ajuda a desenvolver capacidade maior de raciocínio para se livrar de barreiras inesperadas.
Ainda temos que achar a melhor solução ao problema, mas um campinho de terra nas categorias de base, e maior integração entre as diferentes idades entre os jovens, não fariam mal a ninguém.