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·11 de dezembro de 2021

Decepção atrás de decepção: Bochum segura empate com o Dortmund no clássico do Ruhr

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A temporada não parece muito mais promissora para o Borussia Dortmund sob o comando de Marco Rose. Neste sábado, a equipe aurinegra teve mais um clássico pela frente e apenas empatou com o Bochum, por 1 a 1. Depois da queda na Liga dos Campeões, o Dortmund vai se limitando a ficar atrás do Bayern na Bundesliga.

Se na Europa o gosto que ficou foi amargo, pela relegação à Liga Europa, o Dortmund aparentemente ainda não conseguiu reagir à primeira frustração de sua campanha. Na rodada passada, uma atuação defensiva péssima custou uma derrota contra o Bayern no jogo mais esperado deste semestre em solo alemão. Hoje, diante do Bochum, no segundo clássico da região (uma vez que o Schalke se encontra na segunda divisão), o Dortmund apenas somou um ponto na rodada, passando grande parte do jogo atrás do placar.


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Quando chove, não garoa para o Dortmund

A explicação mais popular para o derretimento do Dortmund nesta primeira metade de temporada parece ser a ausência de Erling Haaland, que ficou pouco mais de um mês de molho, lesionado. Sem os gols de seu grande astro, o Borussia pareceu não ter alternativas à altura para continuar marcando. Não ter outro jogador minimamente confiável na posição cobrou seu preço: o time de Marco Rose ficou a ver navios na Europa, não se firmou em um grupo bastante acessível e agora junta os cacos para tentar reagir no restante da Bundesliga.

O Bochum, que não tem nada a ver com isso, viu crescer diante dos olhos a oportunidade de tirar uma casquinha de seu adversário. Na primeira etapa, abriu o placar com Sebastian Polter, de pênalti, após saída um tanto imprudente do goleiro Gregor Kobel em cima de Christopher Adjei. Fatal, Polter embalou mais um pesadelo para os visitantes no Vonovia Ruhrstadion. Como o gol saiu aos 40 minutos, o tempo restante foi de enxaqueca para Rose, que precisava mudar o plano radicalmente.

A ação na primeira etapa se limitou a muitas faltas e chances desperdiçadas. Jude Bellingham recebeu um passe açucarado de Haaland para marcar, mas na hora de se consagrar, chutou em cima do goleirão Manuel Riemann. E o cenário piorou para os aurinegros com um gol de desvantagem. A reação precisava ser ainda mais dramática. Virar o placar não é nenhuma coisa muito absurda de se pedir para um time tão vertical como o Dortmund. A questão é se havia foco e tranquilidade para propiciar a reviravolta.

Bombardeio ineficaz em amarelo

Nesse contexto, virou tudo ou nada para o Dortmund. E quem estava em campo entendeu a seriedade da situação. Aos poucos, a alça de mira dos amarelos focou no meio da área do Bochum. Pelo ar, pelo chão, tudo valia em busca do empate. Bellingham e Haaland eram os nomes mais proeminentes no bombardeio que foi se desenhando.

Não faltou volume, já que ao todo, o Dortmund chutou 20 vezes. Mas a defesa do Bochum ganhava confiança a cada bola afastada ou bloqueio de seus zagueiros. No fim, apenas sete dessas finalizações alcançaram o gol de Manuel Riemann, que protagonizou alguns lances importantes para evitar que o Borussia também assumisse o controle do placar, não só das ações.

O primeiro gol dos aurinegros saiu dos pés de Marius Wolf, na sobra de um bate-rebate. Mas a arbitragem pegou a posição de impedimento de Bellingham, atrás do último zagueiro na hora do chute, e anulou. Irritado, o Dortmund demonstrou alguma ansiedade em responder depois disso. Faltou o detalhe da sorte, como no arremate de Thomas Meunier que ia morrendo suave no canto da meta, mas encontrou o lateral Danilo Soares em cima da linha para evitar.

A pressão surtiu efeito apenas nos cinco minutos finais: um bolão de Haaland achou Julian Brandt livre na cara do gol. O meia não titubeou, mostrou confiança e pegou de primeira para vencer Riemann, aos 85 minutos. O Dortmund pode até ter evitado a derrota, mas o dissabor foi imenso e o grupo deverá carregar por mais alguns dias a irritação pela falta de pontaria deste sábado.

A tabela fala alto: o Bayern já abre seis pontos de vantagem sobre o Dortmund e capitalizando em cima de cada tropeço do rival. É muito cedo para se falar em mais um título, mas a lógica tem sido essa, mesmo quando os bávaros não começam com o pé direito na competição. Para Marco Rose e seus comandados, o momento pede que os problemas internos sejam deixados de lado antes da pausa de inverno, já que a pressão só aumenta e os resultados não estão sendo muito animadores para quem se propõe a brigar pela salva de prata.

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